Quem nunca se deparou com uma situação de grande ansiedade, vivenciou ou presenciou uma crise de pânico?
Nos dias atuais, é cada vez mais comum ouvirmos que alguma pessoa é
“ansiosa” e, não raras vezes, encontrou-se em um “ataque de pânico”.
Frente a tais situações, é sempre recomendada ajuda médica e terapia
especializadas para avaliar se há sinais de um transtorno de saúde
instalado, como este pode ser tratado e quais as ferramentas necessárias
para isso.
Em linhas gerais, a ansiedade pode ser definida como uma reação do
organismo diante de uma situação de ameaça ou perigo. Portanto, todo ser
humano, em algum momento, fica ansioso frente às realidades da vida. As
características próprias e o nível de resposta de cada um ajudará o
profissional de saúde mental a entender quando essa resposta natural
esperada passa a ser um problema clínico, que necessita de tratamento.
Sintomas
O ataque de pânico é distintamente uma situação súbita, imprevisível,
incapacitante, com manifestações não apenas “mentais” de medo e
angústia, mas também “fisiológicas”, como batimentos cardíacos
acelerados, dores no peito, falta de ar e sensação de sufocamento,
tonturas, calafrios, medo de morrer, de perder o controle, medo de
enlouquecer… Como as crises podem ocorrer nas mais variadas ocasiões e
lugares, as pessoas em geral se sentem assustadas e até mesmo
envergonhadas após o término do ataque.
Muitos que sofrem desse mal desenvolveram sua primeira manifestação
após uma situação traumática na vida. Tendências familiares, a própria
constituição biológica do indivíduo e a experiência ou não com uso de
drogas podem estar associados a surgimento e evolução da doença.
Como agir?
Embora nada substitua o tratamento psiquiátrico e psicológico, há
algumas dicas que você pode saber para se ajudar ou auxiliar alguém caso
isso aconteça. Vamos lá!
Respire fundo e lentamente por alguns minutos. Imagine uma cena calma e
que o leve ao relaxamento. Procure interromper os pensamentos de
catástrofe ou morte. Deixe os pensamentos passarem, procurando entender
que eles não o matarão nem enlouquecerão. Procure lembrar-se de que o
ataque de pânico é temporário, que sempre vai passar. Procure pensar em
alguém em quem confia e que você acredita que se preocupa contigo e que
cuida de você.
Neste último ponto, é extremamente importante lembrar que Deus está
sempre ao lado de seus filhos e que nunca os desampara. Em situações de
pânico, nunca se esqueça que apesar das ondas revoltas e ventanias que
podem vir durante a viagem, o Senhor está sempre ao lado, “dentro do
barquinho” e, em alguns minutos, acalmará a tempestade, o vento e o mar,
que Lhe obedecem. (Mc 4,41)
Érika Vilela
Mineira de Montes Claros (MG), Érika Vilela é fundadora e moderadora geral da comunidade ‘Filhos de Maria’.
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