A
Santidade Cristã, consiste na união com Cristo: Verbo Encarnado e Verbo
Redentor, único mediador entre Deus e os homens e fonte de toda graça e
santificação.
A santificação do homem consiste em estar unido a
Deus na forma devida, mas o sentido específico, só são chamados “santos”
os seres pessoais, os que são dotados de inteligência e vontade que
lhes permitem por em prática e realizar sua união com Deus de forma
consciente e livre.
Aí é que o conceito de santidade aparece na sua
verdadeira riqueza, como realidade vivida deliberadamente, que penetra a
existência da pessoa justamente porque, com a riqueza do seu ser e com a
espontaneidade de sua vontade livre, se une a Deus entregando-se a Ele
com o calor do amor.
Da parte de Deus, Jesus veio realizar de fato esta
união do ser humano com Deus, pela Graça, e por isso, todos nós somos
chamados à santidade e segundo as palavras do Apóstolos: “Porquanto,
esta é a vontade de Deus, a nossa santificação (I Ts 4, 3; Ef. 1, 4).
A santidade depende da nossa união com Deus, e desde o
Antigo Testamento, o povo compreendeu esta realidade, de modo que
chamava “santo”, tudo aquilo que entrava em contato com Deus como
objetos, lugares e pessoas.
Cristo veio, “para que todos tenham vida, e a tenham
em abundância”, isto é, para dar aos homens sua vida divina, a fim de
que eles possam entregar-se e unirem-se a Deus não mais como simples
seres humanos, e sim como pessoas introduzidas e elevadas à intimidade
sobrenatural, com as características e riquezas típicas de quem
participa da vida divina. Isto é o que chamamos de santidade ontológica.
Mas como buscar esta santidade? Sabemos que não somos
capazes de atos santos, sabemos entretanto, que a medida que
renunciamos à vida natural e pecadora a qual herdamos de Adão,
renunciarmos também a satanás e as suas e as suas obras, para vivermos
segundo Cristo, para vivermos a vida de Jesus Cristo, de modo que aos
poucos, Jesus vá ocupando todas as áreas do nosso ser, para que Ele viva
em nós, aja em nós e por nós.
Através do Batismo, recebemos a Graça Santificante, e
isto nos dá uma identificação com Cristo e nos torna capazes de viver
realmente a vida de Cristo.
Para o apóstolo Paulo, os cristãos devem como Cristo
(porque “só Cristo”), até alcançarem a plenitude na maternidade em
Cristo, a ponto de dizerem como Paulo: “Vivo, porém não eu, mas é Cristo
que vive em mim”.
Em todos nós batizados, deve haver uma postura na
qual expresse a mesma atividade de Jesus para um Deus Pai, submetendo-se
livremente à ação do Espírito Santo.
O que Cristo operou em nós através do Batismo, é necessário que assumamos conscientemente, e testemunhamos com nossas vidas.
Portanto, a vida inicial de santificação é realizada
pelo Espírito Santo mediante o nosso Batismo, e é a partir dessa
promessa que devemos viver “segundo o Espírito” e não “segundo a carne”,
quando buscamos a santidade. Sozinha na luta para ser santo, a vontade
do homem será derrotada. Só muita graças ao Espírito de Deus a vontade
do homem é vitoriosa e o capacita-o para ser santo.
A atividade do cristão que se deixa conduzir é
verdadeiramente uma atividade do Espírito Santo dentro dele, do que
propriamente sua.
Ele já ama com suas próprias forças mas com a de
Cristo. Todas as suas obras, suas orações e iniciativas apostólicas, a
vida conjugal e familiar, o trabalho cotidiano, o descanso e as próprias
provações e tribulações, são suportadas facilmente e se tornam
instrumentos de conversão e renovação interior do homem, de
cristificação e mais ainda, de passos concretos em busca da santidade.
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