quarta-feira, 27 de maio de 2015

O imediatismo




O imediatismo é um mal que nos persegue desde sempre

Hoje em dia, estamos acostumados com a velocidade. Tudo é muito rápido: o carro, o elevador, a internet, a transação bancária, a refeição. Mal temos tempo para cultivar a convivência com nossa família, nossos irmãos e amigos.

Aquela providência não pode esperar; aquele e-mail tem de ser enviado em cinco minutos; se até o fim do dia essa tarefa não estiver concluída, será uma catástrofe! Queremos que o resultado de nossas ações seja instantâneo. Temos pressa. Não podemos esperar nem um minuto sequer.

Na verdade, os confortos da vida moderna e todo o progresso tecnológico que vemos passar diante de nossos olhos exercem um papel fundamental nessa nossa ansiedade. Mas o imediatismo é um mal que nos persegue desde sempre e uma pedra garantida em nosso caminho em direção à cruz.

Quantos israelitas não morreram frustrados e descrentes por não terem entrado na Terra Prometida! Quantos deles não amaldiçoaram Deus, dizendo que a promessa que Ele havia feito ao povo nunca iria se concretizar! E quantos cristãos, no início da Igreja de Jesus, também não perderam a fé esperando a volta do Senhor, achando que isso aconteceria logo! Por isso, precisamos vigiar para não nos deixarmos levar pelo imediatismo, para não sermos pessoas egoístas e impacientes. Precisamos estar atentos para não nos acharmos melhores que os outros, porque não sabemos esperar.

Seu irmão,
Wellington Jardim (Eto)
Cofundador da Comunidade Canção Nova e administrador da FJPI

Nossa missão é evangelizar com Jesus



Jesus assumiu as consequências da Sua missão
Jesus canalizou tudo nos homens, na salvação deles. Ele assumiu também as consequências da Sua missão e viveu coerente com ela. A missão de salvação do senhor incluía tempo, energia, canseira, humilhação, sofrimento, rejeição, entrega e dedicação aos discípulos e aos seus amigos, a fim de prepará-los para a cruz.

Jesus veio ao mundo para ser o Salvador, para realizar a salvação. Ele investiu a Sua vida nessa missão e deixou de lado todo o restante. Cristo veio ao mundo para ser Homem, para ser um com os homens, viver no meio deles e sentir na carne as suas necessidades.

O Senhor empenhou Sua vida aos homens, gastou-se com eles; não teve outros interesses. Jesus não se perdeu em outras preocupações. A obediência radical é ser e realizar aquilo para o que fomos feitos.

Hoje, convido você a, juntos, unirmo-nos e assumirmos essa missão de salvar almas para Deus. Jesus teve Sua missão; nós também somos chamados a assumir a nossa! Qual é a sua missão?
Deus abençoe você!

Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova


terça-feira, 26 de maio de 2015

Existe outro Salvador a não ser Jesus Cristo?



Jesus Cristo é o Salvador e é direito de todos os povos conhecê-Lo

Ele é a luz das nações. Que todas as nações tenham o direito de conhecer e reconhecer Nosso Senhor Jesus Cristo como o único Senhor e Salvador! Não foram homens que nos apresentaram essa verdade, mas o próprio Jesus quem a trouxe do céu. Ele é a verdade (João 14,6). A verdadeira liberdade não está no mundo e nas coisas dele, mas em Jesus.

Neste mundo de morte, cuja mentalidade e cultura são de morte, Cristo é o caminho, a vida e a verdade. Queira caminhar por esse caminho. Jesus é o único Salvador, por isso, quer levar muitos a esse caminho. Todos têm o direito de conhecê-Lo e de serem salvos por Ele. Jesus é a luz das nações. “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida” (João 8, 12).

Fale de Cristo, do amor de Deus, da salvação do Evangelho oportuna e inoportunamente,  como nos é ensinado na Palavra de Deus por meio de muitos profetas e do grande apóstolo Paulo:

“Proclama a Palavra, insiste oportuna ou inoportunamente, convence, repreende, exorta com toda a paciência e com a preocupação de ensinar” (II Timóteo 4,2).

Amém! Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!







Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova





Santo do Dia - 26.05.2015


São Filipe Néri, homem de oração, penitente e adorador


O “santo da alegria” nasceu em Florença, Itália, no ano de 1515.

Depois de ficar órfão, recebeu um convite de seu tio para que se dedicasse aos negócios. Mas, tendo vida de oração e discernimento, ele percebeu que Deus o chamava a um outro negócio: expressar com a vida a caridade de Cristo.

Néri foi estudar em Roma. Estudou Filosofia e Teologia, deixando-se conduzir e formar pelo Espírito Santo e, mesmo antes de ser padre, visitava os lugares mais pobres de Roma. Formou uma associação para cuidar dos doentes pobres.

São Filipe disse sim para a glória de Deus e iniciou a bela obra do Oratório do Divino Amor, dedicando-se aos jovens e testemunhando sua alegria. Vivia da Divina Providência, indo aos lares dos ricos pedir pelos pobres.

Homem de oração, penitência e adoração, São Filipe Néri partiu para o céu com 80 anos, deixando para nós esse testemunho: renunciar a si mesmo, tomar a cruz a cada dia e seguir Jesus é uma alegria.

São Filipe Néri, rogai por nós!

Homilia Diária -26.05.2015




Os humildes são reconhecidos no coração de Deus

Os humildes são reconhecidos no coração de Deus. Quem é considerado o último, sem prestígio e sem valor algum neste mundo tem um lugar muito especial no coração de Deus!

“Muitos dos primeiros serão os últimos, e dos últimos serão os primeiros” (Marcos 10, 31).


A lógica do Reino de Deus não é a mesma lógica deste mundo. Neste mundo os primeiros são os que mais têm, são os que mais possuem, são os que mais podem, porque a lógica dele [mundo] é baseada no ter, no poder e no prazer. Por isso quem pode mais e quem tem mais sempre manda, comanda e é exaltado pelos homens.

Muitas vezes, nós nos preocupamos com o lugar que podemos ocupar no coração de Deus, contudo, algumas vezes, a nossa inquietação é com relação ao lugar que nós ocupamos neste mundo e no coração das pessoas.

A respeito do coração de Deus, deixe-me dizer uma coisa a você: quem este mundo considera último, sem prestígio, sem valor algum, esse tem um lugar muito especial no coração de Deus! Da minha parte, uma veneração muito grande pelos pobres, pelos sofridos e pelos desprovidos de bens materiais! A minha total veneração por aqueles que trabalham honestamente e dão o melhor de si para ganhar o pão sofrido do trabalho com o suor do seu rosto! Não são reconhecidos, não são aplaudidos, muitas vezes, são injustiçados com salários que não são dignos, com a falta de promoção e de reconhecimento. Mas não se esqueça de que esses são os reconhecidos e os promovidos no coração de Deus!

Há aqueles que já nasceram pobres e muito pobres por condições materiais e por terem vindo de famílias que não lhes puderam lhes dar uma vida mais digna e mais justa. Há aqueles que sofrem nas sarjetas deste mundo, que não tiveram oportunidade nenhuma de melhorar de vida, de crescer e evoluir; porque a sociedade não lhes deu espaço, não lhes deu voz nem vez. Essas pessoas não conseguiram, como queriam, chegar um pouco mais longe. Saiba que essas pessoas não são esquecidas por Deus, Ele está com elas!

E também há aqueles que se fizeram pobres, se colocaram para viver e ser como os pobres. Há aqueles que de uma forma muito espiritual vivem isso. Conheço tantas pessoas ricas, no meio de nós, que têm um coração humilde, uma vivência e uma simplicidade encantadoras. Há aqueles que deixam tudo: oportunidades, serviços e trabalhos para viver uma vida de radicalidade e entrega a Deus e ao Seu Reino.

Nenhuma pessoa que tenha deixado pai, mãe, bens materiais ou a possibilidade de adquiri-los por causa de Deus deixará de receber de Deus cem vez mais aqui e depois na vida futura.

Você é um abençoado de Deus e será muito mais abençoado quando souber ser livre, despojado e usar tudo o que tem e pode em favor dos outros, dos menos favorecidos e dos mais sofridos deste mundo! O mundo talvez não vá valorizá-lo, não vá reconhecê-lo; talvez você não seja aplaudido (e os aplausos do mundo não nos fazem bem!), mas no coração de Deus você ocupará um lugar primordial, que é somente seu!

Deus abençoe você!


 


Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.




Liturgia Diária - 26.05.2015




Primeira Leitura (Eclo 35,1-15)
Leitura do Livro do Eclesiástico.

1Aquele que guarda a lei faz muitas oferendas; 2aquele que cumpre os preceitos oferece um sacrifício salutar(3). 4Aquele que mostra agradecimento, oferece flor de farinha, e o que pratica a beneficência oferece um sacrifício de louvor.

5O que agrada ao Senhor é afastar-se do mal, e o que o aplaca é deixar a injustiça. 6Não te apresentes na presença de Deus de mãos vazias, 7porque tudo isso se faz em virtude do preceito. 8O sacrifício do justo enriquece o altar, o seu perfume sobe ao Altíssimo. 9A oblação do justo é aceitável, e sua memória não cairá no esquecimento.

10Honra ao Senhor com coração generoso e não regateies as primícias que apresentares. 11Faze todas as tuas oferendas com semblante sereno, e com alegria consagra o teu dízimo. 12Dá a Deus segundo a doação que ele te fez, e com generosidade, conforme as tuas posses; 13porque ele é um Deus retribuidor, e te recompensará sete vezes mais. 14Não tentes corrompê-lo com presentes: ele não os aceita; 15nem confies em sacrifício injusto, porque o Senhor é um juiz que não faz discriminação de pessoas.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Responsório (Sl 49)

— A todos que procedem retamente, eu mostrarei a salvação que vem de Deus.
— A todos que procedem retamente, eu mostrarei a salvação que vem de Deus.

— “Reuni à minha frente os meus eleitos, que selaram a Aliança em sacrifícios!” Testemunha o próprio céu seu julgamento, porque Deus mesmo é juiz e vai julgar.
— “Escuta, ó meu povo, eu vou falar; ouve, Israel, eu testemunho contra ti: Eu, o Senhor, somente eu, sou o teu Deus! Eu não venho censurar teus sacrifícios, pois sempre estão perante mim teus holocaustos.
— Imola a Deus um sacrifício de louvor e cumpre os votos que fizeste ao Altíssimo. Quem me oferece um sacrifício de louvor, este sim é que me honra de verdade. A todo homem que procede retamente, eu mostrarei a salvação que vem de Deus.


Evangelho (Mc 10,28-31)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 28começou Pedro a dizer a Jesus: “Eis que nós deixamos tudo e te seguimos”. 29Respondeu Jesus: “Em verdade vos digo, quem tiver deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos, campos, por causa de mim e do Evangelho, 30receberá cem vezes mais agora, durante esta vida — casa, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições — e, no mundo futuro, a vida eterna. 31Muitos que agora são os primeiros serão os últimos. E muitos que agora são os últimos serão os primeiros”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.


quinta-feira, 21 de maio de 2015

O dom da sabedoria



Deus distribui seus dons conforme seus desígnios para a salvação dos homens

Para alcançar a vida eterna devemos buscar uma vida santa, de acordo com os mandamentos da lei de Deus e da Santa Mãe Igreja. Nisso reside a verdadeira sabedoria, que não é um dom que brota de baixo para cima, e que não basta o nosso esforço próprio. É um dom que vem do alto, que vem da graça de Deus e flui por meio do Espírito Santo que conduz, inspira e assiste a Igreja de Deus sobre a terra.

O Espírito Santo dá a certos fiéis dons de sabedoria, de fé e de discernimento em vista do bem comum, especialmente para a direção espiritual dos fiéis. Os santos destacaram muito o valor desta direção. São João da Cruz, doutor da Igreja, por exemplo, falava da importância da direção espiritual: “Por isso, se a alma deseja avançar na perfeição, deve considerar bem em que mãos se entrega, pois, conforme o mestre, assim será o discípulo; conforme o pai, assim será o filho”. E ainda: “O diretor deve não somente ser sábio e prudente, mas também experimentado. Se o guia espiritual não tem a experiência da vida espiritual, é incapaz de nela conduzir as almas que Deus chama, nem sequer as compreenderá” (Chama, 3). Santa Teresa dizia que o diretor espiritual deve ser sábio, douto e santo.
O dom da sabedoria nos concede o sentido adequado para sabermos apreciar as coisas de Deus; dando ao bem e à virtude o seu verdadeiro valor, e encarando os bens do mundo como degraus para a santidade não como fins em si. Por exemplo, a pessoa que gasta o seu fim de semana para participar de um retiro espiritual, foi conduzido pelo dom da sabedoria, mesmo que não o saiba.
Na ordem natural do conhecimento, a inteligência humana procura fazer uma síntese das suas concepções, de modo a ter uma visão harmoniosa. A mente humana procura atingir os primeiros princípios e as causas supremas de toda a realidade que ela conhece.

A mesma busca harmoniosa ocorre também na ordem sobrenatural. O dom da ciência e do entendimento nos dão uma penetração profunda no significado de cada criatura e de cada verdade revelada respectivamente; oferecem também uma certa síntese dos objetos contemplados, relacionando-os com Deus. Todavia, o dom que, por excelência, efetua essa síntese harmoniosa e unitária, é o da sabedoria. Ela abrange todos os conhecimentos do cristão e os põe diretamente sob a luz de Deus, mostrando a grandeza do plano do Criador e o Seu mistério insondável.

O dom da sabedoria não realiza a síntese dos conhecimentos da fé em termos meramente intelectuais. Ele oferece um conhecimento agradável da verdade, porque é fruto da experiência do próprio Deus feita pelo cristão ou da afinidade que o cristão adquire com o Senhor pelo fato de amar a Deus.
Uma comparação ajuda a compreender isso: para conhecer o sabor de uma laranja, posso consultar, intelectual e cientificamente, os tratados de Botânica; terei assim uma noção aproximada do que seja esse sabor. Mas a melhor maneira para conhecer o gosto da laranja será chupá-la. Os resultados do estudo meramente intelectual são frios e abstratos, ao passo que as vantagens da experiência são concretas.
Os dons da ciência e do entendimento fazem-nos conhecer principalmente pelo amor e afinidade com Deus. É o dom da sabedoria que resulta dessa familiaridade com o Senhor. Ele acontece na medida da íntima união que o cristão tenha com o Senhor Deus. É fruto daquilo que Jesus disse: “Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. O ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Assim também vós não podeis tampouco dar fruto, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer ” (João 15,4-5).

Dizia um grande místico que “o dom da sabedoria faz-nos ver com os olhos do Bem-amado; a partir da excelsa atalaia que é o próprio Deus, contemplamos todas as coisas quando usamos o dom da sabedoria”.

Essas verdades nos fazem entender quanto nesta vida é importante o amor de Deus. É este que propicia o conhecimento mais perspicaz e saboroso do mesmo Deus. Os teólogos nos ensinam que veremos Deus face a face por toda a eternidade na proporção do amor com que o tivermos amado nesta vida. O grau do nosso amor, na hora da morte, será o grau da nossa visão de Deus na vida eterna ou por todo o sempre. É por isso que se diz que o amor é o vínculo da perfeição (cf. Cl 3, 14). “No ocaso de sua vida, cada um de nós será julgado na base do amor”, diz São João da Cruz.

Mas isso não quer dizer que se possa menosprezar o estudo, pois, se o Criador nos deu a inteligência, foi para que a apliquemos à verdade por excelência, que é Deus. João Paulo II disse que “a fé e a razão são as duas asas com as quais o espírito humano alça voo para contemplar a verdade” (Fé e razão, n. 1).

Falando do dom da sabedoria, em 14/04/2014, o Papa Francisco disse que “a sabedoria é uma graça que nos permite ver as coisas com os olhos de Deus, a sentir como Deus e a falar com suas palavras; nós temos dentro de nós, no nosso coração, o Espírito Santo; podemos escutá-Lo. Se nós escutamos o Espírito Santo, Ele nos ensina esta via da sabedoria, presenteia-nos com a sabedoria que é ver com os olhos de Deus, ouvir com os ouvidos d’Ele, amar com o coração do senhor, julgar as coisas com o juízo divino. Esta é a sabedoria que nos dá o Espírito Santo e todos nós podemos tê-la. Somente devemos pedi-la ao Espírito Santo”.

“Depois, no matrimônio, por exemplo, os dois esposos – o esposo e a esposa – brigam e depois não se olham ou se o fazem é com a cara amarrada: isto é sabedoria de Deus? Não! Em vez disso, se diz: ‘Bem, a tempestade passou, façamos as pazes’, e recomeçam a seguir adiante em paz: isto é sabedoria? [o povo: Sim!] Sim, este é o dom da sabedoria. Que esteja casa, que esteja com as crianças, que esteja com todos nós!”.

O Papa disse deste modo que não é sabedoria quando “nós vemos as coisas segundo o nosso prazer ou segundo a situação do nosso coração, com amor ou com ódio, com inveja… Não, estes não são os olhos de Deus”. “E obviamente isso deriva da intimidade com Deus, da relação íntima que nós temos com Deus, da relação de filhos com o Pai. E o Espírito Santo, quando nós temos esta relação, nos dá o dom da sabedoria. Quando estamos em comunhão com o Senhor, é como se o Espírito Santo transfigurasse o nosso coração e o fizesse perceber todo o seu calor e a sua predileção.

O Papa Francisco ressaltou que “o coração do homem sábio neste sentido tem o gosto e o sabor de Deus. E quão importante é que nas nossas comunidades haja cristãos assim! Tudo neles fala de Deus e se torna um sinal belo e vivo da sua presença e do seu amor. E isto é uma coisa que não podemos improvisar, que não podemos procurar por nós mesmos: é um dom que o Senhor faz àqueles que se tornam dóceis ao Espírito Santo”.

Santo Agostinho disse que: “A sabedoria é a medida do homem. Uma medida pela qual o homem se mantém em equilíbrio. Sem tentar o impossível nem contentar-se com o insuficiente”. “Não há lugar para a sabedoria onde não há paciência”. Santo Afonso de Ligório disse que: “A verdadeira sabedoria é a sabedoria dos santos: saber amar a Jesus Cristo”. São João da Cruz disse que: “Adquire-se a sabedoria pelo amor, do silêncio e da mortificação; grande sabedoria é saber calar e não se inserir em ditos ou fatos e na vida alheia”.

Felipe Aquino

Dom do Entendimento ou Inteligência


O dom do entendimento nos faz ver melhor a santidade de Deus e a infinidade do Seu amor

Há pessoas simples que,  mesmo sem entender os dogmas e demais ensinamentos da Santa Igreja, permanecem fiéis aos seus ensinamentos;  possuem  o sabor  pelas coisas de Deus e, mesmo ignorando o vasto significado da liturgia, dos dogmas e das orações, dão testemunho de intensa devoção e piedade.  Estão repletos de sabedoria, mas lhes falta o entendimento, o qual se resume na busca pela compreensão das coisas de Deus, no seu sentido mais profundo.

O dom do entendimento dá-nos a percepção espiritual necessária para entender as verdades da fé em consonância com as nossas necessidades. Sabedoria não é consequência do entendimento ou vice-versa; mas o perfeito complemento da sabedoria. Por serem distintamente preciosos, fazem com que nos aproximemos de Deus com todas as nossas forças, com toda a nossa devoção e inteligência.

A palavra “inteligência” é derivada de intellegere, que significa ler dentro, penetrar a fundo. Na ordem natural, entendemos intelligimus quando captamos a essência de alguma realidade. Na linha da fé, paralelamente, entender é penetrar, ler no íntimo das verdades reveladas por Deus, é ter a intuição do seu significado profundo. Pelo dom do entendimento, o cristão contempla com mais lucidez o mistério da Santíssima Trindade, o amor do Redentor para com os homens, o significado da Sagrada Eucaristia na vida cristã, a importância dos sacramentos, da liturgia, da Palavra de Deus, das mortificações, meditações, orações, da moral católica etc.

A penetração que o dom da inteligência (ou do entendimento) nos dá é diferente daquela que o teólogo adquire pelo o estudo; esta é relativamente penosa e lenta. Além do que, pode ser alcançada por quem tem alcance intelectual, mesmo que não possua grande amor. Ao contrário, o dom da inteligência é eficaz mesmo sem estudo; é dado aos pequeninos e ignorantes, desde que tenham grande amor a Deus. Jesus disse: “Eu te bendigo, Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelastes aos pequeninos” (Mt 11,25)

Conta-se que um irmão leigo franciscano disse certa vez a São Boaventura († 1274), o Doutor Seráfico: “Felizes vós, homens doutos, que podeis amar a Deus muito mais do que nós, os ignorantes!” Respondeu-lhe Boaventura: “Não é a doutrina alcançada nos livros que mede o amor. Uma pobre velha ignorante pode amar Deus mais do que um grande teólogo se estiver unida a Ele”. O irmão compreendeu a lição e saiu gritando pelas ruas: “Velhinha ignorante, você pode amar Deus mais do que o mestre Frei Boaventura!”.

Na ordem natural, é compreensível que o amor brote do conhecimento. Na ordem sobrenatural, porém, pode acontecer o inverso: é o amor que abre os olhos do conhecimento. Os que mais amam a Deus são os que mais profundamente dissertam sobre Ele. Santo Agostinho dizia: “Creio para compreender e compreendo para crer”.

São frutos do dom do entendimento as intuições das verdades da fé que são concedidas a muitos cristãos durante o seu retiro espiritual ou durante uma leitura inspirada pelo amor a Deus. O “renascer da água e do Espírito” (Jo 3,3), a imagem da “videira e dos ramos” (Jo 15,5), o “seguir a Cristo, renunciando a si mesmo e tomando a cruz a cada dia” (Lc 9,26), e muitas outras verdades, tomam então clareza nova e transformam a vida do cristão.

O dom do entendimento mostra também o “horror, a hediondez do pecado” e a grandeza da miséria humana. Os santos, quanto mais se aproximaram de Deus, quanto mais foram santos, tanto mais tiveram consciência do seu pecado ou da sua distância em relação Àquele que é três vezes Santo.

Em suma, o dom do entendimento nos faz ver melhor a santidade de Deus, a infinidade do Seu amor, o significado dos Seus apelos e também a pobreza da criatura que se compraz em si mesma, em vez de aderir corajosamente ao Criador.

Felipe Aquino


O dom de ciência



O dom da ciência leva o homem a compreender a marca de Deus que há em cada ser criado

O Papa Francisco, falando dos dons do Espírito Santo, disse que “o dom de ciência faz com que o cristão penetre na realidade deste mundo sob a luz de Deus; que ele veja cada criatura como reflexo da sabedoria do Criador. O dom de ciência leva o homem a compreender o vestígio de Deus que há em cada ser criado. O homem foi feito para Deus e só n’Ele pode descansar, como disse Santo Agostinho. Com esse dom, o cristão reconhece o sentido do sofrimento e das humilhações no plano de Deus, que liberta e purifica o homem”.

O dom da ciência comunica-nos a faculdade de “saber fazer”, a destreza espiritual. Torna-nos aptos para reconhecer o que nos é espiritualmente útil ou prejudicial. Está intimamente unido ao dom de conselho. Este, move-nos a escolher o útil e a repelir o nocivo, mas, para escolher, devemos antes conhecê-lo. Por exemplo, se percebo que excessivas leituras frívolas estragam o meu gosto pelas coisas espirituais, o dom da ciência induz-me a deixar de comprar publicações desse tipo e inspira-me a começar uma leitura espiritual regular.

Tudo o que temos, somos e sabemos, recebemos de Deus. Diz São Tiago que “Toda dádiva boa e todo dom perfeito vem de cima: descem do Pai das luzes” (Tg 1,17). Se possuímos talentos, não devemos nos orgulhar nem buscar a glória dos homens por causa deles, porque de Deus é que os recebemos gratuitamente. Se o mundo nos admira, bate palmas aos nossos trabalhos, a Deus é que pertence essa glória, é Ele o doador de todos os  bens. Como disse Santa Catarina de Sena: “Não sejamos ladrões da glória de Deus”.

Os santos souberam ver Deus atrás das criaturas, como que através de um espelho. São Francisco de Assis compôs o “canto das criaturas” ao Senhor. As flores, as aves, a água, o fogo, o sol… tudo lhe era ocasião de contemplar e amar a Deus. Tudo para ele era “irmão”; por ter saído das mãos do mesmo Deus que o criou.

O dom da ciência nos faz entender também que toda criatura, por mais bela que seja, é sempre insuficiente para satisfazer o coração do homem. Ele sente que foi criado para o infinito e só em Deus pode ter descanso. Santo Agostinho disse, nas suas confissões, que seu coração estava inquieto e que só encontraria repouso em Deus. Por isso, muitos homens e mulheres, que, como Santo Agostinho, viveram uma vida dissoluta, sem Deus, converteram-se ao Senhor depois que experimentaram o vazio de uma vida sem Ele. Tal foi o caso de São Francisco Borja († 1572), que ao contemplar o cadáver da rainha Isabel, exclamou: “Não voltarei a servir a um senhor que possa morrer!”.

Esse dom também nos ensina a reconhecer melhor o significado do sofrimento e das humilhações que enfrentamos na vida, de modo a compreender que Deus tem um desígnio de salvação também por trás deles, e que “tudo concorre para o bem dos que amam a Deus” (Rom 8,28). Este dom nos leva a entender o sofrimento como uma escola que nos liberta e purifica, que nos configura com Jesus Cristo, conforme disse São Paulo: “Deus nos predestinou para sermos conforme a imagem de Seu Filho” (Rom 8,29). Se não fora o sofrimento, muitos e muitos homens não sairiam de sua estatura anã e mesquinha… nunca atingiriam a plenitude do seu desenvolvimento espiritual.

O dom da ciência infusa nos imuniza de ignorância das coisas de Deus. Adão, no paraíso, conhecia as verdades de ordem religiosa e filosófica para que orientasse a sua conduta e educasse devidamente os seus filhos (cf. Eclo 17,1-8). Santo Agostinho e São Tomás de Aquino julgam que ao dom da ciência infusa de Adão estava associado o dom da imunidade de erro (cf. S. Tomas, S. Teol. 194,4; De verit. 18,6); e erro é, sim, o mal da inteligência.

Felipe Aquino

Por que precisamos ser batizados no Espírito Santo?




Estamos prestes a celebrar um grande acontecimento na história do Cristianismo e da humanidade, o dia em que o Espírito Santo de Deus foi derramado profusamente sobre os apóstolos e aqueles que estavam junto deles.

No Dia de Pentecostes começa a era da Igreja, sua missão e preparação para a vinda de Cristo. Por essa razão, até a manifestação plena da graça de Deus com a segunda vinda de Cristo, somos chamados a viver guiados e conduzidos pelo Espírito Santo, pois um membro de Cristo não pode impedi-Lo [Espírito] de agir nele e por meio dele.

No entanto, infelizmente, existem muitos cristãos mornos, frios e sem vida; foram batizados em nome da Santíssima Trindade, quer dizer: assumiram o senhorio de Cristo, Sua filiação adotiva e receberam os dons do Espírito, porém, não vivem como batizados.

No batismo, recebemos o Espírito Santo. Por que então pedir o batismo d’Ele uma vez que já temos o Espírito Santo em nós? Vejamos no texto abaixo o que aconteceu com os samaritanos:

“Os apóstolos que se achavam em Jerusalém, tendo ouvido que a Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram-lhe Pedro e João. Estes, assim que chegaram, fizeram oração pelos novos fiéis, a fim de receberem o Espírito Santo, visto que não havia descido ainda sobre nenhum deles, mas tinham sido somente batizados em nome do Senhor Jesus. Pedro e João impuseram-lhes as mãos, e eles receberam o Espírito Santo” (At 8,14-17).

O texto bíblico fala que eles haviam sido batizados em nome de Jesus, mas não haviam recebido ainda o Seu Espírito Santo. Surgem aqui alguns questionamentos e discussões. Como afirmar que os samaritanos receberam o batismo, mas não receberam o Espírito Santo? É certo afirmar que eles receberam o Espírito Santo no batismo, mas não a manifestação do mesmo Espírito. Aqui está o segredo para o que chamamos de batismo no Espírito Santo ou efusão do Espírito. Nós recebemos o Espírito no batismo, mas precisamos pedir e clamar que Ele seja manifestado pelos dons e carismas.

No livro dos Atos dos Apóstolos, vemos, por várias vezes, esta expressão: os apóstolos impuseram as mãos sobre os fiéis e estes receberam o Espírito Santo e começaram a falar em línguas e a profetizar. Portanto, é errado dizer que tal pessoa não tem o Espírito Santo, por isso age assim ou assado. Todo batizado tem o Espírito de Deus, mas nem todos vivem como pessoas batizadas, pois o Paráclito transforma nossa vida, renova nosso coração e nos desperta para um relacionamento de intimidade com Deus. Sem essa graça, tornamo-nos mais um no meio da multidão e vamos vivendo nossa caminhada sem tempero, sem vibração e alegria.

Quando a pessoa faz a experiência de ser batizada no Espírito, tudo muda na vida dela. Quantos jovens, adultos, casais, crianças e adolescentes foram transformados após o batismo! Tenho percorrido o Brasil anunciando o Evangelho e percebo que a graça do batismo no Espírito transforma a vida de uma pessoa. Como explicar uma conversão radical de um jovem que faz um encontro de oração num fim de semana e sai dele completamente transformado? Até aquele momento, ele não acreditava na Igreja, não rezava, não ia à Santa Missa; ao contrário, ele bebia, saía e “aprontava”. Mas, depois de batizado no Espírito, a exemplo do que aconteceu com o apóstolo Paulo (cf. At 9, 8), as escamas de seus olhos caíram e tudo ficou diferente. A família passa a ser diferente para ele, o amor de Deus se torna real, a oração não é mais uma obrigação, mas sim uma necessidade de cultivar um relacionamento com o Senhor, de estar com alguém real.

Quantos testemunhos eu poderia relatar aqui! Pessoas que viviam uma vida errada, mas hoje lutam pela santidade, pela castidade e radicalidade. Irmãos que, até então, não rezavam e que hoje não conseguem ficar sem orar, meditar a Palavra de Deus e adorar a Jesus no Santíssimo Sacramento. Quantos nunca sequer pensaram em sair de casa, mas hoje são padres, freiras e missionários!

Será que tudo isso acontece somente pelo “humano”? Com certeza não. Se não fosse essa experiência do batismo no Espírito, essa pessoa não estaria na Igreja, muito menos seria padre ou um missionário. Foi um verdadeiro encontro com Cristo quando impuseram as mãos sobre minha cabeça. Para quem nem sequer acreditava naquela oração, mas mesmo em meio às dúvidas quis fazer a experiência, foi algo transformador. Se hoje sou padre, foi graças a esse momento de batismo no Espírito.

Portanto, não tenha medo de pedir todos os momentos, de clamar e orar por uma nova efusão. Todos que recebemos o batismo precisamos ser renovados na nossa experiência, pois somos chamados a mergulhar na piscina da graça de Deus e não apenas a molhar o pé ou a ponta do dedo.

Oro por você por esse Pentecostes. Que não seja mais um na sua vida, mas que seja uma experiência transformadora, que mude os rumos da sua vida, que o faça uma pessoa mais de Deus, mais íntima d’Ele, mais convertida, santa e desejosa do céu.

Não cesse de pedir essa graça nem de orar! Precisamos do combustível para continuar caminhando e querendo sempre mais ser de Deus. Quem se contentou com pouco já começou a morrer e a esfriar na vida em Deus. Ele quer e deseja um grande derramamento de Seu Espírito sobre você. Queira essa graça e a peça ao Senhor. Um tempo novo Deus tem reservado para sua vida.

Deus abençoe sua decisão!







Padre João Marcos Polak
Missionário da Comunidade Canção Nova.




A água viva do Espírito Santo




Por que motivo o Senhor dá o nome de “água” à graça do Espírito Santo?

A água que eu lhe der se tornará nele fonte de água viva, que jorra para a vida eterna (Jo 4,14). Água diferente, esta que vive e jorra; mas jorra apenas sobre os que são dignos dela.

Por que motivo o Senhor dá o nome de “água” à graça do Espírito Santo? Certamente porque tudo tem necessidade de água; ela sustenta as ervas e os animais. A água das chuvas cai dos céus; e embora caia sempre do mesmo modo e na mesma forma, produz efeitos muito variados. De fato, o efeito que produz na palmeira não é o mesmo que produz na videira; e assim em todas as coisas, apesar de sua natureza ser sempre a mesma e não poder ser diferente de si própria. Na verdade, a chuva não se modifica a si mesma em qualquer das suas manifestações. Contudo, ao cair sobre a terra, acomoda-se às estruturas dos seres que a recebem, dando a cada um deles o que necessita.

Com o Espírito Santo acontece o mesmo. Sendo único, com uma única maneira de ser e indivisível, distribui a graça a cada um conforme lhe apraz. E assim como a árvore ressequida, ao receber água, produz novos rebentos, assim também a alma pecadora, ao receber do Espírito Santo o dom do arrependimento, produz frutos de justiça. O Espírito tem um só e o mesmo modo de ser; mas, por vontade de Deus e pelos méritos de Cristo, produz efeitos diversos.

Serve-se da língua de uns para comunicar o dom da sabedoria; ilumina a inteligência de outros com o dom da profecia. A este dá o poder de expulsar os demônios; àquele concede o dom de interpretar as Sagradas Escrituras. A uns fortalece na temperança, a outros ensina a misericórdia; a estes inspira a prática do jejum e como suportar as austeridades da vida ascética; e àqueles o domínio das tendências carnais; a outros ainda prepara para o martírio. Enfim, manifesta-se de modo diferente em cada um, mas permanece sempre igual a si mesmo, como está escrito: A cada um é dada a manifestação do Espírito em vista do bem comum(ICor 12,5).

Branda e suave é a sua aproximação; benigna e agradá­vel é a sua presença; levíssimo é o seu jugo! A sua chegada é precedida por esplêndidos raios de luz e ciência. Ele vem com o amor entranhado de um irmão mais velho: vem para salvar, curar, ensinar, aconselhar, fortalecer, consolar, ilu­minar a alma de quem o recebe, e, depois, por meio desse, a alma dos outros.

Quem se encontra nas trevas, ao nascer do sol recebe nos olhos a sua luz, começando a enxergar claramente coisas que até então não via. Assim também, aquele que se tornou digno do Espírito Santo, recebe na alma a sua luz e, elevado acima da inteligência humana, começa a ver o que antes ignorava.

Das Catequeses de São Cirilo de Jerusalém, bispo (Séc. IV)

(Cat. 16, De Spiritu Sancto 1,11-12.16: PG 33,931-935.939-942)

Fonte: Liturgia das horas


Vinde Espírito Santo e enchei os corações.

Filhos e filhas,

Vinde Espírito Santo e enchei os corações.

Estamos nos preparando para a Festa de Pentecostes, celebrada no próximo domingo, dia 24. Maria a “bendita entre todas as mulheres”, foi a primeira pessoa a receber a manifestação do Espírito Santo em plenitude, quando abrigou em seu ventre, o Filho do Altíssimo, concebido pelo poder do Espírito Santo.

Depois também, quando Ela e os Apóstolos reunidos no Cenáculo, recebem a efusão do Espírito Santo. Assim Maria que já o possuía, teve os dons estimulados para junto com os Apóstolos, formar a Igreja.

O Pentecostes foi um derramamento de uma unção, de um Espírito Santo que vem sobre nós, sobre a Igreja, e a sustenta. O fogo do Espírito Santo incendiou o coração dos Apóstolos fazendo com que eles tivessem uma transformação. Ao sair do Cenáculo, Pedro não era o mesmo de quando entrou. Assim como também João não era mais o mesmo quando entrou com Maria. Eles sentiram aquela força que veio do alto para capacitá-los, para realmente fazer com que eles fossem para o mundo.

Ao celebrarmos esta festa, devemos realmente viver um novo pentecostes, para sejamos novas pessoas, assim como os Apóstolos, e pedir que Espírito Santo desça sobre nós com os seus sete dons:

Espírito Santo, concede-me o Dom da Sabedoria.
Sabedoria que faz caminhar nesta vida com o olhar na eternidade.
Sabedoria que vem do Alto,
mas faz viver com os pés no mundo e no coração do próximo.

Espírito Santo, derrama sobre a minha inteligência, pequena e limitada,
o Dom do Entendimento, de forma abundante e profunda.
Revela-me os mistérios profundos de Deus.
Liberta-me das coisas fúteis da terra,
para alcançar as verdades elevadas dos céus.
Mergulha-me nas verdades perenes da fé.

Divino Espírito Santo, derrama sobre mim o Dom da Ciência,
para que eu possa julgar corretamente o valor das coisas criadas.
Tira de meus olhos o que me impede
de ver a maravilha do mundo criado
e de sua perfeita harmonia, da qual faço parte.
Que ele não seja obstáculo para eu chegar a Deus,
mas antes escada que me leve até Ele.

Divino Espírito Santo, infunde-me o Dom do Conselho.
Que o discernimento seja um fruto constante em mim.
Que Tua luz brilhe sempre no horizonte do meu pensar e agir.
Torna-me dócil às Tuas inspirações.
Rompe a minha surdez aos apelos da Sagrada Escritura
e aos ensinamentos da Igreja.

Santo Espírito de Deus, por meio do Dom da Fortaleza,
reveste-me de saúde no corpo e na alma, para a missão de discípulo de Jesus
à qual fui chamado pelo batismo.
Nesta missão de lutar pelos valores de Cristo, faze-me firme e perseverante até o fim.
Na Tua fortaleza, que eu me refugie.
Na Tua fortaleza, que eu avance.
Pela Tua fortaleza, que eu lute.
Com Tua fortaleza, que eu persevere.

Espírito Santo, vem a mim com o Dom da Piedade.
Inflama meu coração e minh’alma do amor ardente a Deus.
Que a verdadeira piedade me faça crer na Providência Divina.
Que o desespero dê lugar à serenidade nas minhas aflições.

Divino Espírito, que é fruto do amor do Pai e do Filho,
através o Dom do Temor de Deus,
Dá-me um amor reverente ao Três-vezes-Santo.
Inebria-me de amor de tal forma e tanto
que eu não consiga fazer algo além de amar a Deus e ao próximo.

Amém

Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti














Momento Certo = Kairós = Tempo de Deus


PAZ E BEM!!!

Antes de começar a tentar mudar o mundo, olhe dentro de sua casa.

Padre Marcelo Rossi
Momento Certo = Kairós = Tempo de Deus!!!







Santo do Dia - 21.05.2015


Santo André Bóbola, dedicado aos jovens e a Palavra de Deus

Santo do século XVII, ele nasceu na Polônia e ficou conhecido como “caçador de almas”. Santo André Bóbola pertenceu à Companhia de Jesus como sacerdote jesuíta dedicado aos jovens e ao anúncio da Palavra de Deus num tempo dos cismas, quando a fé católica não era obedecida. Viveu também dentro de um contexto onde politicamente existia um choque entre a Polônia e a Rússia.

Certa vez, com a invasão dos soldados cossacos, ou seja russos na Polônia, os cismáticos aproveitaram a ocasião para entregar o santo. Ele, que tinha sido instrumento para muito se voltarem ao Senhor, foi preso injustamente e sofreu na mão dos acusadores. Foi violentado, mas não renunciou a sua fé. Renunciou a própria vida, mas não a vida em Deus. No ano de 1657, morreu mártir. O “caçador de almas” hoje intercede para que nós.

Santo André Bóbola, rogai por nós.

Homilia Diária - 21.05.2015




Que sejamos construtores da unidade cristã

Que sejamos construtores da unidade cristã. Para isso é preciso trabalhar para destruir as barreiras e favorecer o diálogo, o respeito e a convivência fraterna entre aqueles que creem no nome de Jesus.

“Não rogo somente por eles, mas também por aqueles que por sua palavra hão de crer em mim. Para que todos sejam um, assim como tu, Pai, estás em mim e eu em ti” (João 17, 20-21).

O coração de Jesus, suplicante, numa prece ardente, dirige-se ao coração do Pai pedindo por todos os crentes de todos os tempos, de todas as gerações, em toda a face da Terra. Por todos aqueles que creem e hão de crer no nome d’Ele e que levam a vida em Seu nome. Tudo o que Jesus pede é por nossa unidade, é por nossa união e por nossa comunhão!

Nada entristece mais o coração de um pai do que ver seus filhos divididos, que não se relacionam, não se falam, nem se entendem. Da mesma forma, nada entristece mais o coração de nosso Deus do que a nossa incapacidade de fazer a comunhão e a unidade acontecer.

Isso acontece nas coisas mais simples do cotidiano de nossa vida. Os nossos grupos são divididos; nos grupos e ministérios da Igreja há lutas, há brigas, há separações e pessoas se achando melhores que outras. Às vezes, as divisões acontecem em nossas casas, em nossas famílias; mas há uma divisão muito mais escandalosa: a divisão em que vivem os cristãos por toda a face da Terra. Não é só o número crescente de igrejas e de denominações diferentes que escandalizam o mundo e o coração do Pai, mas é a maneira como nos portamos diante desta divisão, pois não somos capazes de construir comunhão, não somos capazes de fazer unidade, não somos capazes de orar juntos. Deixamos que a divisão cresça entre nós.

Como o Pai deseja que sejamos um! E o termo “um” não quer dizer tudo igual, tudo uniforme, tudo parecido, porque o Pai nos criou diferentes, com diversidades, nos criou homem e mulher, com a possibilidade de falarmos em várias línguas e termos culturas diferentes. Mas somos filhos de um único e mesmo Pai, cremos no mesmo Deus e Jesus Cristo é o Senhor de todos nós!

Sejamos, onde quer que estejamos, construtores da unidade! Que a oração de Jesus atinja o meu e o seu coração! É preciso trabalhar para destruir as barreiras, é preciso construir mais pontes. É preciso favorecer o diálogo, o respeito e a convivência fraterna entre aqueles que creem no nome de Jesus.

É importante não nos esquecermos de que, em nosso julgamento final, não vai ser a placa da nossa Igreja que vai nos salvar, mas sim o amor que manifestamos a Jesus e o amor que vivemos uns com os outros. O amor salva; contudo, as divisões e as separações não edificam o Corpo do Senhor!

Deus abençoe você!




Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.






Liturgia Diária - 21.05.2015


Primeira Leitura (At 22,30; 23,6-11)
Leitura dos Atos dos Apóstolos.

Naqueles dias, 30querendo saber com certeza por que Paulo estava sendo acusado pelos judeus, o tribuno soltou-o e mandou reunir os chefes dos sacerdotes e todo o conselho dos anciãos. Depois fez trazer Paulo e colocou-o diante deles.

23,6Sabendo que uma parte dos presentes eram saduceus e a outra parte eram fariseus, Paulo exclamou no conselho dos anciãos: “Irmãos, eu sou fariseu e filho de fariseus. Estou sendo julgado por causa da nossa esperança na ressurreição dos mortos”. 7Apenas falou isso, armou-se um conflito entre fariseus e saduceus, e a assembleia se dividiu.

8Com efeito, os saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo, nem espírito, enquanto os fariseus sustentam uma coisa e outra. 9Houve, então, uma enorme gritaria. Alguns doutores da Lei, do partido dos fariseus, levantaram-se e começaram a protestar, dizendo: “Não encontramos nenhum mal neste homem. E se um espírito ou anjo tivesse falado com ele?”

10E o conflito crescia cada vez mais. Receando que Paulo fosse despedaçado por eles, o comandante ordenou que os soldados descessem e o tirassem do meio deles, levando-o de novo para o quartel. 11Na noite seguinte, o Senhor aproximou-se de Paulo e lhe disse: “Tem confiança. Assim como tu deste testemunho de mim em Jerusalém, é preciso que tu sejas também minha testemunha em Roma”.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Responsório (Sl 15)

— Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!
— Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!

— Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio! Digo ao Senhor: “Somente vós sois meu Senhor”. Ó Senhor, sois minha herança e minha taça, meu destino está seguro em vossas mãos!
— Eu bendigo o Senhor, que me aconselha, e até de noite me adverte o coração. Tenho sempre o Senhor ante meus olhos, pois se o tenho a meu lado não vacilo.
— Eis por que meu coração está em festa, minha alma rejubila de alegria, e até meu corpo no repouso está tranquilo; pois não haveis de me deixar entregue à morte, nem vosso amigo conhecer a corrupção.
— Vós me ensinais vosso caminho para a vida; junto a vós, felicidade sem limites, delícia eterna e alegria ao vosso lado!

Evangelho (Jo 17,20-26)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao céu e rezou, dizendo: 20“Pai santo, eu não te rogo somente por eles, mas também por aqueles que vão crer em mim pela sua palavra; 21para que todos sejam um como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, e para que eles estejam em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste.

22Eu dei-lhes a glória que tu me deste, para que eles sejam um, como nós somos um: 23eu neles e tu em mim, para que assim eles cheguem à unidade perfeita e o mundo reconheça que tu me enviaste e os amaste, como me amaste a mim. 24Pai, aqueles que me deste, quero que estejam comigo onde eu estiver, para que eles contemplem a minha glória, glória que tu me deste porque me amaste antes da fundação do universo. 25Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu te conheci, e estes também conheceram que tu me enviaste.

26Eu lhes fiz conhecer o teu nome, e o tornarei conhecido ainda mais, para que o amor com que me amaste esteja neles, e eu mesmo esteja neles”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

quarta-feira, 20 de maio de 2015

A comunicação começa na família



A tecnologia vive um extraordinário avanço, mas é na família que se deve dar a educação de valores.

A família deve ser contemplada como base de quase tudo na convivência humana.

Por Dom Gil Antônio Moreira*

Para celebrar o 49º Dia Mundial das Comunicações Sociais, que neste ano ocorreu no dia 17 de maio, o papa Francisco escolheu o tema: "Comunicar a família: ambiente privilegiado do amor". Em sua mensagem, o papa destaca que a família é "o espaço onde se aprende a conviver na diferença”, citando algo que já havia dito na sua Exortação Apostólica Evangelii Gaudium (EG 66). Escolhendo este tema da família para tratar das comunicações sociais, chama à atenção para dois grandes momentos da Igreja nos dias atuais: o Sínodo celebrado em outubro de 2014 e o Sínodo que acontecerá em outubro de 2015, ambos destinados a refletir sobre a família nos tempos modernos.

Normalmente se refere hoje à família como uma instituição em crise, e alguns são derrotistas quando tratam deste tema. Porém a família é algo natural e não artificial, e por isso não pode ser contemplada apenas como um problema, mas como base de quase tudo na convivência humana. É na família que se dá o início de toda comunicação.

As palavras, elementos fundamentais para a comunicação, não são inventadas por nós: já as encontramos em criança quando começamos a aprender a falar. Toda pessoa humana nasce numa comunidade que se comunica através do idioma materno que marca de forma singular a vida e a maneira de se comunicar por toda a nossa existência. Por mais que aprendamos a nos comunicar em outros idiomas, a língua materna será sempre o ponto central, a forma privilegiada, a maneira básica, conatural para a comunicação de cada pessoa. Prova disto é a diferença emocional quando, estando longe, em outro país, falando cotidianamente outro idioma que não o nosso, ao ouvirmos alguém, que se dirige a nós, falando nossa língua materna, com o sotaque próprio de onde fomos criados, a comunicação se dá de forma imediata e muitas vezes mais inteligível.

Porém o papa chama à atenção para a família como primeiro lugar da comunicação, demonstrando que até mesmo antes de nascermos já estamos num processo comunicativo. A mãe se comunica com o filho quando este ainda está na fase intrauterina e as emoções positivas ou negativas dadas nesta ocasião, terão influência direta sobre a criança que ainda está para nascer. Deste ambiente familiar, a pessoa terá marcas para todo seu futuro. Daí a importância de se cultivar na família os valores positivos do amor, da misericórdia, do perdão, da paz, da caridade, da paciência, da justiça, e os valores religiosos da oração, do amor primordial a Deus, da celebração e da prática das virtudes.

Para exemplificar, o papa Francisco propõe à reflexão, o encontro de Maria, no começo de sua gravidez, ao visitar a sua prima Isabel, também grávida, no sexto mês, quando a criança lhe estremeceu de alegria no ventre ao ouvir a voz da mãe de Jesus (Cf. Lucas, 1, 39-56). As mães se comunicam, os filhos participam de suas comunicações! “Bendita és tu, entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre”, exclamou Isabel a Maria ao sentir os efeitos tão belos daquele momento.

“A família mais bela, protagonista e não problema, é aquela que partindo do testemunho, sabe comunicar a beleza e a riqueza do relacionamento entre o homem e a mulher, entre pais e filhos”, afirma o papa Francisco em sua mensagem para o presente Dia Mundial das Comunicações.

O mundo de hoje experimenta um extraordinário avanço tecnológico no campo das comunicações. Alcançamos um patamar imensamente superior aos nossos antepassados no que diz respeito a aparelhos, instrumentos e técnicas de comunicação. Porém, técnicas e instrumentos serão sempre ambíguos; poderão ser utilizados para o bem ou para o mal, para semear a paz ou espalhar o ódio e a violência. A educação para os valores deve se dar na família onde, desde pequenos, os filhos devem aprender a discernir entre o bem e o mal. Lá se formarão os comunicadores que vão colocar sua profissão unicamente a serviço do bem comum ou não, dependendo de como receberam as primeiras comunicações em sua casa.

CNBB, 18-05-2015.
*Dom Gil Antônio Moreira é arcebispo de Juiz de Fora (MG).

Momento Certo = Kairós = Tempo de Deus


PAZ E BEM!!!
O sábio fala porque tem algo a dizer; o tolo, porque tem que dizer alguma coisa.

Padre Marcelo Rossi
Momento Certo = Kairós = Tempo de Deus!!!







Oração a Nossa Senhora



Oração a Nossa Senhora

Ó Maria, tu és bendita entre todas as mulheres, tu que acreditaste!
O poderoso fez maravilhas por ti!
A maravilha de tua maternidade divina e, em vista dela, a maravilha de teu sim.

Tu foste verdadeiramente associada a toda obra de nossa redenção, unida à cruz de nosso Salvador.
Teu coração foi transpassado ao lado de seu Coração.
E agora, na glória de teu filho, não cessas de interceder por nós, pobres pecadores.

Tu velas sobre a Igreja, da qual és Mãe.
Velas sobre cada um dos teus filhos e filhas.
Obténs de Deus para nós todas as graças, com a única condição de que ousemos pedi-las, e nos aproximemos de ti com confiança, com audácia e simplicidade de criança.

É assim que tu nos levas sem cessar ao teu divino Filho...
Ó Maria! Eu te pertenço totalmente!


João Paulo II



Pensamento do dia




Os grandes méritos não estão em fazer grandes coisas, mas em fazer com diligência e bem também as pequenas coisas.
Padre Alberione




O veneno da inveja e suas consequências


O veneno da inveja e suas consequências

“Há poucos homens capazes de prestar homenagem ao sucesso de um amigo, sem qualquer inveja.” (Ésquilo)

Não posso garantir que a frase acima seja do autor em questão. Mas uma coisa sei: ela carrega consigo uma verdade. Muitos se alegram com as dores do outro. Contraditório? Não.

Quando alguém não consegue uma vitória que havia buscado, há uma solidariedade por vezes camuflada. Nem todos se alegram, mas é verdade também que nem todos se compadecem. É mais fácil ser solidário na dor que se alegrar com as conquistas dos amigos. Ver a felicidade alheia causa sintomas que roubam a paz que falta no olhar de quem vê o sorriso da vitória.

Um sorriso que não nasce dos nossos próprios lábios sempre é fácil de ser digerido. Bom mesmo é sorrir com nossas conquistas e ver o olhar do outro querendo consumir em prestações a nossa felicidade. Triste realidade de quem vive na dependência do consumismo alheio. Mais triste ainda é ver a inveja destruir amizades.

Há diamantes querendo ser topázios, no entanto, não compreenderam que o rubi nunca será uma esmeralda. Cada um é um no projeto singular da existência humana. Se Deus nos fez diamantes, Ele irá, ao longo da vida, lapidar-nos para que sejamos um diamante mais bonito, mas nunca deixaremos de ser um diamante para nos tornarmos topázio. Precisamos aceitar nossas belezas e deixar que o outro seja tão belo quanto ele foi criado. Esse processo leva tempo, requer maturidade e confiança na graça de Deus, pois Ele nos fez únicos para sermos luz no mundo.

A inveja talvez tenha sua raiz na incapacidade que uma pessoa carrega em si de fazer a diferença a partir de suas próprias capacidades. Quando o jardim do outro parece mais bonito do que o nosso próprio jardim, deixamos o cuidado do nosso tempo ao descuido e passamos a vida a contemplar as flores que não nos pertencem; deixamos as nossas morrerem secas pela inveja que não nos permite cuidar de nossa própria vida.

A inveja deixa sim os olhos grandes, mas de incapacidades que poderiam ter se transformado em lindos jardins. Não é o elogio que faz o outro feliz, mas a capacidade que temos de cuidar de nossa própria vida e deixar o outro seguir seus próprios caminhos. Quem se preocupa demais com a vida alheia é porque já não tem mais tempo de cuidar de suas próprias demandas. Transformou sua vida no mito de Narciso, mas, em vez de contemplar sua própria face, enxerga sempre no lago de seus pensamentos o rosto da felicidade alheia. Perdeu seus olhos em um mundo que nunca será seu. O tempo que se usa vigiando a vida do outro seria muito mais bem aproveitado se cuidasse de suas próprias fragilidades humanas.








Padre Flávio Sobreiro Bacharel em Filosofia pela PUCCAMP. Teólogo pela Faculdade Católica de Pouso Alegre – MG.