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quinta-feira, 30 de outubro de 2014
Papa: o diabo não é mito e deve ser combatido com a verdade
Santo Padre desmistifica a figura do diabo como uma “ideia do mal” e o considera um inimigo real, que deve ser combatido com a armadura da verdade
A vida cristã é um “combate” contra o demônio, o mundo e as paixões da carne. Foi o que afirmou o Papa Francisco, na Missa desta quinta-feira, 30, na Casa Santa Marta. Comentando um trecho da Carta de São Paulo aos Efésios, o Santo Padre reiterou que o diabo existe e é preciso lutar contra ele com a armadura da verdade.
Força e coragem. A homilia do Pontífice se concentrou nas palavras de
São Paulo que, dirigindo-se aos Efésios, desenvolve em uma “linguagem
militar” a vida cristã. Francisco destacou a necessidade de defender a
vida em Deus para levá-la adiante e, para isso, é preciso ter força e
coragem para resistir e anunciar.
Para seguir adiante na vida espiritual, disse, é preciso combater. E não se trata de um simples confronto, mas de um combate contínuo. O Papa citou os três inimigos da vida cristã: o demônio, o mundo e a carne. Ele recordou que a salvação dada por Jesus é gratuita, mas há o chamado para defendê-la.
“De quem devo me defender? O que devo fazer? ‘Vestir a armadura de Deus’, nos diz Paulo, isto é, aquilo que é de Deus nos ajuda a resistir às armadilhas do diabo. Não se pode pensar em uma vida espiritual, em uma vida cristã sem resistir às tentações, sem lutar contra o diabo, sem vestir essa armadura do Senhor, que nos dá forças e nos defende.”
São Paulo destaca que a batalha do homem não é contra coisas pequenas, mas contra o diabo e os seus. O Santo Padre explicou que fizeram muitas gerações acreditar que o inimigo fosse um mito, uma ideia do mal, mas ele existe e é preciso lutar contra ele. E a armadura de Deus, que deve ser usada nesse combate, à qual São Paulo se refere, é a verdade.
O diabo é mentiroso, disse o Papa, então, precisamos ter ao nosso lado a verdade, nos vestirmos com a couraça da justiça. O que ajudaria nesse processo, segundo Francisco, é cada um se perguntar sobre a própria crença, pois sem fé não se pode seguir adiante. Todos precisam desse escudo da fé. O Pontífice pediu, então, que os fiéis peguem o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus, e rezem constantemente.
“A vida é uma milícia, a vida cristã é uma luta belíssima. Quando o Senhor vence, em cada passo da nossa vida, dá-nos uma alegria, uma felicidade grande: aquela alegria que o Senhor venceu em nós, com a Sua gratuidade de salvação. Mas, sim, todos somos um pouco preguiçosos na luta, e nos deixamos levar adiante pela paixão, por algumas tentações. É porque somos pecadores, todos! Mas não desanimemos! Coragem e força, porque o Senhor está conosco”.
Para seguir adiante na vida espiritual, disse, é preciso combater. E não se trata de um simples confronto, mas de um combate contínuo. O Papa citou os três inimigos da vida cristã: o demônio, o mundo e a carne. Ele recordou que a salvação dada por Jesus é gratuita, mas há o chamado para defendê-la.
“De quem devo me defender? O que devo fazer? ‘Vestir a armadura de Deus’, nos diz Paulo, isto é, aquilo que é de Deus nos ajuda a resistir às armadilhas do diabo. Não se pode pensar em uma vida espiritual, em uma vida cristã sem resistir às tentações, sem lutar contra o diabo, sem vestir essa armadura do Senhor, que nos dá forças e nos defende.”
São Paulo destaca que a batalha do homem não é contra coisas pequenas, mas contra o diabo e os seus. O Santo Padre explicou que fizeram muitas gerações acreditar que o inimigo fosse um mito, uma ideia do mal, mas ele existe e é preciso lutar contra ele. E a armadura de Deus, que deve ser usada nesse combate, à qual São Paulo se refere, é a verdade.
O diabo é mentiroso, disse o Papa, então, precisamos ter ao nosso lado a verdade, nos vestirmos com a couraça da justiça. O que ajudaria nesse processo, segundo Francisco, é cada um se perguntar sobre a própria crença, pois sem fé não se pode seguir adiante. Todos precisam desse escudo da fé. O Pontífice pediu, então, que os fiéis peguem o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus, e rezem constantemente.
“A vida é uma milícia, a vida cristã é uma luta belíssima. Quando o Senhor vence, em cada passo da nossa vida, dá-nos uma alegria, uma felicidade grande: aquela alegria que o Senhor venceu em nós, com a Sua gratuidade de salvação. Mas, sim, todos somos um pouco preguiçosos na luta, e nos deixamos levar adiante pela paixão, por algumas tentações. É porque somos pecadores, todos! Mas não desanimemos! Coragem e força, porque o Senhor está conosco”.
Qual a maior das riquezas que podemos ter?
O que vem a ser o conhecimento de si? Como isso nos permite possuir a nós mesmos?
Quando falamos sobre ter a posse de algo, dizemos, por meio dessa expressão, que temos o domínio de uma realidade determinada, que somos o seu proprietário e, por isso, podemos decidir o que bem entendermos dela. Nada mais natural, afinal de contas, esse é o sentido usual dessa expressão. Entretanto, o título de nosso artigo – “Possuir a si mesmo”–, não deseja expressar que tal domínio deva então ser exercido sobre nós mesmos ou sobre nossas vidas. Muito menos que por essa posse exerçamos sobre nós um tamanho controle que estaríamos em condições de conduzir o rumo de nossas vidas da maneira como queremos, trazendo-nos uma suposta segurança, paz e certa estabilidade.
Na verdade, quando se evoca esse assunto da posse de si, dentro de um contexto de vida cristã, quer-se falar sobre a realidade do autoconhecimento, que nos levará a nos possuirmos. Não para que controlemos tudo; pelo contrário, para que Deus seja o norte de nossas vidas. O que vem a ser, então, o conhecimento de si? Como isso me permite possuir a mim mesmo? Antes de tudo, o conhecimento de si é um instrumento, um meio para se chegar a um fim e não o fim em si mesmo.
O autoconhecimento, pelo qual muito se interessou os padres da Igreja e o monaquismo, sempre foi um tema explorado pelos santos como um ponto de partida, a fim de propiciar uma maior união com Deus, e assim poder amá-Lo e os nossos próximos. Deus sempre foi e é o fim, o objetivo, o motivo pelo qual tantos homens e mulheres buscaram se lançar nesta aventura de se conhecer mais profundamente. Também para eles somente em Deus o homem pode se conhecer. É isso que move, por exemplo, Santa Teresa de Jesus, reformadora do Carmelo, do século XVI, e doutora da Igreja. Para ela, o autoconhecimento não nos é útil senão para estarmos mais intimamente unidos a Deus, a quem realmente amamos e desejamos amar mais intensamente. E é por isso que ela chega a dizer que no caminho rumo a uma união íntima com o Senhor, o conhecimento de si “é o pão com que todos os manjares devem ser comidos” e, logo em seguida, que “pão sem o qual ninguém poderia se sustentar”1. Dessa forma, Deus torna-se ao mesmo tempo o objetivo e o princípio do conhecimento de si. Sendo assim, viver uma simples observação de si, por mais intensa e profunda que seja, se não for para proporcionar um maior amor a Deus e aos irmãos, não tem sentido em si mesmo.
Ao mesmo tempo, somente em Deus o homem tem a luz necessária para se conhecer e recebe dele a graça para corresponder ao Seu amor. Isso se dá, pois o homem, imagem e semelhança do Pai, foi criado para participar da vida de Deus e de Seu amor. Com isso, somente quando o homem está em Deus ele encontra o caminho para si próprio. E essa luz, que vem do Senhor, é fonte não somente de conhecimento de mecanismos interiores, mas também é possibilidade de aceitação de quem somos diante d’Ele. Trata-se de uma espécie de revelação feita por Ele a nós mesmos: descobrimos, a cada dia, quem somos diante de Deus. Isso é fundamental! Santa Teresinha do Menino Jesus e a Santa Face, que compreendeu essa verdade profunda, afirmou: “Eu sou aquilo que Deus pensa de mim”.
A explicação disso pode parecer, à primeira vista, um tanto quanto complicada, mas, na realidade, é mais simples do que parece. Segundo Santa Teresa, sendo Deus fonte da ordem e da verdade, esses dois elementos precisam constituir a base de nossa relação com Ele. E com isso, essa relação deve, ao mesmo tempo, manifestar o que Ele é e o que nós somos. Ora, Deus é o Criador de todas as coisas, ser infinito, “Aquele que é” (cf. Ex 3, 14). Nós, seres finitos e criaturas d’Ele, dependentes d’Ele em tudo. Entre Deus e nós um abismo infinito nos separa. Um abismo que só pode ser “diminuído” se estivermos n’Ele, socorridos por Sua graça. E essa experiência com o Senhor nos revela quem somos, pois ao olhar para este abismo, a alma aprende, através de uma impressão vaga, porém real, quem ela é diante do infinito. Vejamos que se trata muito mais de um dom divino do que simplesmente o resultado de esforços pessoais. O esforço para se perceber e identificar nossa verdade é importante. Porém, todo esse trabalho precisa estar submetido a Deus e ser guiado por Ele. Santa Teresa considera como que revestidas de uma certa realeza as almas que, tendo feito essa experiência de Deus, perceberam algo deste abismo do infinito divino, fruto de um instante vivido nesta iluminação sob a influência do amor divino.
Como fruto dessa experiência vivida sob ação da graça, o homem vai progressivamente tomando conhecimento de quem é e de sua condição de criatura pobre e dependente. É dessa maneira que devemos compreender a posse de nós mesmos: conhecimento do tudo de Deus e do nada do homem. Assim, conhecemos o que somos e o que devemos nos tornar. À medida que conhecemos cada vez mais quem somos, com nossas fraquezas, necessidades, dons e qualidades, passamos a ter uma visão mais real e verdadeira de nós mesmos. Isso é o que Santa Teresa chama de humildade: porque “ (…) sendo Deus a suma Verdade, e a humildade andar na verdade, eis a razão de sua importância.”2. Essa humildade gerada na alma acaba nos centrando na verdade a cerca de nós mesmos, e nos permite nos posicionarmos de maneira mais justa nas nossas relações com os outros. Com isso, naturalmente estamos mais abertos e aptos para acolhê-lhos e amá-los em Deus.
André L. Botelho de Andrade é casado e pai de três filhos. Com formação em Teologia e Filosofia Tomista, Andrade é fundador e moderador geral da comunidade católica Pantokrator, à qual se dedica integralmente.
Nossa missão é evangelizar
“Cantai ao Senhor um cântico novo, porque ele operou maravilhas. Sua mão e seu santo braço lhe deram a vitória” (Sl 97,1).
A Comunidade Canção Nova faz parte da Igreja e tem como missão principal evangelizar, levando a Boa Nova a todos os lugares através dos meios de comunicação. Somos comunidade e nascemos para viver juntos e cantar uma nova canção com o nosso testemunho de vida.
A Comunidade Canção Nova faz parte da Igreja e tem como missão principal evangelizar, levando a Boa Nova a todos os lugares através dos meios de comunicação. Somos comunidade e nascemos para viver juntos e cantar uma nova canção com o nosso testemunho de vida.
O sentido da nossa vida é Jesus, por Ele nós existimos e vivemos o
amor. Todos nós somos chamados a evangelizar, porque fazemos parte da
Igreja. Por isso, empenhemo-nos em nossos relacionamentos com todos,
tendo atitudes de humildade e amor, vencendo todas as barreiras e os
nossos limites.
Peçamos a Jesus a graça de sermos cheios do Espírito Santo, para anunciarmos com eficácia tudo o que é verdadeiro.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago
Peçamos a Jesus a graça de sermos cheios do Espírito Santo, para anunciarmos com eficácia tudo o que é verdadeiro.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago
Momento Certo = Kairós = Tempo de Deus
PAZ E BEM!!!
"O êxito na vida não se mede pelo que você conquistou, mas sim pelas dificuldades que superou no caminho."
Padre Marcelo Rossi
Momento Certo = Kairós = Tempo de Deus!!!
O Senhor virá e ele não tardará
Nós precisamos aguentar firme, porque Deus logo chegará e nós teremos um banquete, que será de céus novos e uma terra nova, e lá o Senhor enxugará todas as nossas lágrimas. Isso o Senhor nos disse e nós exclamaremos: “Esse é o nosso Deus, esperamos n’Ele até que Ele nos salvou”.
Meu irmão, falar da volta do Senhor é falar de certezas, evidências e esperanças. Sua vinda é uma questão de tempo, e Ele só está demorando, porque está nos dando o tempo da misericórdia.
Quando chegarmos à terra nova, estaremos seguros, porque a mão do
Senhor repousará sobre nós. Não será apenas no fim dos tempos que Ele
nos guardará. Deus está vindo a cada dia. Você não percebe a presença
palpável d’Ele na sua vida, no seu dia a dia?
Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova
Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova
Santo do Dia - 30.10.2014
São Frumêncio - Padre portador da paz
A história do santo de hoje se entrelaça com a conversão de uma multidão de africanos ao amor de Cristo e à Salvação. São Frumêncio nasceu em Liro da Fenícia. Quando menino, juntamente com o irmão Edésio, acompanhava um filósofo de nome Merópio, numa viagem em direção às Índias. A embarcação, cruzando o Mar Vermelho, foi assaltada e só foram poupados da morte os dois jovens, Frumêncio e Edésio, que foram levados escravos para Aksum (Etiópia) a serviço da Corte.
Deste mal humano, Deus tirou um bem, pois ao terem ganhado o coração do
rei Ezana com a inteligência e espírito de serviço, fizeram de tudo
para ganhar o coração da África para o Senhor. Os irmãos de ótima
educação cristã, começaram a proteger os mercadores cristãos de passagem
pela região e, com a permissão de construírem uma igrejinha, começaram a
evangelizar o povo. Passados quase vinte anos, puderam voltar à pátria e
visitar os parentes: Edésio foi para Liro e Frumêncio caminhou para
partilhar com o Patriarca de Alexandria, Santo Atanásio, as maravilhas
do Ressuscitado na Etiópia e também sobre a necessidade de sacerdotes e
um Bispo. Santo Atanásio admirado com os relatos, sabiamente revestiu
Frumêncio com o Poder Sacerdotal e nomeou-o Bispo sobre toda a Etiópia,
isto em 350.
Quando voltou, Frumêncio foi acolhido com alegria como o “Padre portador da Paz”. Continuou a pregação do Evangelho no Poder do Espírito, ao ponto de converterem o rei Ezana, a rainha, e um grande número de indígenas, isto pelo sim dos jovens irmãos e pela perseverança de Frumêncio. Quase toda a Etiópia passou a dobrar os joelhos diante do nome que está acima de todo o nome: Jesus Cristo.
São Frumêncio, rogai por nós!
Quando voltou, Frumêncio foi acolhido com alegria como o “Padre portador da Paz”. Continuou a pregação do Evangelho no Poder do Espírito, ao ponto de converterem o rei Ezana, a rainha, e um grande número de indígenas, isto pelo sim dos jovens irmãos e pela perseverança de Frumêncio. Quase toda a Etiópia passou a dobrar os joelhos diante do nome que está acima de todo o nome: Jesus Cristo.
São Frumêncio, rogai por nós!
Homilia - 30.10.2014
Não impeçamos Deus de realizar a unidade no meio de nós
Não impeçamos Deus de operar a Sua obra, de fazer a unidade acontecer, de reunir os Seus filhos dispersos por nossa falta de amor, pelas nossas implicâncias e por não sabermos lidar com o diferente.
“Jerusalém, Jerusalém! Tu que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes eu quis reunir teus filhos, como a galinha reúne os pintinhos debaixo das asas, mas tu não quiseste!” (Lucas 13, 34).
Amados irmãos e irmãs em Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, nesta passagem bíblica vemos Jesus se aproximando da Sua cidade amada, querida, a cidade de Davi, que é o espelho da cidade eterna criada por Deus para cada um de nós.Jerusalém é o símbolo maior da presença de Deus no meio de nós, é a cidade, por excelência, para onde converge a nossa fé, para onde Nosso Jesus Cristo vai para ali morrer e ressuscitar e nos dar vida em plenitude. O Senhor Jesus chora sobre Sua cidade, lamenta-se de Sua cidade, a amada Jerusalém, porque ela matou os profetas, apedrejou os enviados de Deus e rejeitou aqueles que o Senhor enviou.Sabem, meus irmãos, o comportamento da cidade Jerusalém, dos seus chefes, dos seus religiosos não pode ser também o nosso comportamento! Muitas vezes, o Senhor vai chorar por nós, pela nossa casa, pela nossa família e pela nossa cidade, porque Deus envia a nós os profetas, envia os Seus enviados para que a nós também seja anunciada a Palavra.Pela indiferença, pela falta de acolhimento e por não sabermos dar valor a Deus e às coisas d'Ele, o Senhor, muitas vezes, vai chorar por nós, porque não há nada que doa mais no coração de uma pessoa do que a frieza e a rejeição! Aliás, a frieza é uma das formas mais duras de rejeição, é como alguém ir até uma pessoa com toda a expectativa de se encontrar com ela e, ao chegar ao encontro dela, para ela tanto faz e tanto fez. Ao mesmo tempo, além de essa pessoa não ligar, também ficar incomodada com a presença do outro, rejeitá-lo, mandá-lo embora e, se preciso for, até tirar a vida daquele que foi ao seu encontro.Foi deste modo que a cidade de Jerusalém se comportou com o Seu Senhor e por isso Ele chorou sobre ela, dizendo: “Quantas vezes eu quis reunir teus filhos, como a galinha reúne os pintinhos debaixo das asas, mas tu não quiseste!” (Lucas 13, 34). É como se o Senhor dissesse: “Foi você que não quis, Jerusalém, foi você que não aceitou, foi você que não permitiu que a união se estabelecesse e que nós estivéssemos unidos com Deus!”. Não sejamos empecilhos, não coloquemos dificuldades, não atrapalhemos nem impeçamos Deus de operar a Sua obra, de fazer a unidade acontecer, de reunir os Seus filhos dispersos por nossa falta de amor, pelas nossas implicâncias e por não sabermos lidar com o diferente. Nós temos causado dor ao coração de Deus porque não permitimos que opere a reunião e a união dos Seus filhos dispersos por este mundo!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Liturgia Diária - 30.10.2014
Primeira Leitura (Ef 6,10-20)
Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios.
10Para terminar, irmãos, confortai-vos no Senhor, e no domínio de sua
força, 11revesti-vos da armadura de Deus, para estardes em condições de
enfrentar as manobras do diabo. 12Pois não é a homens que enfrentamos,
mas as autoridades, os poderes, as dominações deste mundo de trevas, os
espíritos do mal que estão nos céus. 13Revesti, portanto, a armadura de
Deus, a fim de que no dia mau possais resistir e permanecer firmes em
tudo. 14De pé, portanto! Cingi os vossos rins com a verdade, revesti-vos
com a couraça da justiça 15e calçai os vossos pés com a prontidão em
anunciar o Evangelho da paz. 16Tomai o escudo da fé, o qual vos
permitirá apagar todas as flechas ardentes do Maligno. 17Tomai, enfim, o
capacete da salvação e o gládio do espírito, isto é, a Palavra de Deus.
18Com preces e súplicas de vária ordem, orai em todas as
circunstâncias, no Espírito, e vigiai com toda a perseverança,
intercedendo por todos os santos. 19Orai também por mim, para que a
palavra seja posta em minha boca para anunciar corajosamente o mistério
do Evangelho, 20do qual sou embaixador acorrentado. Possa eu, como é
minha obrigação, proclamá-lo com toda a ousadia.
Responsório (Sl 143)
— Bendito seja o Senhor, meu rochedo!
— Bendito seja o Senhor, meu rochedo!
— Bendito seja o Senhor, meu rochedo, que adestrou minhas mãos para a luta, e os meus dedos treinou para a guerra!
— Ele é meu amor, meu refúgio, libertador, fortaleza e abrigo. É meu escudo: é nele que espero, ele submete as nações a meus pés.
— Um canto novo, meu Deus, vou cantar-vos, nas dez cordas da harpa louvar-vos, a vós que dais a vitória aos reis e salvais vosso servo Davi.
Evangelho (Lc 13,31-35)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.
31Naquela hora, alguns fariseus aproximaram-se e disseram a Jesus: “Tu deves ir embora daqui, porque Herodes quer te matar”. 32Jesus disse: “Ide dizer a essa raposa: eu expulso demônios e faço curas hoje e amanhã; e no terceiro dia terminarei o meu trabalho. 33Entretanto, preciso caminhar hoje, amanhã e depois de amanhã, porque não convém que um profeta morra fora de Jerusalém. 34Jerusalém, Jerusalém! Tu que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes eu quis reunir teus filhos, como a galinha reúne os pintinhos debaixo das asas, mas tu não quiseste! 35Eis que vossa casa ficará abandonada. Eu vos digo: não me vereis mais, até que chegue o tempo em que vós mesmos direis: Bendito aquele que vem em nome do Senhor”.
Responsório (Sl 143)
— Bendito seja o Senhor, meu rochedo!
— Bendito seja o Senhor, meu rochedo!
— Bendito seja o Senhor, meu rochedo, que adestrou minhas mãos para a luta, e os meus dedos treinou para a guerra!
— Ele é meu amor, meu refúgio, libertador, fortaleza e abrigo. É meu escudo: é nele que espero, ele submete as nações a meus pés.
— Um canto novo, meu Deus, vou cantar-vos, nas dez cordas da harpa louvar-vos, a vós que dais a vitória aos reis e salvais vosso servo Davi.
Evangelho (Lc 13,31-35)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.
31Naquela hora, alguns fariseus aproximaram-se e disseram a Jesus: “Tu deves ir embora daqui, porque Herodes quer te matar”. 32Jesus disse: “Ide dizer a essa raposa: eu expulso demônios e faço curas hoje e amanhã; e no terceiro dia terminarei o meu trabalho. 33Entretanto, preciso caminhar hoje, amanhã e depois de amanhã, porque não convém que um profeta morra fora de Jerusalém. 34Jerusalém, Jerusalém! Tu que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes eu quis reunir teus filhos, como a galinha reúne os pintinhos debaixo das asas, mas tu não quiseste! 35Eis que vossa casa ficará abandonada. Eu vos digo: não me vereis mais, até que chegue o tempo em que vós mesmos direis: Bendito aquele que vem em nome do Senhor”.
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
Não ao mundanismo espiritual
Deus nos livre de uma Igreja mundana sob vestes espirituais ou pastorais!
O mundanismo espiritual, que se esconde por detrás de aparências de religiosidade e até mesmo de amor à Igreja, busca, em vez da glória do Senhor, a glória humana e o bem-estar pessoal. É aquilo que o Senhor censurava aos fariseus: «Como vos é possível acreditar, se andais à procura da glória uns dos outros, e não procurais a glória que vem do Deus único?» (Jo 5,44). É uma maneira sutil de procurar «os próprios interesses, não os interesses de Jesus Cristo» (Fl 2,21). Reveste-se de muitas formas, de acordo com o tipo de pessoas e situações em que penetra. Por cultivar o cuidado da aparência, nem sempre suscita pecados de domínio público, pelo que externamente tudo parece correto. Mas, se invadisse a Igreja, «seria infinitamente mais desastroso do que qualquer outro mundanismo meramente moral».
Esse mundanismo pode alimentar-se sobretudo de duas maneiras profundamente relacionadas. Uma delas é o fascínio do gnosticismo, uma fé fechada no subjetivismo, onde apenas interessa uma determinada experiência ou uma série de raciocínios e conhecimentos que supostamente confortam e iluminam, mas, em última instância, a pessoa fica enclausurada na imanência da sua própria razão ou dos seus sentimentos.
A outra maneira é o neopelagianismo autorreferencial e prometeuco de quem, no fundo, só confia nas suas próprias forças e se sente superior aos outros por cumprir determinadas normas ou por ser irredutivelmente fiel a um certo estilo católico próprio do passado. É uma suposta segurança doutrinal ou disciplinar que dá lugar a um elitismo narcisista e autoritário, onde, em vez de evangelizar, se analisam e classificam os demais e, em vez de facilitar o acesso à graça, consomem-se as energias a controlar. Em ambos os casos, nem Jesus Cristo nem os outros interessam verdadeiramente. São manifestações dum imanentismo antropocêntrico. Não é possível imaginar que, destas formas desvirtuadas do Cristianismo, possa brotar um autêntico dinamismo evangelizador.
Esse obscuro mundanismo manifesta-se em muitas atitudes, aparentemente opostas, mas com a mesma pretensão de «dominar o espaço da Igreja». Em alguns, há um cuidado exibicionista da liturgia, da doutrina e do prestígio da Igreja, mas não se preocupam que o Evangelho adquira uma real inserção no povo fiel de Deus e nas necessidades concretas da história. Assim, a vida da Igreja se transforma numa peça de museu ou numa possessão de poucos. Noutros, o próprio mundanismo espiritual esconde-se por detrás do fascínio de poder mostrar conquistas sociais e políticas, numa vanglória ligada à gestão de assuntos práticos ou numa atração pelas dinâmicas de autoestima e de realização autorreferencial. Também se pode traduzir em várias formas de se apresentar a si mesmo envolvido numa densa vida social cheia de viagens, reuniões, jantares e recepções. Ou então desdobra-se num funcionalismo empresarial, carregado de estatísticas, planificações e avaliações, onde o principal beneficiário não é o povo de Deus, mas a Igreja como organização. Em qualquer um dos casos, não traz o selo de Cristo encarnado, crucificado e ressuscitado, encerra-se em grupos de elite, não sai realmente à procura dos que andam perdidos nem das imensas multidões sedentas de Cristo. Já não há ardor evangélico, mas o gozo espúrio duma autocomplacência egocêntrica.
Nesse contexto, alimenta-se a vanglória de quantos se contentam com ter algum poder e preferem ser generais de exércitos derrotados antes que simples soldados dum batalhão que continua a lutar. Quantas vezes sonhamos planos apostólicos expansionistas, meticulosos e bem traçados, típicos de generais derrotados! Assim negamos a nossa história de Igreja, que é gloriosa por ser história de sacrifícios, de esperança, de luta diária, de vida gasta no serviço, de constância no trabalho fadigoso, porque todo o trabalho é “suor do nosso rosto”. Em vez disso, entretemo-nos vaidosos a falar sobre «o que se deveria fazer» – o pecado do «deveriaqueísmo» – como mestres espirituais e peritos de pastoral que dão instruções ficando de fora. Cultivamos a nossa imaginação sem limites e perdemos o contato com a dolorosa realidade do nosso povo fiel.
Quem caiu nesse mundanismo olha de cima e de longe, rejeita a profecia dos irmãos, desqualifica quem o questiona, faz ressaltar constantemente os erros alheios e vive obcecado pela aparência. Circunscreveu os pontos de referência do coração ao horizonte fechado da sua imanência e dos seus interesses e, consequentemente, não aprende com os seus pecados nem está verdadeiramente aberto ao perdão. É uma tremenda corrupção, com aparências de bem. Devemos evitá-lo, pondo a Igreja em movimento de saída de si mesma, de missão centrada em Jesus Cristo, de entrega aos pobres. Deus nos livre de uma Igreja mundana sob vestes espirituais ou pastorais! Este mundanismo asfixiante cura-se saboreando o ar puro do Espírito Santo, que nos liberta de estarmos centrados em nós mesmos, escondidos numa aparência religiosa vazia de Deus. Não deixemos que nos roubem o Evangelho!
Depressão: quais caminhos seguir?
Os tratamentos existem, e acreditar na superação e na melhora é um passo essencial
Vivemos um ritmo de atividades e de exigências numa sociedade que cada vez mais corre por resultados e por sucesso. Num mercado de trabalho altamente competitivo e desafiador, doenças surgem no ambiente profissional e preocupam as organizações e a sociedade como um todo.
Uma das doenças que chamam à atenção, neste cenário, é a depressão. Considerada uma das enfermidades que tem crescido de forma expressiva nos últimos anos, a depressão tem características próprias e não deve ser confundida com um estado de tristeza.
Podemos pensar na tristeza como um sentimento que nos leva a um processo de reflexão, de estarmos quietos; sentimento manifestado pela perda de alguém, por algo relacionado ao trabalho, pela decepção com alguém ou a frustração de expectativas irrealizadas. A grande diferença é que uma pessoa triste consegue manter sua rotina diária, seu cuidado pessoal e até mesmo experimentar alegrias que possam surgir neste período. Como fato passageiro, esse sentimento pode ser identificado em sua origem, ou seja, conseguimos descobrir o motivo pelo qual estamos tristes.
Quando falamos em depressão, os sinais aparentes de desmotivação, desinteresse, tristeza persistente, falta de desejo de cuidar de si e de dar seguimento às suas atividades cotidianas, bem como aquela sensação de ver o mundo “cinza”, sem cor e sem motivos, tornam-se mais prolongados. Nesses casos, a intervenção médica se faz necessária, bem como o apoio psicológico para que a pessoa possa reestruturar seus pensamentos e descobrir sua forma de lidar com a doença e com a vida. Sabemos ainda que a espiritualidade também tem um papel importante na superação de qualquer adoecimento, inclusive na depressão.
Não nos esqueçamos de que, muitas vezes, em nossa família, na sociedade e entre nossos amigos ainda existe uma dificuldade de compreender a situação pela qual uma pessoa deprimida está passando. Também para o deprimido não é uma tarefa fácil aceitar a doença e o tratamento. O mais importante é que os tratamentos existem, e acreditar na superação e na melhora é um passo essencial tanto para o paciente quanto para aqueles que convivem com ele. Os quadros depressivos podem ter duração de alguns meses ou serem mais persistentes; em ambos os casos, os doentes podem contar com a ajuda especializada, a fim de que as sensações causadas pelo quadro possam ser minimizadas e uma maior qualidade de vida possa ser obtida.
Por mais difícil que seja ou por maior que seja a vergonha ou o sentimento que o esteja impedindo de dar passos para a cura, não deixe de buscar ajuda. Um amigo, um familiar, aquele médico que já conhece um pouco de sua saúde podem ser os primeiros a quem você pode pedir auxílio quando perceber que esse quadro de tristeza está demorando um pouco mais para passar, dando sinais de que vão além do usual.
Elaine Ribeiro dos Santos
Elaine Ribeiro, Psicóloga Clínica e Organizacional, colaboradora da Comunidade Canção Nova.
Papa: palavras revelam se o cristão é da luz ou das trevas
Santo Padre destacou a importância de o cristão pensar na linguagem que utiliza e não se deixar enganar por palavras vazias
Na Missa desta segunda-feira, 27, o Papa Francisco refletiu sobre a importância do exame de consciência sobre as palavras utilizadas pelo cristão. Segundo ele, essa análise faz o cristão entender se ele é da luz, das trevas ou se é um “cristão cinzento”.
Os homens se reconhecem por suas palavras. São Paulo, afirmou o Papa, convidando os cristãos a se comportarem como filhos da luz e não das trevas, faz uma catequese sobre palavra. Segundo ele, há quatro palavras que podem indicar se o cristão é filho das trevas.
“É palavra hipócrita? Um pouco daqui, um pouco de lá para estar bem com todos? É uma palavra vazia, sem substância e cheia de vácuo? É uma palavra vulgar, trivial, isto é, mundana? Uma palavra suja, obscena? Essas quatro palavras não são dos filhos da luz, não vem do Espírito Santo, não vem de Jesus, não são palavras evangélicas”.
Francisco explicou que as palavras dos filhos da luz são aquelas que São Paulo recorda ao destacar a necessidade de imitar Deus, caminhando-O na caridade, na bondade, na mansidão, sabendo perdoar, assim como fez o próprio Senhor.
Ao mesmo tempo em que há cristãos luminosos, que procuram servir o Senhor com essa luz, há cristãos tenebrosos, disse o Papa, que conduzem uma vida de pecado e usam aquelas quatro palavras que são do maligno. Mas há ainda um terceiro grupo de cristãos:
“São os cristãos cinzentos. E estes, uma vez estão deste lado, outra vez do outro (…) Não são nem luminosos nem obscuros (…) ‘Eu sou cristão, mas sem exagerar!’, dizem, e fazem tanto mal, porque o seu testemunho cristão é um testemunho que no fim semeia confusão, semeia um testemunho negativo”.
O Papa pediu que os fiéis não se deixem enganar por palavras vazias, mas sim se comportem como filhos da luz. “Fará bem a nós pensarmos na nossa linguagem e perguntarmo-nos: ‘Sou cristão da luz? Sou cristão do escuro? Sou cristão do cinza?’ E assim podemos dar um passo adiante para encontrar o Senhor”.
Imitadores de Cristo
“Feliz aquele que se compraz no serviço do Senhor e medita sua lei dia e noite” (Salmo 1,2).
Sejamos imitadores de Cristo, pois fomos escolhidos para ser sinal de Seu amor. Ele doou-se primeiro por cada um de nós, por isso temos de doar a nossa vida para o anúncio Evangelho a todos os povos, sendo exemplos de uma vida de santidade e entrega ao Reino de Deus.
Peçamos ao Senhor que nos capacite em nossa missão, para que produzamos frutos de amor em atos concretos no nosso dia a dia. Como a Palavra nos ensina: “Ele é como a árvore plantada na margem das águas correntes: dá fruto na época própria, sua folhagem não murchará jamais. Tudo o que empreende, prospera” (Salmo 1,3).
O amor é fonte geradora de vida e, por meio dele, transparece em nós a imagem do Filho de Deus.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago
Sejamos imitadores de Cristo, pois fomos escolhidos para ser sinal de Seu amor. Ele doou-se primeiro por cada um de nós, por isso temos de doar a nossa vida para o anúncio Evangelho a todos os povos, sendo exemplos de uma vida de santidade e entrega ao Reino de Deus.
Peçamos ao Senhor que nos capacite em nossa missão, para que produzamos frutos de amor em atos concretos no nosso dia a dia. Como a Palavra nos ensina: “Ele é como a árvore plantada na margem das águas correntes: dá fruto na época própria, sua folhagem não murchará jamais. Tudo o que empreende, prospera” (Salmo 1,3).
O amor é fonte geradora de vida e, por meio dele, transparece em nós a imagem do Filho de Deus.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago
Como faço para não retornar ao pecado?
Santo Agostinho ensina que só o amor é capaz de nos fazer parar de pecar! Até quem quiser deixar o pecado para o próprio crescimento pouco vai avançar. Diferentemente, quem quiser deixá-lo por amar a Deus, avançará, porque é coisa própria do amor desejar, em tudo, agradar a quem se ama.
É provável que você já tenha trilhado muitos caminhos e avançado muito pouco por essa razão. Fico feliz só de imaginar que você pode hoje mudar de rota: amar a Deus e, por amor, só por amor, não desagradar ao Senhor jamais.
Deus abençoe você!
Com carinho e orações,
Seu irmão,
Ricardo Sá
É provável que você já tenha trilhado muitos caminhos e avançado muito pouco por essa razão. Fico feliz só de imaginar que você pode hoje mudar de rota: amar a Deus e, por amor, só por amor, não desagradar ao Senhor jamais.
Deus abençoe você!
Com carinho e orações,
Seu irmão,
Ricardo Sá
Momento Certo = Kairós = Tempo de Deus
PAZ E BEM!!!
Há três coisas que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida.
Padre Marcelo Rossi
Momento Certo = Kairós = Tempo de Deus!!!
Quem decide o que fazer do barro é o artista
O artista pega o barro e com ele faz coisas maravilhosas: um prato, um vaso, uma estátua. Deus é o artista por excelência. Não é o barro que vai dizer o que será feito dele, mas sim o artista. Assim como o barro, também não podemos dizer ao Senhor: “Eu não posso, não consigo!”
Temos de nos deixar trabalhar pelo Senhor. Ele decidiu: “Sereis perfeitos”. Deus quer nos levar além de nossos limites: ”Sereis perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito”. A nossa parte é deixar que o Senhor trabalhe em nós, que Ele nos molde. Entreguemo-nos, agora, como barro na mãos do Oleiro:
“Eu não sou mais do um ‘barro’ em Tuas mãos, Senhor. Modela-me, faz deste barro aquilo que Tu queres. Faz-me à Tua imagem, faz meu coração semelhante ao Teu”.
Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova
Temos de nos deixar trabalhar pelo Senhor. Ele decidiu: “Sereis perfeitos”. Deus quer nos levar além de nossos limites: ”Sereis perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito”. A nossa parte é deixar que o Senhor trabalhe em nós, que Ele nos molde. Entreguemo-nos, agora, como barro na mãos do Oleiro:
“Eu não sou mais do um ‘barro’ em Tuas mãos, Senhor. Modela-me, faz deste barro aquilo que Tu queres. Faz-me à Tua imagem, faz meu coração semelhante ao Teu”.
Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova
SANTO DO DIA - 27.10.2014
São Gonçalo de Lagos, homem zeloso, virtuoso e cheio de pureza
Este santo português nasceu em Lagos, no Algarve, por volta do ano de 1370. Tomou o hábito de Santo Agostinho no convento da Graça, em Lisboa, aos 20 anos.
Dedicou-se à uma vida de jejuns e de penitências enquanto aplicava-se às letras, aos estudos. Homem zeloso na vivência da Regra Religiosa, virtuoso e cheio de pureza, Gonçalo dedicou-se também à pregação chegando a ser superior de alguns mosteiros da sua Ordem.
O último mosteiro foi o de Torres Vedras, onde morreu em 1422, depois de exortar aos que viviam com ele no mosteiro à observância religiosa e à uma vida virtuosa.
São Gonçalo de Lagos, rogai por nós!
HOMILIA DIÁRIA - 27.10.2014
Com Deus encontramos a direção certa para a nossa vida!
Quando a nossa vida começa a perder a direção precisamos que o Senhor a endireite novamente.
“Jesus pôs as mãos sobre ela, e imediatamente a mulher se endireitou e começou a louvar a Deus” (Lucas 13,13).
Amados irmãos e irmãs, a maravilha que nós contemplamos no Evangelho de hoje é o fato de observarmos uma mulher que havia 18 anos estava atormentada por um espírito que a deixava doente e ela ficava cada vez mais encurvada. Ela não tinha condições de ficar em pé, e Jesus teve compaixão dessa mulher por ver o quanto aquele espírito a atormentava e a deixava enferma. Por isso o Senhor, movido por essa profunda compaixão, proclamou que ela estava livre da enfermidade e imediatamente ela ficou curada e começou a louvar a Deus.
“Havia aí uma mulher que, fazia dezoito anos, estava com um espírito que a tornava doente. Era encurvada e incapaz de se endireitar. Vendo-a, Jesus chamou-a e lhe disse: Mulher, estás livre da tua doença. Jesus pôs as mãos sobre ela, e imediatamente a mulher se endireitou e começou a louvar a Deus” (Lucas 13, 11-12).
A primeira coisa que vemos é que Jesus endireitou aquela mulher que estava toda curva. Sabem, meus irmãos, existem muitos espíritos que estão encurvando a nossa vida, estão tirando a nossa vida da direção de Deus, do próximo, da verdade e da caridade.
Deixe-me dizer a você: nós precisamos todos os dias endireitar a nossa vida, ou melhor dizendo: precisamos permitir que todos os dias Deus endireite a nossa vida e a coloque no eixo. Porque por um nada perdemos o prumo, por um nada perdemos a direção. E quantos espíritos confusos estão rodeando nossa cabeça, nossa mente, nossos sentimentos e os nossos sentidos!
Desse modo começamos a perder a razão e a nos tornar pessoas egoístas, orgulhosas, grosseiras; vamos tornando a nossa vida azeda, um azedume que, muitas vezes, recebemos do mundo. E assim vamos perdendo o sabor e o gosto pela vida. E uma vida sem gosto se torna uma vida turva! Quando a nossa vida começa a perder a direção precisamos que Deus a endireite novamente.
Não pense que as doenças e as enfermidades são o mal maior da vida. É claro que não desejamos que nenhuma enfermidade ocorra conosco; contudo, existem certas doenças que até nos consertam e nos fazem rever a vida, porque, muitas vezes, quando estamos sadios não caímos em nós. E o mal maior é estarmos tortos na vida, é estarmos encurvados para a vida e não percebermos o real sentido, o significado e a direção que Deus quer nos dar.
Que este Deus maravilhoso, Jesus Nosso Deus, venha hoje em socorro da nossa fraqueza, venha colocar a nossa vida no eixo, venha orientar os nossos pensamentos e sentimentos para não nos encurvarmos diante do mal, mas para estarmos sempre endireitados no caminho da vida.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
LITURGIA DIÁRIA - 27.10.2014
Primeira Leitura (Ef 4,32-5,8)
Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios.
Irmãos, 4,32sede bons uns para com os outros, sede compassivos; perdoai-vos mutuamente, como Deus vos perdoou por meio de Cristo. 5,1Sede imitadores de Deus, como filhos que ele ama. 2Vivei no amor, como Cristo nos amou e se entregou a si mesmo a Deus por nós, em oblação e sacrifício de suave odor. 3A devassidão, ou qualquer espécie de impureza ou cobiça sequer sejam mencionadas entre vós, como convém a santos. 4Nada de palavras grosseiras, insensatas ou obscenas, que são inconvenientes; dedicai-vos antes à ação de graças. 5Pois, sabei-o bem, o devasso, o impuro, o avarento — que é um idólatra — são excluídos da herança no reino de Cristo e de Deus. 6Que ninguém vos engane com palavras vazias. Tudo isso atrai a cólera de Deus sobre os que lhe desobedecem. 7Não sejais seus cúmplices. 8Outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor. Vivei como filhos da luz.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Responsório (Sl 1)
— Sejamos, pois, imitadores do Senhor, como convém aos amados filhos seus.
— Sejamos, pois, imitadores do Senhor, como convém aos amados filhos seus.
— Feliz é todo aquele que não anda conforme os conselhos dos perversos; que não entra no caminho dos malvados, nem junto aos zombadores vai sentar-se; mas encontra seu prazer na lei de Deus e a medita, dia e noite, sem cessar.
— Eis que ele é semelhante a uma árvore que à beira da torrente está plantada; ela sempre dá seus frutos a seu tempo, e jamais as suas folhas vão murchar. Eis que tudo o que ele faz vai prosperar.
— Mas bem outra é a sorte dos perversos. Ao contrário, são iguais à palha seca espalhada e dispersada pelo vento. Pois Deus vigia o caminho dos eleitos, mas a estrada dos malvados leva à morte.
Evangelho (Lc 13,10-17)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 10Jesus estava ensinando numa sinagoga, em dia de sábado. 11Havia aí uma mulher que, fazia dezoito anos, estava com um espírito que a tornava doente. Era encurvada e incapaz de se endireitar. 12Vendo-a, Jesus chamou-a e lhe disse: “Mulher, estás livre da tua doença”. 13Jesus pôs as mãos sobre ela, e imediatamente a mulher se endireitou e começou a louvar a Deus.
14O chefe da sinagoga ficou furioso, porque Jesus tinha feito uma cura em dia de sábado. E, tomando a palavra, começou a dizer à multidão: “Existem seis dias para trabalhar. Vinde, então, nesses dias para serdes curados, não em dia de sábado”.
15O Senhor lhe respondeu: “Hipócritas! Cada um de vós não solta do curral o boi ou o jumento, para dar-lhe de beber, mesmo que seja dia de sábado? 16Esta filha de Abraão, que satanás amarrou durante dezoito anos, não deveria ser libertada dessa prisão, em dia de sábado?” 17Esta resposta envergonhou todos os inimigos de Jesus. E a multidão inteira se alegrava com as maravilhas que ele fazia.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
sábado, 25 de outubro de 2014
Não basta vencer!
É certo que ao cidadão não basta apenas votar, e aos escolhidos nas urnas, não basta vencer as eleições
Não basta vencer as eleições do domingo, pois a verdadeira conquista é muito mais difícil de alcançar. Trata-se da vitória que é o bem do povo, particularmente dos mais pobres e sofredores, enjaulados em condições indignas de vida, privados de direitos fundamentais.
Os analistas, com diferentes pontos de vista, indicam a complexidade do momento. Diante de todos está o desafio do crescimento econômico, de se atender demandas de infraestrutura e de libertação da máquina pública das garras ferozes dos que dela se apossam, nos diversos níveis, instâncias e lugares, pelo Brasil afora, incapacitando-a no atendimento de sua finalidade – o zelo e a garantia do bem comum.
Ao considerar esse horizonte de exigências e desafios, compreende-se ainda mais que a ida às urnas exige responsabilidade de cada cidadão eleitor. Uma constatação evidente, mas que merece sempre reflexões. Quando se observa a atual tendência do eleitorado na sua escolha, percebe-se o peso da interrogação no ar. Este momento eleitoral tem revelado a indecisão de muitos, a divisão equiparada das opiniões, ora para um lado, ora para outro. Talvez isso seja sinal de certo amadurecimento da democracia. Um gesto aparentemente simples, apertar teclas da urna eletrônica, revela um processo da mais alta complexidade.
A candidatura escolhida vai nortear rumos, ou desconsertá-los, no quadriênio subsequente. Discernir e fazer a escolha, algo que precede o gesto simples e rápido de teclar, é agora o grande desafio cidadão. Há uma avalanche de elementos a serem avaliados, um caminho a ser bem trilhado rumo à definição mais apropriada possível, que colabore com o desenvolvimento da sociedade brasileira. A velocidade das mudanças e o aumento das necessidades reais do povo não admitem senão inovações, busca de novas respostas e a garantia de avanços. Conquistas são possíveis, embora difíceis. Particularmente, o eleitor deve buscar quem é capaz de superar a famigerada desigualdade social que ainda rege violentamente a sociedade brasileira.
Buscar o caminho novo inclui a verificação de um check list com incontáveis tópicos. Cada cidadão tem o direito, e até o dever, de tomar conhecimento destes itens todos para viver seu discernimento e alcançar uma amadurecida escolha. Também é importante conhecê-los para exercer o direito de acompanhar a efetivação dos compromissos assumidos por quem se elegeu e, portanto, tornou-se servidor do povo. Dois aspectos, entre tantos, merecem alguma consideração neste momento decisivo. Um deles se refere à qualidade do processo de escolha. Eleitores não podem deixar-se influenciar apenas pelos resultados de pesquisas de intenção de voto, até porque elas têm revelado muitas fragilidades e limitações. Também é inadmissível aceitar que, a esta altura do terceiro milênio, ainda exista o antigo “voto de cabresto”, com os “currais eleitorais”, onde se define uma escolha pelos esquemas de dependência e se estimula a apatia em detrimento da participação popular.
Outro aspecto que agrava o cenário eleitoral é a carência de lideranças com perfis mais enriquecidos. Infelizmente, a poluição partidária, formada pelo excessivo número de legendas e, sobretudo, pela parcialidade e interesse cartorial, tem refletido na falta de pessoas qualificadas para o exercício do cargo público. Consequentemente, torna-se cada vez mais comum encontrar nas instituições públicas pessoas que não se comprometem com o bem da sociedade e com a superação do sofrimento dos mais pobres. O interesse cada vez mais hegemônico é a busca de ganhos para classes e grupos. No segundo plano, fica o gosto cidadão de representar o povo, servindo-o acima de tudo, trabalhando por suas necessidades.
A corrupção e os escândalos do uso inapropriado dos recursos do erário público emolduram a política brasileira. Essa grave crise na representatividade favorece mediocridades e, até mesmo, a escolha de quem não consegue inovar, ousar, de quem prefere a conservação que, por sua vez, alimenta o atual cenário. Diante de tantas necessidades de mudança, é certo que ao cidadão não basta apenas votar, e aos escolhidos nas urnas, não basta vencer as eleições. Há um íngreme caminho a ser percorrido.
Dom Walmor Oliveira de Azevedo
O Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo, é doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana (Roma, Itália) e mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico (Roma, Itália).
Uma história real de Perdão e conversão
O programa “Fantástico” da Rede Globo, em 13 de abril de 1985, mostrou um caso real e emocionante, que aconteceu em nossa cidade de Lorena-SP, e fui testemunha disso.
Uma senhora chamada Ana Maria, morava no bairro de Santo Antônio. Ela tinha uma padaria e morava no mesmo prédio em um apartamento sobre a padaria.
Numa madrugada, essa Senhora teve a sua casa invadida por um rapaz, e este assassinou, dentro de sua casa, um dos seus filhos, jovem de 18 anos.
Ela não quis vingança contra o assassino e, na própria Missa de corpo presente do filho assassinado, declarou o seu perdão ao criminoso. Foi um momento de emoção e lágrimas!
O rapaz assassino foi preso, julgado e condenado à prisão na Casa de Detenção em São Paulo. Tão logo Dª Ana Maria soube da prisão do assassino, passou a visitá-lo em São Paulo semanalmente. Pegava o ônibus em Lorena, viajava 200 km para falar de Deus ao assassino do seu próprio filho.
Pouco tempo depois esse jovem revelava, sob lágrimas, ante as câmaras da TV Globo, o arrependimento do seu gesto. E lamentava não ter conhecido Jesus Cristo antes de parar na cadeia e ter matado o filho de Da. Ana Maria.
Esse caso mostra o que São Paulo chama de “amontoar carvões em brasa” sobre a cabeça daquele que vive mal, e mostra a forma cristã de vencer o mal. Assim, e só assim, quebra-se a corrente da violência e a atira-se ao chão. Não se pode apagar fogo com gasolina, mas com água. E quando a água luta com o fogo, quem vence é a água.
São Paulo nos ensinou a lei de Cristo: “Abençoai os que vos perseguem, abençoai-os e não os praguejeis… Não pagueis a ninguém o mal com o mal… Não vos vingueis uns aos outros, caríssimos, mas deixai agir a ira de Deus, porque está escrito: A mim a vingança; a mim exercer a justiça, diz o Senhor (Dt 32,35; Rom 12,14-19).
“Se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber. Procedendo assim, amontoarás carvões em brasa sobre a sua cabeça.” (Pr 25,21; Rm 12,20).
Jesus ensinou a perdoar os inimigos, e morreu perdoando os que o crucificaram, coroaram de espinhos e o flagelaram até o sangue…
Quem odeia e não perdoa é como alguém que toma veneno e espera que o outro morra.
Momento Certo = Kairós = Tempo de Deus
PAZ E BEM!!!
Não podemos ter tudo que queremos, mas, podemos amar tudo o que temos!!
Padre Marcelo Rossi
Momento Certo = Kairós = Tempo de Deus!!!
Santo do Dia - 25.10.2014
Santo Antônio de Sant'Anna Galvão, homem de paz e caridade
Conhecido como “o homem da paz e da caridade”, Antônio de Sant’Anna Galvão nasceu no dia 10 de maio de 1739, na cidade de Guaratinguetá (SP).
Filho de Antônio Galvão, português natural da cidade de Faro em Portugal, e de Isabel Leite de Barros, natural da cidade de Pindamonhangaba, em São Paulo. O ambiente familiar era profundamente religioso. Antônio viveu com seus irmãos numa casa grande e rica, pois seus pais gozavam de prestígio social e influência política.
O pai, querendo dar uma formação humana e cultural segundo suas possibilidades econômicas, mandou Antônio, com a idade de 13 anos, à Bahia, a fim de estudar no seminário dos padres jesuítas.
Em 1760, ingressou no noviciado da Província Franciscana da Imaculada Conceição, no Convento de São Boaventura do Macacu, na Capitania do Rio de Janeiro. Foi ordenado sacerdote no dia 11 de julho de 1762, sendo transferido para o Convento de São Francisco em São Paulo.
Em 1774, fundou o Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Divina Providência, hoje Mosteiro da Imaculada Conceição da Luz, das Irmãs Concepcionistas da Imaculada Conceição.
Cheio do espírito da caridade, não media sacrifícios para aliviar os sofrimentos alheios. Por isso o povo a ele recorria em suas necessidades. A caridade de Frei Galvão brilhou, sobretudo, como fundador do mosteiro da Luz, pelo carinho com que formou as religiosas e pelo que deixou nos estatutos do então recolhimento da Luz. São páginas que tratam da espiritualidade, mas em particular da caridade de como devem ser vivida a vida religiosa e tratadas as pessoas de dentro e de fora do “recolhimento”.
Às 10 horas do dia 23 de dezembro de 1822, no Mosteiro da Luz de São Paulo, havendo recebido todos os sacramentos, adormeceu santamente no Senhor, contando com seus quase 84 anos de idade. Foi sepultado na Capela-Mor da Igreja do Mosteiro da Luz, e sua sepultura ainda hoje continua sendo visitada pelos fiéis.
Sobre a lápide do sepulcro de Frei Galvão está escrito para eterna memória: “Aqui jaz Frei Antônio de Sant’Anna Galvão, ínclito fundador e reitor desta casa religiosa, que tendo sua alma sempre em suas mãos, placidamente faleceu no Senhor no dia 23 de dezembro do ano de 1822″. Sob o olhar de sua Rainha, a Virgem Imaculada, sob a luz que ilumina o tabernáculo, repousa o corpo do escravo de Maria e do Sacerdote de Cristo, a continuar, ainda depois da morte, a residir na casa de sua Senhora ao lado de seu Senhor Sacramentado.
Frei Galvão é o religioso cujo coração é de Deus, mas as mãos e os pés são dos irmãos. Toda a sua pessoa era caridade, delicadeza e bondade: testemunhou a doçura de Deus entre os homens. Era o homem da paz, e como encontramos no Registro dos Religiosos Brasileiros: “O seu nome é em São Paulo, mais que em qualquer outro lugar, ouvido com grande confiança e não uma só vez, de lugares remotos, muitas pessoas o vinham procurar nas suas necessidades”.
O dia 25 de outubro, dia oficial do santo, foi estabelecido, na Liturgia, pelo saudoso Papa João Paulo II, na ocasião da beatificação de Frei Galvão em 1998 em Roma. Com a canonização do primeiro santo que nasceu, viveu e morreu no Brasil, a 11 de maio de 2007, o Papa Bento XVI manteve a data de 25 de outubro.
Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, rogai por nós!
Homilia - 25.10.2014
Devemos ter cuidado e vigilância com a nossa vida
Devemos ter cuidado e vigilância com a nossa vida. Pior do que as tragédias e do que os acidentes é não estarmos preparados para o nosso encontro com Deus!
“Eu vos digo que não. Mas, se não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo” (Lucas 13, 5).
Meus amados irmãos e irmãs, ao escutarmos o Evangelho de hoje, vamos deparar com situações bem cotidianas em nossas vidas: as tragédias e as fatalidades. Quantas pessoas morrem em acidentes de forma brusca, inesperada, seja na estrada, seja em construções e nas mais diversas situações da vida. Pessoas que passam por dramas em suas vidas; algumas pensam, questionam e até afirmam: "Será castigo de Deus!? Será que isso é culpa por eu não ter vivido de acordo com a vontade de Deus?”. Dizem ainda: “Fulano está pagando pelo pecado de outro!" E "Será que a culpa é dos pais? Será que a culpa foi da mãe, dos antepassados?".No Evangelho de hoje, Jesus nos esclarece que os acidentes e os incidentes da vida não são por culpa do passado de ninguém. É óbvio que há circunstâncias da vida que, às vezes, herdamos coisas do passado, mas o que sofremos hoje, frequentemente, são, de fato, coisas acidentais. A tragédia que ocorreu não foi porque Deus quis que isso acontecesse. Não, Deus não quer a morte de ninguém, Nosso Senhor é o Deus da vida!Pior do que as tragédias e do que os acidentes é não estarmos preparados para a nossa hora! Assim como aquele que foi vítima de um acidente e não esperava que acontecesse com ele, nenhum de nós sabe qual será o nosso dia e a nossa hora. Por isso nós precisamos estar preparados, porque, na hora em que a “irmã morte” vier ao nosso encontro ela vai nos pegar do jeito que estivermos, não vamos poder dar um jeitinho – “Deixe-me preparar, e encontrar com um padre para me confessar. Deixe-me reconciliar com minha esposa primeiro. Deixe-me pedir perdão aos meus filhos, aos meus amigos”. Não! A cada hora, a cada dia da nossa vida, vamos morrendo mais um pouco, a nossa vida vai diminuindo. É claro que isso não é motivo de tristeza, porque nós vamos diminuindo os dias de nossa vida aqui na Terra e nos aproximando da nossa entrada no Reino de Deus.É para isso que devemos nos preparar e, a cada dia, ter cuidado e vigilância com a nossa vida e estar preparados para as surpresas da vida, – sobretudo para essa grande surpresa, que é o nosso encontro definitivo com Deus – que será a realização mais plena de toda a nossa vida humana.No entanto, nós não podemos ser surpreendidos – no sentido negativo da palavra – estando despreparados e não sendo vigilantes e, assim, ser excluídos do prêmio da vida. Essa tragédia é grande! Mas se nós não nos convertermos, vamos morrer assim como muitos morreram (cf. Lc 13, 5). Não é que teremos o mesmo fim que eles, mas assim como foi inesperado para eles, será uma coisa muito inesperada o nosso encontro com Deus se não estivermos devidamente preparados.Que Deus prepare o nosso coração, que Ele abra o nosso coração para nos convertermos a cada dia. Assim, quando a “irmã morte” vier ao nosso encontro essa não será uma desagradável surpresa, mas a melhor de todas: aquela que nos abrirá as portas do céu!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Liturgia Diaria - 25.10.2014
Primeira Leitura (Ef 4,7-16)
Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios.
Irmãos, 7cada um de nós recebeu a graça na medida em que Cristo lha deu. 8Daí esta palavra: “Tendo subido às alturas, ele capturou prisioneiros, e distribuiu dons aos homens”. 9“Ele subiu”! Que significa isso, senão que ele desceu também às profundezas da terra? 10Aquele que desceu é o mesmo que subiu mais alto do que todos os céus, a fim de encher o universo. 11E foi ele quem instituiu alguns como apóstolos, outros como profetas, outros ainda como evangelistas, outros, enfim, como pastores e mestres. 12Assim, ele capacitou os santos para o ministério, para edificar o corpo de Cristo, 13até que cheguemos todos juntos à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, ao estado do homem perfeito e à estatura de Cristo em sua plenitude. 14Assim, não seremos mais crianças ao sabor das ondas, arrastados por todo vento de doutrina, ludibriados pelos homens e induzidos por sua astúcia ao erro. 15Motivados pelo amor queremos ater-nos à verdade e crescer em tudo até atingirmos aquele que é a Cabeça, Cristo. 16Graças a ele, o corpo, coordenado e bem unido, por meio de todas as articulações que o servem, realiza o seu crescimento, segundo uma atividade à medida de cada membro, para a sua edificação no amor.
Responsório (Sl 121)
— Que alegria, quando me disseram: “Vamos à casa do Senhor!”
— Que alegria, quando me disseram: “Vamos à casa do Senhor!”
— Que alegria, quando ouvi que me disseram: “Vamos à casa do Senhor!” E agora nossos pés já se detêm, Jerusalém, em tuas portas.
— Jerusalém, cidade bem edificada num conjunto harmonioso; para lá sobem as tribos de Israel, as tribos do Senhor.
— Para louvar, segundo a lei de Israel, o nome do Senhor. A sede da justiça lá está, e o trono de Davi.
Evangelho (Lc 13,1-9)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.
1Naquele tempo, vieram algumas pessoas trazendo notícias a Jesus a respeito dos galileus que Pilatos tinha matado, misturando seu sangue com o dos sacrifícios que ofereciam. 2Jesus lhes respondeu: “Vós pensais que esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus, por terem sofrido tal coisa? 3Eu vos digo que não. Mas se vós não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo. 4E aqueles dezoito que morreram, quando a torre de Siloé caiu sobre eles? Pensais que eram mais culpados do que todos os outros moradores de Jerusalém? 5Eu vos digo que não. Mas, se não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo”. 6E Jesus contou esta parábola: “Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha. Foi até ela procurar figos e não encontrou. 7Então disse ao vinhateiro: ‘Já faz três anos que venho procurando figos nesta figueira e nada encontro. Corta-a! Por que está ela inutilizando a terra?’ 8Ele, porém, respondeu: ‘Senhor, deixa a figueira ainda este ano. Vou cavar em volta dela e colocar adubo. 9Pode ser que venha a dar fruto. Se não der, então tu a cortarás’”.
sexta-feira, 24 de outubro de 2014
Por que há tantos suicídios de jovens?
“Sabeis quantos suicídios de jovens há hoje no mundo? A cifra é alta! Porque não têm esperança. Experimentaram tantas coisas e a sociedade, que é cruel – e é cruel! – não nos pode dar esperança. E esta é como a graça: não se pode comprar, é um dom de Deus. E nós devemos oferecer a esperança cristã com o nosso testemunho, com a nossa liberdade, com a nossa alegria”, disse o Papa Francisco (L’osservatore Romano, 23/06/2013, p. 6).
A jovem Paris Jackson é uma linda garota de 15 anos, popular na internet por seus tutoriais de maquiagem. Ela canta, toca piano e, em breve, fará sua primeira participação como atriz no filme de ficção ‘Lundon’s Bridge and The Three Keys’. Porém, no início do mês de setembro, ela pegou o público de surpresa ao tentar tirar a própria vida ingerindo uma alta dose de medicamentos e cortando os pulsos. Paris Jackson é filha de Michael Jackson.
Infelizmente, o suicídio é a segunda maior causa de morte entre jovens de 15 e 19 anos, segundo estudos lançados pela publicação “The Lancet, 2012”.
O suicídio, hoje, no Brasil, só perde para as drogas e os acidentes de trânsito. Quando o assunto são mortes prematuras, inúmeros casos circulam no país e, apesar de não serem largamente noticiados, causam comoção e choque entre as pessoas mais próximas ao evento.
Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 2 mil pessoas, entre 15 e 29 anos, tiraram a própria vida em 2009. Número preocupante que deu início a uma campanha de prevenção, que declarou 10 de setembro como “O Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio”.
DOENÇA PSIQUIÁTRICA
É uma das primeiras causas de morte em homens jovens nos países desenvolvidos e emergentes. Mata 26 brasileiros por dia. E ninguém quer falar sobre o assunto.
No Brasil, a taxa de suicídio entre adolescentes e jovens aumentou pelo menos 30% nos últimos 25 anos. O crescimento é maior do que a média da população, segundo o psiquiatra José Manoel Bertolote, autor de ‘O Suicídio e sua Prevenção’ (ed. Unesp).
A curva ascendente vai contra a tendência observada em países da Europa ocidental, nos Estados Unidos, na China e na Austrália. Nesses lugares, o número de jovens suicidas vem caindo, ao contrário do que acontece no Brasil, aponta um estudo da University College London publicado no periódico “Lancet” no ano passado.
“Na década de 1990, a taxa de suicídios aumentava em todos os países do mundo, e a OMS [Organização Mundial da Saúde] lançou um programa de prevenção. Os países que fizeram campanhas de esclarecimento conseguiram baixar os números. É importante falar do assunto”, diz o psiquiatra Neury Botega, da Unicamp.
A taxa cresce por uma conjugação de fatores. “A sociedade está cada vez menos solidária, o jovem não tem mais uma rede de apoio. Além disso, é desiludido em relação aos ideais que outras gerações tiveram”, diz Neury.
Há ainda uma pressão social para ser feliz, principalmente nas redes sociais. “Todo mundo tem de se sentir ótimo. A obrigação de ser feliz gera tensão no jovem”, diz Robert Gellert Paris, diretor da Associação pela Saúde Emocional de Crianças e conselheiro do CVV (Centro de Valorização da Vida).
O aumento de casos de depressão em crianças e adolescentes é outro componente importante. “Mais de 95% das pessoas que se suicidam têm diagnóstico de doença psiquiátrica”, diz Bertolote.
Junte tudo isso ao maior consumo de álcool e drogas, e a bomba está armada. A Organização Mundial da Saúde estima que, a cada ano, um milhão de pessoas cometam suicídio (Folha de S. Paulo, 11/06/2013, p. C8).
FÉ, AMOR E ESPERANÇA: ARMAS PARA COMBATER
A fé no bom Deus vence tudo. São João Apóstolo escreve: “E esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé” (1 João 5,4).
O renomado médico e escritor americano Dr. Dean Ornish afirmou: “O amor e a intimidade são fatores estreitamente ligados à saúde e à doença, à tristeza e à alegria, ao sofrimento e à cura. Se um remédio novo tivesse o mesmo efeito, praticamente todos os médicos no país o recomendariam aos seus pacientes. Seria negligência não o receitar”.
O escritor e filósofo francês Charles Péguy chamou a esperança de “virtude do contrapé”. Assim escreveu: “Ela é a virtude do novo, a virtude do jovem. Sem ela, a fé e a caridade se tornam rotinas. Ela impede também que a comunidade cristã enfraqueça e se desestruture”.
Portanto, fé, amor e esperança dão o real sentido à vida e são remédios para a cura do corpo, da alma e das emoções abaladas.
Vamos viver com essa trilogia milagrosa a felicidade e o tempo da vontade do Pai Celestial e deixar um legado e uma frase de feliz otimismo como a do maior orador romano e sábio escritor das Catilinárias, Marco Túlio Cícero: “Vivi de tal forma, que sinto não ter nascido em vão”.
Padre Inácio José do Vale é professor de História da Igreja no Instituto de Teologia Bento XVI (Cachoeira Paulista). Também é sociólogo em Ciência da Religião.
Sejamos livres de toda a culpa em nosso coração
A Palavra meditada hoje está em 1ª Carta de São João 3,19-24:
"Quando digo ao Senhor: “Perdoe-me pelo mal que eu fiz”, escancaramos as portas do nosso coração para que Ele aja em nós", afirma Márcio.
Confrontemos nossas palavras com as nossas atitudes de vida para sabermos se somos da verdade ou não. Nossas atitudes nos atestam para nos fazer dignos da confiança das pessoas ou não. Aquele que é da verdade ama, e ama com atitudes concretas.
Quantas vezes queremos praticar o bem, mas não conseguimos! Se nosso coração nos acusa, Deus não nos acusa. Ele quer que tenhamos paz interiormente. Essa paz dentro do nosso coração nos faz estar em paz com Deus e assim nos achegamos a Ele.
O Espírito Santo nos revela, pelas palavras de São João, que, mesmo nos condenando e nos sentindo indignos de ser perdoados, Deus nos perdoa, porque nos ama e nos aceita como somos. Mesmo que a nossa consciência lute contra nós, o Senhor luta a nosso favor.
Estamos constantemente lutando contra nós mesmos; então, temos de nos reconciliar conosco. Deus sempre nos perdoa, mas, por diversas vezes, não aceitamos Seu perdão e nos acusamos. Aceitar o perdão de Deus é abrir as portas do coração para o arrependimento. Quando digo ao Senhor: “Perdoe-me pelo mal que eu fiz”, escancaramos as portas do nosso coração para que Ele aja em nós.
Primeiramente, precisamos nos aceitar, estar em paz, para que a tristeza vá embora de nós. Todos nós, diariamente, lutamos com nossos sonhos, metas e aspirações, e não conseguimos nos perdoar quando cometemos um erro e colocamos “tudo a perder”.
Cometemos um erro que nos expôs diante das pessoas, é preciso levantar e seguir em frente. A humilhação não mata ninguém, mas sim os sentimentos que ela gera dentro de nós.
Quantos sofrem com tristeza e raiva por não se aceitarem da forma que nasceram! Quantas insatisfações! “Queria ter nascido rico”, “Por que nasci dessa cor?”, “Por que nasci nessa família?”. Voltamo-nos contra nós mesmos e somos transformados em pessoas infelizes. Às vezes, nos rebelamos contra as pessoas de nossa casa, porque não tivemos a vida que queríamos. Não damos valor para as renúncias que nossos pais e avós fizeram para que tivéssemos tudo dentro de casa.
Limitamo-nos aos erros do passado, mas é hora de dar uma nova chance aos nossos sonhos. O Senhor nos pede que aceitemos seu perdão e retomemos nossa vida. É preciso pedir perdão.
A tentação quer nos fazer assumir o papel de “coitado”. Por exemplo: “Sou dessa forma, porque não tive um pai presente”, mas quantos souberam viver e também não tiveram o pai presente em sua vida?
Deus é maior que nosso coração e todas as nossas feridas podem ser curadas, mas o processo da cura acontece quando paramos de culpar as pessoas e a nós mesmos. Crer em Jesus e amar nossos irmãos, essa é a decisão que precisamos tomar no dia de hoje pelo auxílio do Espírito Santo.
Márcio Mendes
Missionário da Comunidade Canção Nova
"Quando digo ao Senhor: “Perdoe-me pelo mal que eu fiz”, escancaramos as portas do nosso coração para que Ele aja em nós", afirma Márcio.
Confrontemos nossas palavras com as nossas atitudes de vida para sabermos se somos da verdade ou não. Nossas atitudes nos atestam para nos fazer dignos da confiança das pessoas ou não. Aquele que é da verdade ama, e ama com atitudes concretas.
Quantas vezes queremos praticar o bem, mas não conseguimos! Se nosso coração nos acusa, Deus não nos acusa. Ele quer que tenhamos paz interiormente. Essa paz dentro do nosso coração nos faz estar em paz com Deus e assim nos achegamos a Ele.
O Espírito Santo nos revela, pelas palavras de São João, que, mesmo nos condenando e nos sentindo indignos de ser perdoados, Deus nos perdoa, porque nos ama e nos aceita como somos. Mesmo que a nossa consciência lute contra nós, o Senhor luta a nosso favor.
Estamos constantemente lutando contra nós mesmos; então, temos de nos reconciliar conosco. Deus sempre nos perdoa, mas, por diversas vezes, não aceitamos Seu perdão e nos acusamos. Aceitar o perdão de Deus é abrir as portas do coração para o arrependimento. Quando digo ao Senhor: “Perdoe-me pelo mal que eu fiz”, escancaramos as portas do nosso coração para que Ele aja em nós.
Primeiramente, precisamos nos aceitar, estar em paz, para que a tristeza vá embora de nós. Todos nós, diariamente, lutamos com nossos sonhos, metas e aspirações, e não conseguimos nos perdoar quando cometemos um erro e colocamos “tudo a perder”.
Cometemos um erro que nos expôs diante das pessoas, é preciso levantar e seguir em frente. A humilhação não mata ninguém, mas sim os sentimentos que ela gera dentro de nós.
Quantos sofrem com tristeza e raiva por não se aceitarem da forma que nasceram! Quantas insatisfações! “Queria ter nascido rico”, “Por que nasci dessa cor?”, “Por que nasci nessa família?”. Voltamo-nos contra nós mesmos e somos transformados em pessoas infelizes. Às vezes, nos rebelamos contra as pessoas de nossa casa, porque não tivemos a vida que queríamos. Não damos valor para as renúncias que nossos pais e avós fizeram para que tivéssemos tudo dentro de casa.
Limitamo-nos aos erros do passado, mas é hora de dar uma nova chance aos nossos sonhos. O Senhor nos pede que aceitemos seu perdão e retomemos nossa vida. É preciso pedir perdão.
A tentação quer nos fazer assumir o papel de “coitado”. Por exemplo: “Sou dessa forma, porque não tive um pai presente”, mas quantos souberam viver e também não tiveram o pai presente em sua vida?
Deus é maior que nosso coração e todas as nossas feridas podem ser curadas, mas o processo da cura acontece quando paramos de culpar as pessoas e a nós mesmos. Crer em Jesus e amar nossos irmãos, essa é a decisão que precisamos tomar no dia de hoje pelo auxílio do Espírito Santo.
Márcio Mendes
Missionário da Comunidade Canção Nova
Nós somos formados na oficina da vida
“Sereis santos, porque eu o Senhor vosso Deus sou santo” (1 Pedro 1,16).
É uma ordem, mas, ao mesmo tempo, uma afirmação e uma possibilidade que Deus está nos mostrando. A nossa santidade vem do Senhor. É Ele quem nos transforma e nos faz santos. Da nossa miséria Ele nos faz Seus filhos. A nossa vida é todo um tempo de transformação.
O trabalho do oleiro do povo antigo, por exemplo, era maravilhoso! Ele era considerado um artista. O oleiro escolhia o melhor barro e trabalhava de tal maneira com a mão, que o forno era apenas um auxílio. Do barro ele fazia coisas maravilhosas! O interessante é que, para o vaso ficar bonito, além de ele ser bem trabalhado, precisa ir para o forno quente. Se o vaso não for bem feito, rachará quando passar pelo forno. Mas se ele for bem modelado, ficará brilhante e resistente. Aí está o segredo! Nada é coincidência; tudo é providência. Não há outro meio de chegar aonde Deus quer se não passarmos pela cruz, tanto quanto o vaso precisa passar pelo fogo. Nós somos de barro, mas Deus quer nos transformar.
Meu irmão e minha irmã, o Senhor não quer baixar o preço dos Seus vasos, apesar de todo o barro que nós somos, porque Ele é o artista. É conosco que Deus quer viver toda a eternidade, por isso quer nos fazer santos e irrepreensíveis. Há um lugar no céu para nós.
Já pensou que maravilha será viver no céu eternamente? Foi para isso que nós fomos criados, foi para isso que Deus nos chamou e nos escolheu! Muitos dizem: “Eu vim ao mundo para sofrer!”. Não, não é isso! Você veio ao mundo para ser feliz e viver com Deus na eternidade.
Uma coisa importante que precisamos entender: “Onde Deus trabalha em nós?”. Ele tem uma oficina grande, o lugar onde nós estamos. Somos formados na oficina da vida com tudo aquilo que ela tem: alegrias, glórias e cruzes. Somos feitos e refeitos. Para viver com Deus precisamos ser perfeitos.
“E dizia: O que sai do homem isso contamina o homem. Porque do interior do coração dos homens saem os maus pensamentos, sai o adultério, a fornicação e o homicídio; do coração saem os furtos, a avareza, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba e a loucura. Todos esses males procedem de dentro e contaminam o homem” (Mc 7, 20-23).
Talvez você diga: “O meu marido é difícil” ou “A minha esposa é complicada!”. As pessoas nos causam muitas amolações, e é impossível fugir das amolações da vida, porque Deus não quer uma faca cega; Ele precisa de nós perfeitos. “É do interior do homem que saem as más intenções, as invejas e injúrias”.
Nós somos barro e vamos nos tornar imagem e semelhança de Deus. Não viveremos com o Senhor nas sujeiras que nos encontramos. Toda impureza e sujeira precisa sair de nós e nos tornar imagem e semelhança de Deus para que sejamos perfeitos. Deus sabe porque tantas dificuldades e problemas na oficina da vida! Ele sabe por quais cruzes cada um deve passar para resolver cada problema. Ele está no controle de tudo, e nós temos todos os momentos de cruz e dor para ser como o Pai quer.
Muitas pessoas pensam: “A vida é só viver, é um passatempo”. Na vida há um tempo de transformação. Assim como a criança que no ventre da mãe vai sendo formada, em nós ainda está acontecendo essa gestação. Precisamos dar à luz, precisamos chegar ao fim da nossa vida e ter uma nascimento perfeito. Essas pessoas que ficam vivendo a vida sem sentindo nenhum, coitada delas!
O que Deus tem para nós é a eternidade feliz com Deus. Por isso, sejamos santos ou nada! Ou santos ou santos. Precisamos levar a vida a sério. E digo mais, uma vez que o Senhor nos forma na oficina da vida, no fogo da vida, a sujeira que há em nós vai embora e chegamos à santidade. Que todo o orgulho e inveja possa ir embora, para que, purificados, passando pelo fogo e nos ajudando um aos outros, cheguemos no céu.
“Sereis Santo.” O céu todo está em ação para que isso aconteça, e claro que há uma infinidade de anjos caídos trabalhando para que nós não alcancemos o céu. Jesus está se aproximando cada vez mais de nós, por isso temos de aguentar firmes!
Irmã destaca exemplo de Madre Assunta, dedicada aos migrantes
Madre será beatificada neste sábado em São Paulo. Superiora das Scalabrinianas a apresenta como modelo de vivência do perdão, serviço e caridade
Irmã Neusa de Fátima Mariano, Superiora Geral das Scalabrinianas
Neste sábado, 25, a Igreja terá uma nova beata: Madre Assunta Marchetti, cofundadora da Congregação das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo, as Scalabrinianas. Para conhecer a vida e a obra desta religiosa italiana que viveu no Brasil por mais de 50 anos, o Canção Nova em Foco conversa com irmã Neusa de Fátima Mariano, superiora geral da Congregação.
A cerimônia de beatificação será na Catedral da Sé em São Paulo, neste sábado, às 10h. “Estamos com o coração em festa. O anúncio da beatificação foi feito ano passado. Desde então, já estamos em preparação. É uma preparação espiritual, na oração, reflexão, caminho de formação para celebrarmos intensamente esse grande evento”, conta irmã Neusa.
Madre Assunta chegou ao Brasil com 24 anos de idade e nunca mais voltou à sua terra natal, a Itália. Veio do seu país para acompanhar imigrantes italianos. Aqui no Brasil, a madre se dedicou especialmente ao cuidado dos mais necessitados, como os órfãos, pobres, doentes e migrantes.
“No contexto da migração, Madre Assunta desponta como esta grande figura, de uma mulher que doou sua vida na assistência e no acompanhamento aos migrantes, na fidelidade ao carisma do fundador, o beato João Batista Scalabrini.”
O então Bispo de Piacenza, preocupado com as grandes migrações que aconteciam da Europa para as Américas no final do século XIX, fundou duas Congregações para acompanhar os migrantes: a dos Padres Scalabrinianos, em 1887, e a das Irmãs Missionárias Scalabrinianas, em 1895. Madre Assunta estava entre as quatro primeiras irmãs da Congregação que vieram para o Brasil.
A primeira casa onde Madre Assunta começou esse trabalho pioneiro em São Paulo está ativa ainda hoje. O abrigo, fundado por ela e seu irmão, padre José Marchetti, em em1904, fica na Rua do Orfanato, Vila Prudente. “Foi um trabalho que ela deixa como marco. Temos essa casa que continua atendendo e dando assistência hoje. Sabemos o quanto São Paulo é uma grande cidade com uma realidade muito forte dos menores não acompanhados.”
Cerimônia de Beatificação
O rito de beatificação de Madre Assunta será presidido pelo Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, Cardeal Angelo Amato. A Missa será presidida pelo arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer.
Irmã Neusa explica que é muito significativo que a cerimônia seja em São Paulo. “Para nós é importante porque foi o ponto aonde chegou o primeiro grupo, o grupo pioneiro, aqui no Ipiranga. E aqui em São Paulo se desenvolveu todo trabalho da madre, foi onde ela viveu e morreu.”
A família do senhor Heráclides Teixeira Filho, que recebeu o milagre que levou Madre Assunta à beatificação, estará na cerimônia. “Eles terão participação efetiva dentro da celebração. Para nós é uma grande alegria,” comemora irmã Neusa.
Modelo de vida
Entre inúmeras virtudes de Madre Assunta, irmã Neusa destaca a fé inabalável. “Ela sempre dizia uma expressão em italiano: Deus vê e Deus provê! Era uma mulher de uma confiança inabalável em Deus.”
“Ela é um modelo para nós hoje, que estamos sendo tantas vezes exortados pelo Papa Francisco a viver a dimensão do perdão, da caridade, do serviço, de ser uma Igreja que vai ao encontro do outro. Modelo de missionariedade”.
Irmã Neusa de Fátima Mariano, Superiora Geral das Scalabrinianas
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