quarta-feira, 24 de maio de 2017

Quais são os seus medos? Diante deles o que fazer?

“Coragem! Eu venci o mundo” (João 16,33). Quem confia em Deus não precisa ter medo!
Queridos irmãos e irmãs, de que vocês têm medo? Medo de escuro? Medo de cara feia? Medo de ficar sem emprego? O que causa os seus medos? Sabemos que medos grandes e pequenos existem em nosso coração. Sabemos que esse sentimento serve para nos tornar mais prudentes.

Muitas pessoas têm medo do passado, medo das sombras do passado, as quais as arrastam e das quais não conseguem se libertar. Algumas têm medo do presente; outras, do futuro e do que vai acontecer com sua família. Até hoje, o medo faz parte de nossa vida. Na nossa sociedade, gostamos de inventar coisas de terror. Num filme de terror, embora saibamos que é criação, imaginação, ficamos até com o coração apertado.
Ouça os ensinamentos de Jesus
Jesus, no Evangelho, diante de Seus apóstolos, aterrorizados, diz: “Não tenhais medo, Eu estou convosco” (Marcos 6,50c e Mateus 28,20).
Muitas vezes ,você está apavorado no escuro, porque sua imaginação vai longe. Você ouve o barulho de um bichinho e imagina um monstro. Na nossa vida espiritual, muitas vezes, também existem “monstros”, porque estamos na “escuridão”, por isso é preciso iluminá-la. Um dos caminhos para superar o medo é a confissão, porque, nesse sacramento, você se depara com a verdade.
É preciso continuamente vencer o medo com a experiência da graça. A proposta é o amor, porque no amor não há temor.
Já tive medos
Nos primeiros anos do meu ministério sacerdotal, havia uma grande tarefa para eu assumir e estava com muito medo. Fui conversar com um santo sacerdote e ele me disse: “Use este lema: ‘Eu não vos temo, porque eu vos amo'”. Pois o amor vence todas as barreiras; a força do amor abala as estruturas do medo.
São Domingo Sávio dizia: “Antes a morte do que pecar”. Hoje, as pessoas têm medo da verdade, da morte, de Deus, mas não têm medo do pecado. Será que é bonito gostar dos sete pecados capitais?
Lute contra seus medos
Hoje, pedi a Deus um “santo medo”: o medo de pecar. Quero ter medo de pecar, quero ter medo de fazer o mal; esse é um medo sadio, porque é fruto do temor a Deus.
Deixemos que a graça de Deus nos afaste dos medos doentios e restaure em nós o temor a Ele. Que em tudo possamos ouvir a voz do Senhor que diz: “Coragem!”. Coragem para lutar contra o pecado.


Dom Alberto Taveira Corrêa
Dom Alberto Taveira foi Reitor do Seminário Provincial Coração Eucarístico de Jesus em Belo Horizonte.
















A quem devemos pedir auxílio?


Peçamos a Maria que nos ajude e nos conceda a graça de confiarmos no seu auxílio
Hoje é um dia muito especial para toda a Igreja, pois é o dia em que Nossa Senhora é apresentada com o título de auxiliadora dos cristãos. Que título e que verdade mais bela é termos uma Mãe do Céu que nos auxilia em todos os momentos e circunstâncias!
Peçamos a Maria que nos ajude e nos conceda a graça de, nas nossas maiores aflições e tribulações, confiarmos no seu auxílio.
Nossa Senhora Auxiliadora dos Cristãos, rogai por nós!



Abraço do seu irmão,
Shahir Rahemane













A importância da amizade para o desenvolvimento emocional




O apoio de uma amizade neste mundo “mais que moderno” torna-se fonte de segurança externa como também apoio psicológico
Entende-se por amizade uma relação íntima entre duas pessoas, e essa relação se realiza espontaneamente, tendo como característica um forte componente afetivo. O encontro da amizade é entendido como um relacionamento de confiança entre as pessoas. Normalmente, as duas pessoas são beneficiadas na amizade, nela estão envolvidos valores éticos, sociais, afetivos e morais.
A amizade dentro de uma perspectiva científica é compreendida como uma importante fonte de felicidade e bem-estar. Ela proporciona o apoio social, o compartilhamento de experiências, interesses, memórias, pensamentos, sentimentos e emoções.
Historicamente, o ser humano sempre necessitou do contato social. Quando se viam desprotegidos dentro do ambiente, homens e a mulheres buscavam o contato coletivo, pretendendo se proteger dos muitos perigos externos. Eles percebiam que sozinhos teriam mais probabilidade de morrer. Nesse sentido, o contato com outros sempre trouxe a perspectiva de apoio e proteção.
Assim, desde muito cedo, está claro para a humanidade que não somos seres solitários, somos, antes, sociais, pessoas que necessitam constantemente do outro, e assim somos mais felizes.
Na amizade, vivemos uma dimensão muito importante, que é constitutiva do ser: a afetividade, na qual, podemos manifestar e experimentar o amor, o carinho e muitos sentimentos e comportamentos que nos tornam mais humanos. O apoio de uma amizade, neste mundo “mais que moderno”, é muito importante, pois se tornou fonte de segurança externa como também apoio psicológico.
Quando temos alguém para confiar os nossos segredos, sonhos, dificuldades pessoais e problemas de vários gêneros, não nos sentimos sozinhos no mundo. O acolhimento de um outro nos faz acreditar que somos importantes, portanto, as dificuldades, quando compartilhadas, tornam-se menores, minimizadas e assim podemos ver saídas, ter esperança.
Algumas pesquisas têm demonstrado que quando a pessoa que tem amigo ou amigos apresentam menor propensão ao consumo de cigarros e álcool, como também menor chance para desencadear uma depressão ou mesmo algumas doenças físicas.
O amigo pode ajudar o outro na manutenção de uma mudança de vida, como também pode mobilizá-lo para outras. As relações de amizade permitem ao indivíduo o aprendizado de habilidades sociais ao longo de todo o ciclo vital ( infância, vida adulta e velhice). Em cada momento da nossa vida experimentamos a amizade de uma forma específica, e ela é valiosa para o nosso amadurecimento pessoal nessas etapas. Se, porventura, percebermos que temos dificuldades para ter amigos, perceberemos também que o ativismo diário tem nos distanciado dessa forma íntima e importante de relacionamento, ou alguma experiência negativa nos fez desacreditar. É tempo de voltar a abrir-nos para o encontro com um amigo, pois ele é uma riqueza para nossa vida.
“Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir, porque amigo não se pede, não se compra nem se vende. Amigo a gente sente!” (Isabel Machado)


Diácono João Carlos e Maria Luiza
João Carlos Medeiros é membro do segundo elo Comunidade Canção Nova. Psicólogo clínico e familiar, Medeiros também é logoterapeuta, sexólogo e mestre em sexologia humana. Casado com Maria Luiza da Silva Medeiros que também é membro do segundo elo Comunidade Canção Nova, é psicóloga clínica e familiar. Ela é pós-graduada em psicoterapias cognitivas e em neuropsicologia.







Amizade: dom e tarefa




A amizade como tarefa se expressa também na iniciativa. O amor tem sede de ser demonstrado e cultivado
A vida é uma realidade que se exerce em meio a constantes tensões. Existir é estar exposto a acréscimos e podas, é encontrar-se com perdas, alegrias, sofrimentos e frustrações. Uma coisa é certa: existir, com qualidade, não é tarefa fácil, pois a vida constantemente exige de nós respostas e posicionamentos diante das dificuldades apresentadas por ela.
Viver é responder, e viver bem significa responder bem, decidindo em tudo pelo melhor. Contudo, o peso das respostas exigidas pela vida torna-se mais leve quando aprendemos que a existência pode ser partilhada.
Quando um coração descobre em si o dom de acompanhar e deixar-se acompanhar, o ser se reveste de um novo sentido e tudo se adorna de um novo sabor. A arte de acompanhar e ser acompanhado tem o poder de tornar importante o que antes nada significava. Quando temos a coragem de partilhar o que somos, incluindo limites e fraquezas, e de atenciosamente acolher o que o outro é, podemos contemplar milagres sendo realizados por meio dessa entrega.
O que, para nós, não tem valor pode edificar alguém, o que outro enfrenta nesse espaço de tempo pode ser a palavra certa que precisamos ouvir; a partilha do que se é, no positivo e negativo, tem a força de realizar profundas transformações.
Quando abandonamos o medo, abrimo-nos para conhecer e ser conhecidos, descobrimos muitos recados de Deus escritos em muitas histórias e corações, que desejam ansiosamente serem declarados a nós. No entanto, é preciso compreender que tais recados existem e podem estar mais perto do que imaginamos, mas é necessário que tenhamos disposição para lê-los e absorvê-los em seu pleno significado. Existem inúmeras cartas que o Criador endereçou a cada um de nós. Isso pertence a Ele, é dom que parte do Seu coração. Porém, decifrar esse dom é tarefa eminentemente humana, depende somente de nós.
A amizade é dom de Deus, mas necessita de constantes cuidados humanos para perpetuar-se na existência. A amizade tem o poder de tornar a vida mais leve e significativa. Quando se partilha dores e alegrias, tudo se investe de uma nova cor.
Uma das definições do conceito de inferno se desvela na solidão. Inferno é o estado no qual o ser se encontra só, impossibilitado de contemplar a face d’Aquele que o ama infinitamente. Tal impossibilidade não se estabelece por insuficiência d’Aquele que ama, mas é fruto da liberdade do ser que optou pela negação dessa presença, decidindo assim pela eterna ausência. Essa definição muito nos ensina quando buscamos percorrer o território da amizade, pois esta sempre é fruto de uma liberdade que descobre o dom da graça, inaugurando possibilidades de interação com um outro ser que, conscientemente, corresponde a esta, dando passos concretos rumo à partilha e à ação do que é, para assim construir esse relacionamento que recorda o céu, realizando o ofício de dissipar solidões e suscitar alegrias perenes.
A amizade pede iniciativa
Aquele que nos criou deseja que todos os homens se amem, contudo, Ele nos presenteou com um dom chamado liberdade, para que com este optemos pelo que seremos e assim construamos nossa história.
O amor – interação e doação – não é apenas um sentimento, mas uma decisão consciente. Ele é tarefa proposta a nós como condição de possibilidade para nossa plena realização. Na amizade, a parte que nos cabe exige de nós sensibilidade e determinação. A qualidade de nossas amizades depende da atenção e dos cuidados que dispensamos a elas. Para que os laços se aprofundem, faz-se essencial a disposição para se revelar sem medo e para acolher o outro como ele é, sem lhe impor os nossos moldes. Ser amigo é partilhar e aceitar como o outro é, sem querer transformá-lo em nós mesmos. Ele é um outro, e assim precisa ser acolhido. A amizade como tarefa se expressa também na iniciativa. O amor tem sede de ser demonstrado e cultivado; se isso não ocorrer, ele se cansa e vai habitar em outro lugar.
O amor, quando é expresso, provoca reação, gera um ambiente de amor. Assim a amizade se transforma em um lugar onde o coração experiencia um pouco de céu, ainda nessa terra.
Que a graça nos convença a respeito do que, de fato, cabe a nós nesta vida. E que assim, estabelecendo nossa escala vital de prioridades, consigamos perpetuar o amor em nossos dias, sendo luz e permitindo-nos iluminar pelas fagulhas de eternidade presentes em cada coração.



Dijanira Silva

Missionária da Comunidade Canção Nova, desde 1997, Djanira reside na missão de São Paulo, onde atua nos meios de comunicação.








O valor de um “filho de Deus” não tem preço




Aquele que é filho de Deus sabe que não pode se vender por nenhum valor
O dinheiro sujo é podre, e quando cai na nossa mão ou no nosso bolso, apodrece o coração. Como podemos então chegar diante de Deus? Como se ajoelhar diante do Santíssimo Sacramento para adorá-lo e pedir-lhe as graças de que precisamos? Jesus nos faz uma pergunta inquietante: “De que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro se vier a perder a sua alma?”. Todo homem tem seu preço.

Cada um se vende pelo valor da sua dignidade. Aquele que é filho de Deus sabe que não pode se vender, porque o seu valor de um “filho de Deus” não tem preço. Ao contrário, aquele que aceita se vender e se deixa corromper, perde a dignidade infinita. Na nossa ambição, não medimos como ganhar. Então, acontece o roubo, a corrupção, a desavença, e não sabemos como administrar isso.
Vivemos com medo dos escândalos e não temos paz, porque a consciência pesa. Podemos enganar e roubar todo mundo, mas não conseguimos calar a voz suave da consciência, que é a voz de Deus. E se calamos essa voz, tornamo-nos um bicho selvagem, destruidor.



Seu irmão,Wellington Jardim (Eto)
Cofundador da Comunidade Canção Nova e administrador da FJPII.













É preciso enfrentar as situações com amor




O sofrimento não pode destruir o amor do nosso coração
“O amor é paciente, é benfazejo; não é invejoso, não é presunçoso nem se incha de orgulho.” (1Cor 13,4)

Em meio a todos os problemas que enfrentamos, se amarmos, teremos paz. O sofrimento não pode destruir o amor do nosso coração, pelo contrário, esse nobre sentimento deve ser renovado e aumentado a cada dia. Essa é a graça que precisamos pedir ao longo do vale de lágrimas em que vivemos.
Deus nos ensina a enfrentarmos as situações com amor e generosidade. Nelas, Ele nos dá sabedoria, discernimento e fortaleza. Oremos, oremos muito e, sobretudo, aceitemos com submissão e sem revolta tudo o que nos acontecer.
Não se sinta desanimado, pois o Senhor está sempre ao seu lado!
Jesus, eu confio em Vós!


Luzia Santiago
Cofundadora da Comunidade Canção Nova.













Ser pai no modelo de São José

Ser pai é assumir a missão de educar
Ser pai é muito mais do que simplesmente fecundar a esposa e conceber um filho. Ser pai é educar, é formar. José foi escolhido por Deus e assumiu totalmente a missão de “ser pai” do Menino Jesus. Na educação de um filho, o pai é imprescindível. A importância de Maria é inegável.
Foi ela quem mais cooperou com o plano da Salvação. São José, porém, foi o “molde” no qual Jesus foi formado. Afirmo, sem medo, que o Pai ousou formar seu Filho no “molde” que foi José, para imprimir na humanidade de Jesus a sua imagem e semelhança. E para que José fosse aquele “molde” que Deus queria, deu-lhe Maria como esposa.
Por disposição do Pai, ela foi a formadora de José, para que ele fosse, por sua vez, o formador de Jesus. Maria foi o instrumento de Deus para a santidade de José, ajudando-o na missão de formar o Menino Jesus. O plano de Deus é que, como José, o homem seja o formador de seus filhos e que, como Maria, a mulher seja a formadora do marido.
A vontade do Pai é fazer do homem o “molde” para seus filhos. É um grande desafio. Maravilhosa aventura. Homem, Deus conta com você, assim como contou com José.


Seu irmão, Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova.









Santo do Dia - 24.05.2017




São Vicente de Lérins, um grande pensador, teólogo e místico
São Vicente de Lérins, foi um homem doutorado na graça e defensor da verdade

Nascido no norte da França, São Vicente de Lérins, viveu sua juventude em busca das vaidades do mundo e tornou-se militar.
Vicente ao encontrar-se com Deus e se converter, foi se tornando cada vez mais obediente à Palavra do Senhor. Amou a Palavra de Deus.
Entrou para a vida monástica, tornando-se um exemplo de monge. Aprofundou-se nos mistérios de Deus, tornando-se um grande pensador, teólogo e místico. Combateu muitas heresias no século V. Eleito Abade, o Mosteiro de Lérins tornou-se um lugar de forte formação para santos e bispos da Igreja.
São Vicente foi um homem doutorado na graça, defensor da verdade e que se consumiu pelo Evangelho.
São Vicente de Lérins, rogai por nós!


Homilia - 24.05.2017

O Espírito de Deus tira toda ignorância do nosso coração

O Espírito vem em nosso auxílio para quebrar a nossa ignorância, quebrar aqueles conceitos que formamos dentro de nós
“Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não sois capazes de as compreender agora. Quando, porém, vier o Espírito da Verdade, ele vos conduzirá à plena verdade” (João 16,12-13).

O Espírito de Deus, que vem em nosso auxílio, dado pelo Pai como dom e dádiva divina, é um pedagogo e nos conduz a viver a pedagogia divina. Jesus está dizendo que nós não somos capazes de acolher e compreender tudo de uma vez só. É próprio de nossa natureza humana, do nosso limite humano.
Quando entramos numa escola, não temos condições de aprender tudo, como as quatro operações matemáticas, por exemplo. Vamos, de forma pedagógica, crescendo e assimilando os conhecimentos; quando chegamos ao fim da vida, vemos que não conhecemos quase nada do que precisaríamos conhecer.
No Reino de Deus, acontece algo até mais profundo do que isso, porque Ele vai nos dando doses da Sua graça para amadurecermos, mas podemos ter a certeza de que não conhecemos nenhum milésimo daquilo que é a plenitude da graça divina e das verdades do nosso Deus.
Quem vai nos revelando o que precisamos saber e viver, a cada dia, é o Espírito Santo de Deus. Não são nossos conhecimentos nem nossos estudos – eles até nos ajudam e auxiliam, dão-nos respostas para muitas situações –, mas quem nos mergulha na verdade que precisamos viver é a sabedoria por excelência, a sabedoria de Deus. Os dons d’Ele nos vêm por ação do Espírito.
Mais do que conhecer as coisas do Senhor, mais do que reconhecer como viver neste mundo segundo a vontade de Deus, é preciso mergulhar na essência d’Ele. Não é preciso ser letrado, conhecer ou saber muito; é preciso ter muita submissão, docilidade, abertura para a graça, disposição de viver segundo a vontade do Senhor, abertura para a graça e para o dom do Espírito. Devemos deixar que nossos conhecimentos humanos, a nossa sabedoria humana se submetam à sabedoria divina.
Esse Espírito vem em nosso socorro, em nosso auxílio para quebrar a nossa ignorância, quebrar aqueles conceitos, preceitos e preconceitos que formamos dentro de nós que não correspondem à graça de Deus.
A vida no Espírito é a submissão a Ele, para que, pedagogicamente, vá nos conduzindo, orientando-nos, direcionando-nos e iluminando, colocando-nos na rota e no caminho da graça.
“Espírito Santo, eis-me aqui! Dai-me a graça e a sabedoria necessárias para viver neste mundo com sobriedade, sobretudo submissos à vontade do Senhor.”
Deus abençoe você!


Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.








Liturgia Diária - 24.05.2017

Primeira leitura: Atos dos Apóstolos 17,15.22-18,1

Leitura dos Atos dos Apóstolos:

Naqueles dias: 15Os que conduziram Paulo, levaram-no até Atenas. De lá, voltando, transmitiram a Silas e Timóteo a ordem de que fossem ter com ele o mais cedo possível. E partiram. 22De pé, no meio do Areópago, Paulo disse: 'Homens atenienses, em tudo eu vejo que vós sois extremamente religiosos. 23Com efeito, passando e observando os vossos lugares de culto, encontrei também um altar com esta inscrição: 'Ao Deus desconhecido'. Pois bem, esse Deus que vós adorais sem conhecer, é exatamente aquele que eu vos anuncio. 24O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo Senhor do céu e da terra, ele não habita em santuários feitos por mãos humanas. 25Também não é servido por mãos humanas, como se precisasse de alguma coisa; pois é ele que dá a todos vida, respiração e tudo o mais. 26De um só homem ele fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, tendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites de sua habitação. 27Assim fez, para que buscassem a Deus e para ver se o descobririam, ainda que às apalpadelas. Ele não está longe de cada um de nós, 28pois nele vivemos, nos movemos e existimos, como disseram alguns dentre vossos poetas: 'Somos da raça do próprio Deus'. 29Sendo, portanto, da raça de Deus, não devemos pensar que a divindade seja semelhante a ouro, prata ou pedra, trabalhados pela arte e imaginação do homem. 30Mas Deus, sem levar em conta os tempos da ignorância, agora anuncia aos homens que todos e em todo lugar se arrependam, 31pois ele estabeleceu um dia em que irá julgar o mundo com justiça, por meio do homem que designou, diante de todos, oferecendo uma garantia, ao ressuscitá-lo dos mortos.' 32Quando ouviram falar da ressurreição dos mortos, alguns caçoavam, e outros diziam: 'Nós te ouviremos falar disso em outra ocasião.' 33Assim Paulo saiu do meio deles. 34Alguns, porém, uniram-se a ele e abraçaram a fé. Entre eles estava também Dionísio, o areopagita, uma mulher chamada Dâmaris e outros com eles. 18,1Paulo deixou Atenas e foi para Corinto.
- Palavra do Senhor 

- Graças a Deus


Salmo 148
- Louvai o Senhor Deus nos altos céus, louvai-o no excelso firmamento! Louvai-o, anjos seus, todos louvai-o, louvai-o, legiões celestiais!
R: Da vossa glória estão cheios o céu e a terra.
- Reis da terra, povos todos, bendizei-o, e vós, príncipes e todos os juízes; e vós, jovens, e vós, moças e rapazes, anciãos e criancinhas, bendizei-o!
R: Da vossa glória estão cheios o céu e a terra.
- Louvem o nome do Senhor, louvem-no todos, porque somente o seu nome é excelso! A majestade e esplendor de sua glória ultrapassam em grandeza o céu e a terra.
R: Da vossa glória estão cheios o céu e a terra.
- Ele exaltou seu povo eleito em poderio ele é o motivo de louvor para os seus santos. É um hino para os filhos de Israel, este povo que ele ama e lhe pertence.
R: Da vossa glória estão cheios o céu e a terra.

Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 16, 12-15
- Aleluia, aleluia, aleluia.

- Rogarei ao meu Pai e ele há de enviar-vos outro paráclito, que há de permanecer eternamente convosco (Jo 14,16);

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João:
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 12Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não sois capazes de as compreender agora. 13Quando, porém, vier o Espírito da Verdade, ele vos conduzirá à plena verdade. Pois ele não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido; e até as coisas futuras vos anunciará. 14Ele me glorificará, porque receberá do que é meu e vo-lo anunciará. 15Tudo o que o Pai possui é meu. Por isso, disse que o que ele receberá e vos anunciará, é meu.
- Palavra da Salvação

- Glória a Vós, Senhor

terça-feira, 23 de maio de 2017

Acreditemos que Deus nos ama


O Senhor quer que acreditemos no amor d’Ele por nós
Devemos crer, verdadeiramente, no amor d’Ele por nós, que é Pai e cuja bondade é sem fim e Seu amor por nós é sem igual. Bem no fundo, acreditamos no amor de Deus, mas apenas naquele amor de uma forma genérico. No entanto, quando se trata, porém, de acreditar no amor de Deus, que é pessoal, há um tipo de cortina, de sombra, que envolve nossa mente e nosso coração, atrapalhando-nos e impedindo-nos de crer nesse amor. Tal cortina e sombra é o resultado da nossa própria maneira de pensar e agir, da ação diabólica, além da má-educação recebida.
Temos dado muito mais importância aos nossos defeitos, às nossas falhas, fraquezas, pecados, incapacidades e infidelidades do que ao amor de Deus. Todos nós carregamos um fardo pesado por nos considerarmos como um patinho feio no meio de outros.
O Senhor ama, faz maravilhas, é bom e concede graças, mas é como se houvesse uma reserva em nosso interior. Nessa hora, somos envolvidos pela sombra, pela cortina. Ele é um Pai disposto a ajudar, a curar nossas feridas e socorrer os que estão “feridos”.


Seu irmão, Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova.












Santo do Dia - 23.05.2017


São Juliano esposo fiel, amou a família e os necessitados
São Juliano, foi condenado e decapitado por não renunciar à fé em Cristo

Era casado e possuía uma hospedaria. Nela, ele partilhava a vida eterna que trazia em seu coração. Esposo fiel que amou a família e os necessitados.

No ano de 305, o imperador Diocleciano começou uma perseguição aos cristãos. Juliano, então, passou a acolher em sua hospedaria os cristãos perseguidos.

Alguns homens denunciaram Juliano. Ele foi arrancado de casa e levado ao tribunal. Por não renunciar à fé em Cristo, foi condenado e decapitado. Hoje, ele vive com Cristo na Glória. Continuamos em tempos de perseguição, velada em alguns lugares e, em outros, bem visível.

Que o santo de hoje possa interceder para que, o Espírito Santo, nos ajude a sermos ousados em nosso testemunho, sem medo da morte e das perseguições, certos de que a nossa recompensa se encontra no céu.

São Juliano, rogai por nós!


Homilia - 23.05.2017

O Espírito é o auxílio necessário para vivermos na graça

O Espírito nos dá a graça para que a nossa vida seja moldada de acordo com a vida em Jesus

“Quando vier, ele demonstrará ao mundo em que consistem o pecado, a justiça e o julgamento” (João 16,8).

Os discípulos começaram a se entristecer, porque Jesus estava se despedindo e dizendo que voltaria ao Pai. O discurso final de Jesus é lindo para a nossa vida, mas, ao mesmo tempo, é também um testamento, uma herança do Mestre. E João traz isso para nós com muitos detalhes. E o que Jesus diz é o seguinte: “Se eu não for, o Espírito não virá a vós”. E por que o Espírito virá a nós? Primeiro, para mostrar ao mundo no que consiste o pecado, a justiça e o julgamento.

É o Espírito quem nos mostra o que é pecado, e o grande pecado do mundo é não reconhecer o Salvador, Aquele que nos salva e nos dá a dimensão daquilo que não é a graça de Deus. O pecado é não acolher Jesus, é não viver a vida n’Ele. Não é simplesmente crer ou não n’Ele. Podemos crer, mas não aceitar a vida d’Ele ou não viver em comunhão com Ele. O pecado maior que nós podemos cometer é não viver a vida em Jesus.

O Espírito nos dá essa sabedoria, esse discernimento e a graça de nos colocarmos novamente no eixo, para que a nossa vida seja moldada de acordo com a vida em Jesus. O Espírito nos mostra o que é a justiça, o que é ser justo. A justiça, em primeiro lugar, é acolher Deus, a Sua graça, o enviado do Senhor, porque o Pai se preocupou conosco, desdobrou todo o Céu para dizer: “Eu preciso salvar meus filhos”. Ele mandou Seu próprio filho ao nosso meio, que se fez um de nós, assumiu nossa natureza humana, assumiu todas as nossas fraquezas, morreu por nós e para nós. É muita injustiça não reconhecermos o dom e a graça de Deus no meio de nós, que se chama Cristo Jesus.

O Espírito, que vem em nosso socorro, vai nos mostrar o julgamento, que é justamente esse: acolher a vida em Deus, acolher Seu Filho Jesus.

Veja, não é Deus quem nos julga e nos condena, somos nós quem fazemos as nossas escolhas. Cada um é livre, tem vontade própria e, na liberdade de escolha, cada um sabe escolher o que é melhor para si.

Façamos bom uso da liberdade que temos para escolhermos o bem, o Reino de Deus e a graça. O Espírito que vem em nosso socorro, o Paráclito, o Defensor, o nosso Advogado é o auxílio necessário para vivermos na graça do Pai!

Deus abençoe você!


Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.









Liturgia Diária 23.05.2017


Primeira leitura: Atos dos Apóstolos 16, 22-34
Leitura dos Atos dos Apóstolos:

Naqueles dias: 22A multidão dos filipenses levantou-se contra Paulo e Silas; e os magistrados, depois de lhes rasgarem as vestes, mandaram açoitar os dois com varas. 23Depois de açoitá-los bastante, lançaram-nos na prisão, ordenando ao carcereiro que os guardasse com toda a segurança. 24Ao receber essa ordem, o carcereiro levou-os para o fundo da prisão e prendeu os pés deles no tronco. 25À meia noite, Paulo e Silas estavam rezando e cantando hinos a Deus. Os outros prisioneiros os escutavam. 26De repente, houve um terremoto tão violento que sacudiu os alicerces da prisão. Todas as portas se abriram e as correntes de todos se soltaram. 27O carcereiro acordou e viu as portas da prisão abertas. Pensando que os prisioneiros tivessem fugido, puxou da espada e estava para suicidar-se. 28Mas Paulo gritou com voz forte: 'Não te faças mal algum! Nós estamos todos aqui.' 29Então o carcereiro pediu tochas, correu para dentro e, tremendo, caiu aos pés de Paulo e Silas. 30Conduzindo-os para fora, perguntou: 'Senhores, que devo fazer para ser salvo?' 31Paulo e Silas responderam: 'Crê no Senhor Jesus, e sereis salvos tu e todos os de tua família.' 32Então Paulo e Silas anunciaram a Palavra do Senhor ao carcereiro e a todos os da sua família. 33Na mesma hora da noite, o carcereiro levou-os consigo para lavar as feridas causadas pelos açoites. E, imediatamente, foi batizado junto com todos os seus familiares. 34Depois fez Paulo e Silas subirem até sua casa, preparou-lhes um jantar e alegrou-se com todos os seus familiares por ter acreditado em Deus.
- Palavra do Senhor 
- Graças a Deus


Salmo 137 (138)
- Ó Senhor, de coração eu vos dou graças, porque ouvistes as palavras dos meus lábios! Perante os vossos anjos vou cantar-vos e ante o vosso templo vou prostrar-me.
R: Ó Senhor, me estendeis o vosso braço e me ajudais.
- Eu agradeço vosso amor, vossa verdade, porque fizestes muito mais que prometestes; naquele dia em que gritei, vós me escutastes e aumentastes o vigor da minha alma.
R: Ó Senhor, me estendeis o vosso braço e me ajudais.
- Estendereis o vosso braço em meu auxílio e havereis de me salvar com vossa destra. Completai em mim a obra começada; ó Senhor, vossa bondade é para sempre! Eu vos peço: não deixeis inacabada esta obra que fizeram vossas mãos!
R: Ó Senhor, me estendeis o vosso braço e me ajudais.

Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 16, 5-11
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Eu hei de enviar-vos o Espírito da verdade; ele vos conduzirá a toda a verdade (Jo 16,7.13);

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João:
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 5Agora, parto para aquele que me enviou, e nenhum de vós me pergunta: 'Para onde vais?' 6Mas, porque vos disse isto, a tristeza encheu os vossos corações. 7No entanto, eu vos digo a verdade: É bom para vós que eu parta; se eu não for, não virá até vós o Defensor; mas, se eu me for, eu vo-lo mandarei. 8E quando vier, ele demonstrará ao mundo em que consistem o pecado, a justiça e o julgamento: 9o pecado, porque não acreditaram em mim; 10a justiça, porque vou para o Pai, de modo que não mais me vereis; 11e o julgamento, porque o chefe deste mundo já está condenado.
- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor