quarta-feira, 26 de abril de 2017

O amor tem preço?

Decida-se e não tenha medo de pagar o preço do amor
O amor tem preço? Certamente sim. Acredito que tudo o que é precioso em nossa vida é porque custou sacrifício para nós ou para outros que o adquiriram em nosso favor. Saber dar o devido valor a tudo que temos, no entanto, é o desafio nosso de cada dia.

Acredito que o amor tem seu preço e, aliás, custa caríssimo! Vamos percebendo isso nas inúmeras descobertas que ele nos leva a fazer quando temos a coragem de nos lançar na linda e desafiante "aventura" de amar e ser amados.

Padre Kentenich, no livro ”Santidade de todos os dias”, afirma que o verdadeiro amor é como o sol ardente, pois desperta e faz germinar todas as sementes ocultas no homem. Diz também que muitas pessoas não se desenvolvem nem moral nem espiritualmente, porque em vão esperam, saudosos, um simples gesto de amor. Ainda há outras que trazem em si a inclinação ao heroísmo e poderiam elevar-se como águias até o sol, porém, permanecem em planos inferiores, porque não foram amados nem amaram.

Levando-se em consideração a importância fundamental deste dom em nossa vida, percebo que ainda se fala pouco sobre ele. É verdade que vemos a palavra "amor" estampada por todos os lados e ouvimos muitos a pronunciarem, mas ouso dizer que a maioria desconhece esse sentimento. Usam-na como uma expressão bonita, romântica ou algo assim, mas não fizeram a experiência do amor em suas vidas e padecem por isso.

Amor, vocação primeira do homem
Eu desejo exaltar o amor como vocação primeira do homem. "Fomos criados pelo amor e para o amor" e este é o sentido real da nossa existência.

"Como o corpo foi criado para a alma, assim a alma foi feita para o amor”, diz São Francisco de Sales. E Deus, que criou o homem, portanto, o corpo e a alma, por amor e com amor, também espera de nós, no mínimo, a disposição para amar. Conscientes ou não, temos sede do amor puro e verdadeiro e queremos amar na medida certa, mas é raro encontrarmos boas referências.

Jesus Cristo, o Mestre do Amor, por sua vez, indica-nos a direção quando diz ao escriba: ”Amarás teu próximo como a ti mesmo”. Certamente, é esta a melhor referência do amor. Porém, como não posso dar aquilo que não possuo, para amar meu próximo devo ter também um sadio amor próprio. Concorda?

Podemos começar por uma autoanálise, questionando-nos: Será que me amo e me aceito como sou? Ou tenho me desprezado e fugido de mim mesmo enquanto tento amar outros? Que tipo de amor tenho oferecido às pessoas que se relacionam comigo? Já experimentei o amor em minha vida ou o tenho buscado sem jamais o encontrar?

Amar é uma decisão
Tenho descoberto muitas e belas flores no jardim do meu coração desde que decidi amar e ser amada. É que as sementes de tudo o que é bom, nobre e belo desabrocham quando aquecidas pelo sol do amor e nos fazem florescer, tornando este mundo melhor. Amar é um desafio constante é verdade; mas também é uma motivação constante, pois nos remete ao que somos na essência, e aí encontramos Deus, que nos plenifica e nos sacia.

Você também quer fazer essa experiência? Para começar, lembre-se de que o amor que cura e transforma a alma é o amor que damos e não o que esperamos receber. Então, comece agora mesmo a amar e sentirá os efeitos. Outra dica importante nesta arte é que amar é mais que sentimento, é uma decisão. Portanto, decida-se e não tenha medo de pagar o preço do amor. Ele é forte como a morte e até nos faz morrer… Porque o amor também é doação! E é sempre o vencedor e nos ressuscita para vivermos livres e felizes voando alto como águias e alcançando o heroísmo ao qual Deus nos chama.



Dijanira Silva
Missionária da Comunidade Canção Nova, desde 1997, Djanira reside na missão de São Paulo, onde atua nos meios de comunicação.







Os 4 Dogmas Marianos


“Magnificat anima mea Dominum Et exultavit spiritus meus in Deo salutari meo. Quia respexit humilitatem ancillæ suæ: ecce enim ex hoc beatam me dicent omnes generationes. Quia fecit mihi magna qui potens est, et sanctum nomen eius. Et misericordia eius a progenie in progenies timentibus eum. Fecit potentiam in brachio suo, dispersit superbos mente cordis sui. Deposuit potentes de sede et exaltavit humiles. Esurientes implevit bonis et divites dimisit inanes, Suscepit Israel puerum suum recordatus misericordiæ suæ, Sicut locutus est ad patres nostros, Abraham et semini eius in sæcula.”

Maria é um quadro ou um espelho?
Antes de tratarmos sobre os dogmas marianos faço questão de expor em poucas palavras, alguns conceitos que precisamos meditar.
Nossa Senhora é nossa intercessora, nossa mãe, medianeira das graças e tantos outros maravilhosos títulos consagrado à aquela que gerou nosso Divino Salvador. Mas muitas vezes somos indagados pelo pietismo popular, a cantar os louvores de Maria, mas nos esquecemos do mais belo que é imitar á Maria.
Damos louvores à Virgem, como expressa no seu canto, o Magnifica “as gerações hão de me chamar bendita”, mas antes dos seus louvores que são dignos e é a hiperdulia, devemos busca a sua imitação, pois assim seus louvores passam ser muito mais dignos e frutuosos e não olharemos a Virgem como um quadro lindo, mas como um espelho à imitar.

Maria a Nova Eva predestinada por Deus.
O Pai das misericórdias quis que a aceitação, por parte da que Ele predestinara para Mãe, precedesse a Encarnação, para que, assim como uma mulher contribuiu para a morte, também outra mulher contribuísse para a vida. (LG 56)
Os quatro dogmas marianos, constituem verdades de fé, ou seja, são inquestionáveis o que difere de outros títulos da piedade popular ou de aparições privadas em que o fiel, pode ou não acreditar.

MARIA MÃE DE DEUS
A partir do século III começaram a surgir algumas heresias que negavam a divindade de Cristo, sob influência do gnosticismo. A Igreja se pronunciou dizendo primeiramente que Jesus era filho de Deus por natureza e não por adoção. (Concilio de Antioquia).
No Concilio de Niceia ano de 325, ainda combatendo as heresias tais como o arianismo, que professava que Cristo nasceu do nada e de outra substancia, a Igreja professou que Jesus é consubstancial ao Pai. Também o herético Nestório, que via em Cristo uma pessoa humana, unida a pessoa divina, em que São Cirilo de Alexandria vai combater no terceiro Concilio de Éfeso em 431 afirmando, que “a humanidade de Cristo não tem outro sujeito senão a pessoa divina do Filho de Deus, que a assumiu e a fez sua desde que foi concebida.” Por isso, o Concílio de Éfeso proclamou, em 431, que Maria se tornou, com toda a verdade. Mãe de Deus, por ter concebido humanamente o Filho de Deus em seu seio: Mãe de Deus, não porque o Verbo de Deus dela tenha recebido a natureza divina, mas porque dela recebeu o corpo sagrado, dotado duma alma racional, unido ao qual, na sua pessoa, se diz que o Verbo nasceu segundo a carne. (DS 251)
Outras heresias ainda foram levantadas sobre a divindade de Cristo e sua humanidade, como os monofisistas, que diziam que a humanidade de Jesus, foi suprimida por sua divindade, a que o Concílio de Calcedónia em 451, proclamou:
Na sequência dos santos Padres, ensinamos unanimemente que se confesse um só e mesmo Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, igualmente perfeito na divindade e perfeito na humanidade, sendo o mesmo verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, composto duma alma racional e dum corpo, consubstancial ao Pai pela sua divindade, consubstancial a nós pela sua humanidade, semelhante a nós em tudo, menos no pecado: gerado do Pai antes de todos os séculos segundo a divindade, e nestes últimos dias, por nós e pela nossa salvação, nascido da Virgem Mãe de Deus segundo a humanidade.
Um só e mesmo Cristo, Senhor, Filho Único, que devemos reconhecer em duas naturezas, sem confusão, sem mudança, sem divisão, sem separação. A diferença das naturezas não é abolida pela sua união; antes, as propriedades de cada uma são salvaguardadas e reunidas numa só pessoa e numa só hipóstase. ( DS 301-302)
Ainda surgiram outras heresias, questionando, ora a divindade, ora a natureza, mas o que vemos a Igreja definindo que Jesus é verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem e Maria mãe de Jesus, logo ela é Mãe de Deus.
Ora, apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu seio; e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. E exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor? (Lc 1, 41-43)
Com efeito, Aquele que Ela concebeu como homem por obra do Espírito Santo, e que Se tornou verdadeiramente seu Filho segundo a carne, não é outro senão o Filho eterno do Pai, a segunda pessoa da Santíssima Trindade. A Igreja confessa que Maria é, verdadeiramente, Mãe de Deus (Theotokos) (DS 251)

MARIA SEMPRE VIRGEM
Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará Deus Conosco. (Is 7,14)
Maria perguntou ao anjo: Como se fará isso, pois não conheço homem? Respondeu-lhe o anjo: O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso o ente santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus. (Lc 1, 34-35)
Eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo. (Mt 1,20)

O aprofundamento da fé na maternidade virginal levou a Igreja a confessar a virgindade real e perpétua de Maria, mesmo no parto do Filho de Deus feito homem. Com efeito, o nascimento de Cristo não diminuiu, antes consagrou a integridade virginal da sua Mãe. (CIC 499)

Em outubro de 649, o Concílio do Latrão chegou a esta definição de fé: “Seja condenado quem não professar, de acordo com os santos Padres, que Maria, mãe de Deus em sentido próprio e verdadeiro, permaneceu sempre santa, virgem e imaculada quando, em sentido próprio e verdadeiro, concebeu do Espírito Santo, sem o concurso do sêmen de homem, e deu à luz Aquele que é gerado por Deus Pai antes de todos os séculos, o Verbo de Deus, permanecendo inviolada a sua virgindade também depois do parto”.
Na encíclica Redemptoris Mater de João Paulo II “Maria consente na escolha divina para se tornar, por obra do Espírito Santo, a Mãe do Filho de Deus. Pode-se dizer que este consentimento que ela dá à maternidade é fruto da doação total a Deus na virgindade. Maria aceitou a eleição para ser mãe do Filho de Deus, guiada pelo amor esponsal, o amor que consagra totalmente a Deus uma pessoa humana. Em virtude desse amor, Maria desejava estar sempre e em tudo ‘doada a Deus’, vivendo na virgindade. As palavras ‘Eis a serva do Senhor’ comprovam o fato de ela desde o princípio ter aceitado e entendido a própria maternidade como dom total de si, da sua pessoa, a serviço dos desígnios salvíficos do Altíssimo. E toda a participação materna na vida de Jesus Cristo, seu Filho, ela viveu-a até o fim de um modo correspondente à sua vocação para a virgindade.”
No mistério da obra de salvação da humanidade, quis Deus encarna se no seio de uma virgem, por obra do Espirito Santo, aquele que é Deus de Deus, Luz da Luz... e no seu nascimento sua mãe continua intacta quanto a sua virgindade e permanece virgem em sua vida, ou seja não tem relação conjugal com seu legitimo esposo José, e Jesus é o único filho da família de Nazaré. Mas a maternidade espiritual de Maria estende-se a todos os homens que Ele veio salvar: “Ela deu à luz um Filho que Deus estabeleceu como "primogénito de muitos irmãos" (Rm 8, 29), isto é, dos fiéis para cuja geração e educação Ela coopera com amor de mãe. (LG 63) Os argumentos protestantes que se baseiam nas escrituras em relação aos “irmãos de Jesus”, são tão refutáveis, quanto ridículos no campo da exegese bíblica. Quanto à permanência da virgindade durante o parto, Deus é Luz e a luz é partícula, e consegue atravessar o vidro sem que o mesmo se quebre.

MARIA A IMACULADA CONCEIÇÃO
Entrando, o anjo disse-lhe: Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo. Perturbou-se ela com estas palavras e pôs-se a pensar no que significaria semelhante saudação. O anjo disse-lhe: Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus. (Lc 1, 28-30)
Nesta saudação do anjo, que chama Maria de “cheia de graça” encontra se a indentidade de Maria, ela é filha de seu Filho. A saudação do anjo não foi Maria... mas cheia de graça. Ela pelos méritos de Cristo e para a aceitação livre de fé ao anúncio do anjo de sua vocação era preciso estar totalmente sob moção da graça de Deus.
Maria não é para Deus simplesmente uma função, mas antes de tudo uma pessoa, e é como pessoa que é tão cara a Deus desde toda a eternidade. (Raniero Catalamessa)
É o que confessa o dogma da Imaculada Conceição, proclamado em 1854 pelo Papa Pio IX:
Por uma graça e favor singular de Deus onipotente e em previsão dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do género humano, a bem-aventurada Virgem Maria foi preservada intacta de toda a mancha do pecado original no primeiro instante da sua conceição. (DS 670)
Maria foi redimida de uma forma mais sublime por seu Filho, ela é cheia de graça antes mesmo da Encarnação. A santidade de Maria tem também uma característica que a coloca acima de qualquer pessoa do Antigo e Novo Testamento. É uma graça incontaminada. A Igreja Latina a chama de “Imaculada” e a Igreja Oriental de “Toda Santa” (Panaghia).
Como diz Santo Ireneu, "obedecendo, Ela tornou-se causa de salvação, para si e para todo o género humano". Eis porque não poucos Padres afirmam, tal como ele, nas suas pregações, que "o nó da desobediência de Eva foi desatado pela obediência de Maria; e aquilo que a virgem Eva atou, com a sua incredulidade, desatou-o a Virgem Maria com a sua fé"; e, por comparação com Eva, chamam Maria a "Mãe dos vivos" e afirmam muitas vezes: "a morte veio por Eva, a vida veio por Maria”.
Nas aparições de Nossa Senhora em Lourdes à Santa Bernadete no ano de 1858, apenas quatro anos após o dogma de 1854, quando indagada pela menina de qual era seu nome, ela respondeu: - Eu sou a Imaculada Conceição!

MARIA ASSUNTA AO CÉU
A Assunção de Maria foi o último dogma a ser proclamado, por obra do papa Pio XII, a 1o de novembro de 1950. Na Constituição Apostólica “Munificentissimus Deus”, o Pontífice afirmou que, depois de terminar o curso terreno de sua vida, ela foi assunta de corpo e alma à glória celeste.
Finalmente, a Virgem Imaculada, preservada imune de toda a mancha da culpa original, terminado o curso da vida terrena, foi elevada ao céu em corpo e alma e exaltada pelo Senhor como rainha, para assim se conformar mais plenamente com o seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte. (DS 3903)
Esse privilégio brilhou com novo fulgor quando o nosso predecessor de imortal memória, Pio IX, definiu solenemente o dogma da Imaculada Conceição. De fato esses dois dogmas estão estreitamente conexos entre si. Cristo com a própria morte venceu a morte e o pecado, e todo aquele que pelo batismo de novo é gerado, sobrenaturalmente, pela graça, vence também o pecado e a morte. Porém Deus, por lei ordinária, só concederá aos justos o pleno efeito desta vitória sobre a morte, quando chegar o fim dos tempos. Por esse motivo, os corpos dos justos corrompem-se depois da morte, e só no último dia se juntarão com a própria alma gloriosa. Mas Deus quis excetuar dessa lei geral a bem-aventurada virgem Maria. Por um privilégio inteiramente singular ela venceu o pecado com a sua concepção imaculada; e por esse motivo não foi sujeita à lei de permanecer na corrupção do sepulcro, nem teve de esperar a redenção do corpo até ao fim dos tempos. Quando se definiu solenemente que a virgem Maria, Mãe de Deus, foi imune desde a sua concepção de toda a mancha, logo os corações dos fiéis conceberam uma mais viva esperança de que em breve o supremo magistério da Igreja definiria também o dogma da assunção corpórea da virgem Maria ao céu. (Munificentissimus Deus)
O profeta Elizeu antes de Elias ser arrebatado por uma carruagem de fogo pediu que uma porção redobrada do “espirito” de Elias recaia sobre ele conforme as escrituras.
Tendo passado, Elias disse a Eliseu: Pede-me algo antes que eu seja arrebatado de ti: que posso eu fazer por ti? Eliseu respondeu: Seja-me concedida uma porção dobrada do teu espírito. (2Rs 2,9)
Quanto mais nós à Virgem devemos pedir que o Espirito que a fez ser cheia de graça, nos faça a imitação de dela, cheios de Maria.
“Esteja em cada um de nós a alma de Maria para glorificar o Senhor, esteja em cada um de nós o espirito de Maria para exultar em Deus”. (Santo Ambrósio)
O maior fruto de amor a Maria é imitá-la, pois antes de um belo quadro ela é um belíssimo espelho.
Por Junior Mathias



O Reino de Deus está entre nós



O Reino de Deus chegou e está no meio de nós

A Boa Nova não é anunciada aos pobres apenas com palavras, mas também com fatos. Presenciamos os sinais do Reino: curas, milagres, prodígios e transformações. Surdos começam a ouvir, cegos a ver, coxos a andar, paralíticos a se levantar; pais e filhos se reconciliam; pessoas viciadas largam as drogas, o álcool; garotas de programa exercem outra atividade; maridos retornam ao lar etc. Graças a Deus!

Temos visto e ouvido todos esses relatos. Você pode proclamar: “O Reino de Deus chegou e está no meio de nós. O Rei está exercendo seu senhorio, o Messias está operando em nosso meio. Essa é a certeza! Estamos vendo e ouvindo que o Reino de Deus está acontecendo!”

As curas, além de nos redespertar a fé, levam-nos para a vinda do Senhor, para a implantação do Reino, que já está acontecendo! O Reino de Deus já está no meio de nós. As curas e os milagres apontam para a vinda do Senhor, para a certeza de que no Reino de Deus, que Jesus implantará aqui, não haverá mais doença, miséria, fome, pranto, dor, sofrimento nem morte.

O Senhor da vida virá e o Seu Reino será implantado.



Seu irmão, Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova.
















Santo do Dia - 26.04.2017


São Pascásio, nasceu para ser escritor
Foi um célebre professor, que deu celebridade às escolas de Corbie

Pascásio Radbert foi personagem considerável no seu tempo. Os historiadores da Teologia continuam a mencionar a teoria que ele imaginou para “esclarecer” o mistério da presença de Jesus no Santíssimo Sacramento. Como diplomata, viajou muito entre 822 e 834, para solucionar questões da Igreja e tentar apaziguar os conflitos que punham em campo os sucessores de Carlos Magno.
Era um enjeitado exposto no pórtico de Nossa Senhora de Soissons no fim do século VIII. A abadessa Teodarda, prima direita de Carlos Magno, recolheu-o e educou-o da melhor maneira que pôde. Sempre ele se referiu à sua mãe adotiva com reconhecimento e veneração; apesar disso, deixou-a algum tempo para se lançar em aventuras.
Converteu-se aos 22 anos, e foi então Adelardo, irmão de Teodarda, abade de Corbie, que o recebeu entre os seus monges. Veio a ser um célebre professor, que deu celebridade às escolas de Corbie.
Em 844, os seus colegas de elegeram-no como abade mas, sete anos mais tarde, fizeram uma espécie de revolução que o obrigou a refugiar-se noutra abadia. Não se afligiu. Nascera para ser escritor, e tinha várias obras em preparação: “Que felicidade, dizia, ser lançado nos braços da filosofia e da sabedoria, e poder de novo beber no meu outono o leite das Sagradas Escrituras, que alimentou a minha juventude!”
Mas afinal os monges de Corbie acabaram por o chamar; voltou a viver com eles como simples religioso, edificando-os com os exemplos e continuando a escrever. Aí morreu a 26 de abril de 865.
São Pascásio, rogai por nós!

Homilia - 26.04.2017

Nossa vida foi transformada pela presença de Cristo

Precisamos mostrar para o mundo que a nossa vida foi transformada pela presença de Cristo no meio de nós

“‘Ide falar ao povo, no Templo, sobre tudo o que se refere a este modo de viver’. Eles obedeceram e, ao amanhecer, entraram no Templo e começaram a ensinar” (At 5,20-21).

Amados irmãos e irmãs, os chefes da religião judaica estão furiosos com os discípulos de Jesus Cristo Crucificado, porque eles anunciam a todos os cantos que Jesus está vivo e ressuscitado.

Não podendo segurar nem conter a verdade de que Jesus está vivo, mandam [os chefes da religião judaica] prender os discípulos de Jesus. Eles ficam presos, mas, na cadeia, são visitados pelo anjo, que ordena: “Ide ensinar no templo esse modo de viver. Ensinai tudo que se refere a esse modo de viver”.

Veja bem, isso é muito importante para nós. A vida cristã não é um conjunto de doutrinas e ensinamentos dogmáticos. A vida cristã é, em primeiro lugar, um modo de viver e, acima de tudo, a vida em Deus.

Algumas pessoas acham que evangelizar, catequizar, é ensinar doutrina às pessoas, ensinar mandamentos e sacramentos. Maravilha, isso tem que ser ensinado! Mas, acima de ensinar, precisamos aprender como se deve viver, como levar a vida em nome de Jesus.

Ser cristão é justamente ter a vida em nome de Cristo, fazer tudo o que fazemos em nome do Senhor, porque cremos n’Ele e Ele é a razão da nossa vida. Por isso, o anjo está ordenando que os cristãos ensinem às pessoas esse modo de viver.

Vivemos num mundo paganizado, onde muitos costumes pagãos estão infiltrados em nosso meio. Se a missão dos cristãos na vida primitiva era ensinar as pessoas a viver conforme o modo de Jesus, hoje, estamos permitindo que o contrário aconteça. Estamos permitindo que os pagãos nos ensinem elementos e formas paganizadas de vida.

A primeira coisa: uma vida cristã não se faz sem oração! Não podemos imaginar um cristão que não ore, que não fale, que não tenha vida de comunhão com Deus, que reze pela manhã apenas fazendo um sinal da cruz assim que se levanta, mas é dedicar um pedaço do tempo para orar, para estar na presença de Deus.

Não posso imaginar que um cristão, uma família cristã se reúna para comer como os pagãos, sem nem fazer uma oração. Não oramos nem agradecemos a Deus pelo alimento que Ele nos deu. Não podemos imaginar uma vida cristã sem a prática da caridade, mas não é caridade de dar esmola de vez em quando, mas a caridade de cuidarmos uns dos outros, de vivermos a caridade para com os irmãos mais sofridos e necessitados.

No mundo em que estamos, muitas vezes, vejo pessoas que não são nem cristãs praticando mais caridade do que nós. Quem é cristão testemunha, anuncia e proclama Jesus, leva o nome d’Ele a outras pessoas e a outros corações.

Irmãos e irmãs, não precisamos levar teorias para a vida das pessoas, precisamos mostrar para o mundo que a nossa vida foi transformada pela presença de Cristo no meio de nós.

Deus abençoe você!


Padre Roger Araújo

Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.









Liturgia Diária - 26.04.2017


Primeira leitura: Atos dos Apóstolos 5, 17-26

Leitura dos Atos dos Apóstolos:

Naqueles dias: 17Levantaram-se o sumo sacerdote e todos os do seu partido - isto é, o partido dos saduceus - cheios de raiva e mandaram prender os apóstolos e lançá-los na cadeia pública. 19Porém, durante a noite, o anjo do Senhor abriu as portas da prisão e os fez sair, dizendo: 20'Ide falar ao povo, no Templo, sobre tudo o que se refere a este modo de viver.' 21Eles obedeceram e, ao amanhecer, entraram no Templo e começaram a ensinar. O sumo sacerdote chegou com os seus partidários e convocou o Sinédrio e o Conselho formado pelas pessoas importantes do povo de Israel. Então mandaram buscar os apóstolos à prisão. 22Mas, ao chegarem à prisão, os servos não os encontraram e voltaram dizendo: 23'Encontramos a prisão fechada, com toda segurança, e os guardas estavam a postos na frente da porta. Mas, quando abrimos a porta, não encontramos ninguém lá dentro.' 24Ao ouvirem essa notícia, o chefe da guarda do Templo e os sumos sacerdotes não sabiam o que pensar e perguntavam-se o que poderia ter acontecido. 25Chegou alguém que lhes disse: 'Os homens que vós colocastes na prisão estão no Templo ensinando o povo!' 26Então o chefe da guarda do Templo saiu com os guardas e trouxe os apóstolos, mas sem violência, porque eles tinham medo que o povo os atacasse com pedras.
- Palavra do Senhor 

- Graças a Deus



Salmo 33 (34)
- Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre em minha boca. Minha alma se gloria no Senhor; que ouçam os humildes e se alegrem!
R: Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido.
- Comigo engrandecei ao Senhor Deus, exaltemos todos juntos o seu nome! Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu, e de todos os temores me livrou.
R: Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido.
- Contemplai a sua face e alegrai-vos, e vosso rosto não se cubra de vergonha! Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, e o Senhor o libertou de toda angústia.
R: Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido.
-O anjo do Senhor vem acampar ao redor dos que o temem, e os salva. Provai e vede quão suave é o Senhor! Feliz o homem que tem nele o seu refúgio!
R: Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido.

Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 3,16-21
- Aleluia, Aleluia, Aleluia.

- Deus o mundo tanto amou, que lhe deu seu próprio Filho, para que todo o que nele crer encontre vida eterna (Jo 3,16):

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João:
16Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. 17De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. 18Quem nele crê, nóo é condenado, mas quem não crê, já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho unigênito. 19Ora, o julgamento é este: a luz veio ao mundo, mas os homens preferiram as trevas à luz, porque suas ações eram más. 20Quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, para que suas ações não sejam denunciadas. 21Mas quem age conforme a verdade aproxima-se da luz, para que se manifeste que suas ações são realizadas em Deus.
- Palavra da Salvação

- Glória a Vós, Senhor

terça-feira, 25 de abril de 2017

Não se afaste do Senhor!



Independente de nossos pecados, não nos afastemos do Senhor

Márcio Mendes, orienta-nos a não nos afastarmos do Senhor, e, independente de nossos pecados, ficarmos sempre na presença d’Ele.

A Palavra meditada está em I Samuel 12,20-25:

Samuel disse então ao povo: “Não tenhais medo! É verdade que cometestes um grande erro. Somente não vos afasteis do Senhor, mas servi-o de todo o coração. E não vos desvieis para entregar-vos a ídolos de nada, sem utilidade e incapazes de salvar, pois nada são. Certamente, o Senhor não se esquecerá do seu povo, em consideração a seu grande nome, pois o Senhor decidiu fazer de vós o seu povo. Quanto a mim, longe de mim que eu venha a pecar contra o Senhor deixando de orar por vós e de vos mostrar o caminho bom e reto. Temei somente ao Senhor e servi-o na verdade e de todo o coração, pois vistes as coisas grandiosas que realizou entre vós. Mas se perseverardes no mal, vós e o vosso rei perecereis”.


O pecado nos afasta de Deus, e à medida que ficamos longe d’Ele, o medo se apodera do nosso coração. Nossa ofensa ao Senhor foi grande? Não nos afastemos d’Ele, porque pecamos, mas, pelo contrário, coloquemo-nos a servi-lo de todo o coração.

Gênesis nos conta a história de Adão e Eva para compreendermos uma grande verdade, homem e mulher pecaram por sua escolha, e por vergonha de seu pecado se esconderam de Deus.

Servir ao Senhor de todo o coração
O maior erro que podemos ter nesta vida é fugirmos do Senhor. Não sabe viver quem não sabe rezar. Reza-se como se vive e vive-se como se reza. É pela oração que voltamos para Deus.

Vive mal quem tem o coração ruim. Não sabe viver quem não sabe rezar. Como é bom vermos mudança nas pessoas! Mas sem a oração a pessoa se deixa guiar pela vaidade, a qual não serve para nada.

A palavra vaidade significa vazio, e sem oração somos guiados pelo vazio. Coloquemos Deus no centro de nossa vida, para que não vivamos tristes ou sozinhos. Sem a oração não conseguimos dar boas coisas. O maligno é um estrategista e nos ataca por todos os lados.

Que posamos orar por aqueles que amamos. A oração é o momento que pedimos para Deus aquilo que nos falta. O Senhor é fiel e não permite que sejamos tentados acima de nossas forças. A tentação vem para nos desanimar.

Deus fará com que tenhamos tudo a nosso favor para suportar e vencer. A vontade de desistir está grande? Aguentemos firmes, pois somos do Senhor e Ele não se esquece de nós nem nos esquecerá.

Persevere em Deus
Com Deus podemos tudo, mas precisamos cooperar com Ele. Se Ele nos aponta um caminho e vamos para outro, de nada adianta declararmos que podemos tudo n’Aquele que nos fortalece, pois não estamos caminhando em Sua vontade. Se não nos unirmos a Deus, nossa vida se afundará.

Quem reza não é pego de surpresa pelo mal ou pelo inimigo. Escolher o mal é querer a derrota, o fracasso e a destruição. Perseverar no mal não se trata de cair no mal por descuido, mas sim por insistência de querer estar fazendo o mal.

O coração de pedra nos puxa para baixo. O que nos salvará do erro é não nos afastarmos do Senhor, pois Ele não se esquece de nós.




Márcio Mendes

Missionário da Comunidade Canção Nova.










Sim a Deus não ao Demônio




Jesus se manifestou para destruir toda as obras do demônio

Aquele que peca é do demônio, porque o demônio peca desde o princípio. Eis por que o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do demônio.” (IJo 3, 8)


Jesus veio a este mundo e se manifestou para destruir as obras do demônio, e justamente por isso que Ele vai até a cruz. Não dá para imaginar o quanto Jesus sofreu, e sofreu muito, tudo fruto da sua obediência ao Pai. Por isso, que Ele suou sangue naquela noite no Horto das Oliveiras: “Pai afasta de mim este cálice, mas não faça o que eu quero e sim o que tu queres.” Não podemos viver justificando os pecados, nos acostumar e ainda ajudar a outros: ‘Ah, isso não é pecado!’ Tornando-se assim um hábito viver no pecado. E, foi por este motivo que Jesus se manifestou para destruir toda as obras do demônio.

Vemos no Antigo Testamento o fato de Absalão, o filho muito querido de Davi querer matar o Pai por causa do trono. Foi porque Davi pecou, adulterando com Betsabé, esposa de Urias – um valente guerreiro da sua tropa de ‘Elite’. Depois de ter pecado, Davi para se justificar chama Urias para jantar com ele, embriaga-o e manda-o ir para casa dormir com a sua esposa para não desconfiar que ‘Betsabé’ estava grávida dele [Davi], mas Urias sendo obediente, temente a Deus e a seu rei, dormiu do lado de fora para proteger o rei diante do inimigo. Davi comete outro pecado mandando Urias para frente da batalha. Urias morre e Davi homenageia-o ‘descaradamente’, tomando Betsabé como esposa.

Natã, profeta de Deus é enviado a Davi para que pudesse ter com ele, arrependendo sobe à montanha para pedir perdão. Quando Semei filho de Gera, em ISm 19,16 aparece praguejando Davi, os soldados queriam cortar a cabeça deste homem, mas, Davi reconheceu o seu pecado não permitindo nenhum mal a ele. Este homem aqui, é o demônio que vem e te acusa diante do pecado que cometeu, perturbando sua cabeça, mas, o Deus que Davi servia é misericordioso, por isso ele foi perdoado.

Veja o que o demônio faz com as pessoas; primeiro ele nos tenta levar ao pecado, depois nos oprime, e não conseguimos sair do pecado porque há uma opressão. A pessoa começa escutar vozes, começa a ver ‘coisas’, e o inimigo acaba possuindo aquela pessoa. Não pense que é história, que a parapsicologia tenta explicar e com desculpas, deixamos nossos irmãos padecerem assim, esquecendo-nos que Jesus se manifestou para revelar as obras do demônio.

Irmãos e irmãs em grandes quantidades continuam sendo possuídos na ignorância, e eis o motivo pelo qual o Filho do homem veio; para destruir as obras das trevas. Escape o mais depressa possível e não deixe para depois, para que você hoje dê o passo decisivo em ser o Senhor, único Deus e Salvador de tua vida.



Seu irmão, Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova.