Aqueles que clamam pelo Sangue de Jesus têm a vitória sobre si
Em Êxodo, Deus deu ordens claras para a salvação de Seu povo. Ele mandou sinais e castigos, conhecidos como “pragas do Egito”. Apesar de tudo isso, o coração do Faraó não “amoleceu”. Por fim, o Senhor disse que teria de exterminar todos os primogênitos do Egito, mas não queria que nenhum dos filhos de Seu povo fosse exterminado. Por isso, mandou que se imolassem um cordeiro, a fim de que o sangue dele fosse passado na porta das casas daquele povo.
“O cordeiro, ou cabrito, será sem mácula, um macho de um ano, que tomareis das ovelhas ou das cabras. E o guardareis até ao décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de Israel o sacrificará à tarde. E tomarão do sangue, e pô-lo-ão em ambas as ombreiras, e na verga da porta, nas casas em que o comerem. E naquela noite comerão a carne assada no fogo, com pães ázimos; com ervas amargosas a comerão. E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito.” (Êxodo 12,5-8-13).
O verbo “imolar” significa “matar”. Foi assim que o Senhor mandou fazer. Ele queria que o povo escolhesse um cordeiro sem mancha, sem nenhum defeito, para ser imolado e todo seu sangue derramado.
Hoje, nosso Cordeiro é Jesus, e o Sangue d’Ele foi todo derramado por nós. Precisamos passar o Sangue de Jesus em nossas portas, casas e, principalmente, em nosso coração, para que o anjo exterminador não entre. Foi assim que aconteceu na leitura: o exterminador passou pelas casas que haviam sido marcadas pelo sangue do cordeiro, mas não atingiu aqueles que nelas moravam, pois obedeceram ao Senhor.
Neste tempo de misericórdia, Deus está dando a graça de uma segunda conversão àqueles que já Lhe pertenceram, mas que, por mil razões, acabaram deixando sua fé esfriar. O mais importante é marcarmos a nossa porta com o Sangue do Cordeiro. Jesus quer derramar sobre nós o Seu Sangue, e nós precisamos saber do poder que isso tem. O demônio tem medo do Sangue de Jesus, por isso se afasta de nós, assim como o anjo exterminador.
Precisamos ser marcados por esse Sangue. É um direito nosso! O inimigo não pode tocar em nossa saúde e nos trazer doenças. Ele não tem o direito de tocar em nosso casamento nem em nossos filhos. Se ele tem feito isso, é porque nós temos sido bobos. O inimigo é como um cachorro. Se você deixá-lo fazer o que quiser, ele entrará em sua casa, subirá no colo das pessoas e no sofá.
Clame pelo Sangue de Jesus
Buscamos favores com o demônio quando vamos a adivinhos e benzedeiras, quando aceitamos convites para ir a centros espíritas ou buscamos casamentos e empregos com pessoas que “leem a sorte” nos búzios. Em muitos lugares, chama-se o demônio de “cão”, porque ele é, realmente, como um cão quando nós não usamos de autoridade com ele.
Uma vez batizados, Jesus já derramou sobre nós o Seu Sangue. Somos uma nova criatura. Jesus já nos libertou das garras do demônio, da escravidão. Mas nós, muitas vezes, não usamos os nossos direitos e deixamos o inimigo fazer um estrago em nosso casamento. A princípio, muitos acham normal o marido “perder a cabeça” e trair a esposa, mas ele foi pecador, foi infiel. E quem esteve no meio de tudo isso foi o inimigo. No entanto, ele não tem o direito de pôr a mão no nosso casamento. É verdade ou não que damos muita “entrada” para ele?
Se você passou anos no relaxamento, deixando o “cachorro” entrar e fazer o que quisesse na sua vida, pode, agora, mandá-lo embora. Você pode e precisa assumir o Sangue de Jesus sobre você, sobre a sua vida e seu casamento!
A Palavra de Deus diz que se um dos cônjuges for santo, acabará santificando o outro. Peça a misericórdia do Senhor e assuma a autoridade d’Ele no seu casamento, na sua casa. O Senhor quer libertar você do inimigo, Ele quer lhe dar a graça da confissão, da simplicidade no seu casamento. Se você se arrependeu dos erros que cometeu, faça um ato de contrição e peça perdão do fundo do seu coração.
Em nome de Jesus, que os espíritos imundos não tenham mais nenhuma autoridade sobre a vida dos casados nem retornem mais à casa deles, porque Jesus é o Senhor na Terra e no inferno!
Homens e mulheres, por amor a Deus e por amor a sua família, sejam faxineiros, façam uma limpeza na sua vida. Se vocês erraram, arrependam-se! Não admitam sujeira no leito conjugal.
Reze:
“Eu renuncio a satanás, às coisas que o diabo acabou me ensinando. Eu me arrependo das coisas que fiz e Lhe peço perdão, Senhor. Eu aceito o Sangue de Jesus na minha vida e na minha casa. Amém.”
Pregação “O Sangue de Jesus em nossa casa”, de monsenhor Jonas Abib.
Liturgia Diária da Palavra é um blog onde todos os dias serão postados a liturgia, homilia, santo do dia, mensagens, vídeos e muitos mais!
terça-feira, 31 de março de 2015
Semana Santa: a semana da vitória da vida sobre a morte
É a semana da nossa reconciliação com Deus. É a semana da vitória da vida sobre a morte
Iniciamos hoje a Semana Santa. Semana na qual celebramos a centralidade da nossa fé, que teve início na entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, ou seja, a subida de Jesus Cristo ao Monte Calvário, a Morte e a Ressurreição de Jesus Cristo para a nossa salvação; para nos resgatar das mãos do demônio e nos transferir para o mundo da luz, para a liberdade dos filhos de Deus. Jesus morreu na cruz para reconciliar o homem com o Pai. É a semana da nossa reconciliação com o Senhor, é a semana da vitória da vida sobre a morte, do pecado sobre a graça.
Quando os fiéis são batizados, aplica-se a cada um deles os efeitos redentores da Morte e Ressurreição de Cristo. Por isso, o cristão católico convicto celebra com alegria cada função litúrgica da Semana Santa, que começa hoje e termina na celebração do Tríduo Pascal e da Páscoa.
Assim recomenda a Santa Mãe Igreja que todos os seus filhos se confessem, para que, correndo com Cristo do pecado, possam com Ele ressuscitar, na madrugada do Domingo da Páscoa para a vida eterna.
O tempo da Quaresma se prolonga até a Quinta-feira da Semana Santa. A Missa Vespertina da Ceia do Senhor é a grande introdução ao Santo Tríduo Pascoal. E este [Tríduo Pascoal] tem início na Sexta-feira da Paixão, prossegue com o Sábado Santo e chega ao ponto mais alto na Vigília Pascoal, terminando com as vésperas do Domingo da Ressurreição.
O Evangelho proposto para a Semana Santa, neste primeiro dia, é o de Jesus que volta a Betânia, seis dias antes da Páscoa, para manifestar Seu amor e carinho pelos amigos. Comove ver como o Senhor tem essa amizade, tão divina e tão humana, manifestada num convívio frequente. Nessa visita de Cristo a Lázaro, Maria e Marta, vejo-me também na condição de acolhê-Lo e recebê-Lo em minha casa e vida. Jesus vem me visitar hoje e eu quero recebê-Lo com o coração aberto, alegre e agradecido por merecer Sua amizade e confiança, assim como Ele foi sempre muito bem recebido por esses amigos de Betânia, em qualquer dia e a qualquer hora, com alegria e afeto. Como havia grande respeito, atenção e caridade entre eles, assim me comprometo a fazê-lo.
São milhares os que negam hospedagem para Cristo Jesus em seu coração, mas para o mundo e suas vaidades escancaram-nos; esses vivem com a alma cheia de vícios: a alma, sem a presença de seu Deus e dos anjos que nela se jubilavam, cobre-se com as trevas do pecado, de sentimentos vergonhosos e de completa ignomínia.
Ai da alma se lhe falta Cristo! Que a cultive com diligência, para que possa germinar os bons frutos do Espírito! Deserta, coberta de espinhos e abrolhos, terminará por encontrar, em vez de frutos, a queimada. Ai da alma, se seu Senhor, o Cristo, nela não habitar! Abandonada, encher-se-á com o mau cheiro das paixões, virará moradia dos vícios, diz São Macário.
Era costume da hospitalidade do Oriente honrar um hóspede ilustre com água perfumada depois de se lavar. De forma que, mal se sentou Jesus, Maria tomou um frasco de alabastro que continha uma libra de perfume muito caro, de nardo puro. Aproximou-se por detrás do divã onde estava o Mestre recostado e ungiu os pés e secou-lhes com os seus cabelos: Trata-se de Maria Madalena que, pela segunda vez, unge o Corpo Santíssimo do Nosso Divino Salvador. O nardo era um perfume raríssimo, de grande valor, que, ordinariamente, encerrava-se em pequenos vasos, de boca estreita e apertada. Quebrá-lo e derramar o conteúdo sobre a cabeça de alguém era, entre os antigos, sinal de grande honra e distinção.
Maria ofereceu o melhor para Cristo Jesus. Ela não ofereceu um perfume
barato, mas o melhor e o mais caro. E você? O que tem oferecido ao seu Senhor? Façamos também nós o mesmo; ofereçamos para Nosso Senhor aquilo que temos de melhor e mais precioso: o melhor cálice, a mais bela patena, o mais piedoso ostensório, os melhores paramentos, a nossa vida, tudo o que somos e temos. Pois, todo o luxo, majestade e beleza são poucos perante a tamanha grandeza de Jesus, nosso Mestre.
Acolhendo o mistério redentor de Cristo e Sua Palavra, meditando os acontecimentos da nossa redenção, só poderemos crescer na alegria e na paz do Deus que nos ofertou a vida. Deixemos, pois, que o Espírito de Deus tome conta de nossa existência, para que sejamos conduzidos à eterna alegria da salvação e da ressurreição.
Acolhendo o mistério central da nossa fé, desejo boa Semana Santa para você e a toda a sua família.
Autor: Pe. Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Compreenda os Significado das Celebrações da Semana Santa
Domingo de Ramos
O Domingo de Ramos abre, por excelência, a Semana Santa, pois celebra a entrada triunfal de Jesus Cristo, em Jerusalém, poucos dias antes de sofrer a Paixão, a Morte e a Ressurreição.
Este domingo é chamado assim, porque o povo cortou ramos de árvores, ramagens e folhas de palmeiras para cobrir o chão por onde o Senhor passaria montado num jumento. Com isso, Ele despertou, nos sacerdotes da época e mestres da Lei, inveja, desconfiança e medo de perder o poder. Começa, então, uma trama para condená-Lo à morte.
A liturgia dos ramos não é uma repetição apenas da cena evangélica, mas um sacramento da nossa fé, na vitória do Cristo na história, marcada por tantos conflitos e desigualdades.
Quarta -feira - Procissão do encontro
Em muitas paróquias, especialmente no interior do país, realiza-se a famosa "Procissão do Encontro" na Quarta-feira Santa.
Os homens saem, de uma igreja ou local determinado, com a imagem de Nosso Senhor dos Passos; as mulheres saem de outro ponto com Nossa Senhora das Dores. Acontece, então, o doloroso encontro entre a Mãe e o Filho. O padre proclama o célebre "Sermão das Sete Palavras", fazendo uma reflexão, que chama os fiéis à conversão e à penitência.
Quinta -feira - Santos óleos
Uma das cerimônias litúrgicas da Quinta-feira Santa é a bênção dos santos óleos usados durante todo o ano pelas paróquias. São três os óleos abençoados nesta celebração: o do Crisma, dos Catecúmenos e dos Enfermos.
Ela conta com a presença de bispos e sacerdotes de toda a diocese. É um momento de reafirmar o compromisso de servir a Jesus Cristo.
Lava-pés
O Lava-pés é um ritual litúrgico realizado, durante a celebração da Quinta-feira Santa, quando recorda a última ceia do Senhor.
Jesus, ao lavar os pés dos discípulos, quer demonstrar Seu amor por cada um e mostrar a todos que a humildade e o serviço são o centro de Sua mensagem; portanto, esta celebração é a maior explicação para o grande gesto de Jesus, que é a Eucaristia.
O rito do lava-pés não é uma encenação dentro da Missa, mas um gesto litúrgico que repete o mesmo gesto de Jesus. O bispo ou o padre, que lava os pés de algumas pessoas da comunidade, está imitando Jesus no gesto; não como uma peça de teatro, mas como compromisso de estar a serviço da comunidade, para que todos tenham a salvação, como fez Jesus.
Instituição da Eucaristia
Com a Santa Missa da Ceia do Senhor, celebrada na tarde ou na noite da Quinta-feira Santa, a Igreja dá início ao chamado Tríduo Pascal e faz memória da Última Ceia, quando Jesus, na noite em que foi traído, ofereceu ao Pai o Seu Corpo e Sangue sob as espécies do Pão e do Vinho, e os entregou aos apóstolos para que os tomassem, mandando-os também oferecer aos seus sucessores.
A palavra "Eucaristia" provém de duas palavras gregas "eu-cháris", que significa "ação de graças", e designa a presença real e substancial de Jesus Cristo sob as aparências de Pão e Vinho.
Instituição do sacerdócio
A Santa Missa é, então, a celebração da Ceia do Senhor, quando Jesus, num dia como hoje, véspera de Sua Paixão, "durante a refeição, tomou o pão, benzeu-o, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: 'Tomai e comei, isto é meu corpo'." (cf. Mt 26,26).
Ele quis, assim como fez na última ceia, que Seus discípulos se reunissem e se recordassem d'Ele abençoando o pão e o vinho: "Fazei isto em memória de mim". Com essas palavras, o Senhor instituiu o sacerdócio católico e deu-lhes poder para celebrar a Eucaristia.
Sexta-feira da Paixão
A tarde da Sexta-feira Santa apresenta o drama incomensurável da morte de Cristo no Calvário. A cruz, erguida sobre o mundo, segue de pé como sinal de salvação e esperança. Com a Paixão de Jesus, segundo o Evangelho de João, contemplamos o mistério do Crucificado, com o coração do discípulo Amado, da Mãe, do soldado que o transpassou o lado. Há um ato simbólico muito expressivo e próprio deste dia: a veneração da santa cruz, momento em que esta é apresentada solenemente à comunidade.
Via-sacra
Ao longo da Quaresma, muitos fiéis realizam a Via-Sacra como uma forma de meditar o caminho doloroso que Jesus percorreu até a crucifixão e morte na cruz.
A Igreja nos propõe esta meditação para nos ajudar a rezar e a mergulhar na doação e na misericórdia de Jesus que se doou por nós. Em muitas paróquias e comunidades, são realizadas a encenação da Paixão, da Morte e da Ressurreição de Jesus Cristo por meio da meditação das 14 estações da Via-Crúcis.
Sábado Santo
O Sábado Santo não é um dia vazio, em que "nada acontece". Nem uma duplicação da Sexta-feira Santa. A grande lição é esta: Cristo está no sepulcro, desceu à mansão dos mortos, ao mais profundo que pode ir uma pessoa. O próprio Jesus está calado. Ele, que é Verbo, a Palavra, está calado. Depois de Seu último grito na cruz – "Por que me abandonaste?" –, Ele cala no sepulcro agora. Descanse: "tudo está consumado!".
Vigília Pascal:
Durante o Sábado Santo, a Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor, meditando Sua Paixão e Morte, Sua descida à mansão dos mortos, esperando, na oração e no jejum, Sua Ressurreição. Todos os elementos especiais da vigília querem ressaltar o conteúdo fundamental da noite: a Páscoa do Senhor, Sua passagem da morte para a vida.
A celebração acontece no sábado à noite. É uma vigília em honra ao Senhor, de maneira que os fiéis, seguindo a exortação do Evangelho (cf. Lc 12,35-36), tenham acesas as lâmpadas, como os que aguardam seu senhor chegar, para que, os encontre em vigília e os convide a sentar à sua mesa.
Bênção do fogo
Fora da Igreja, prepara-se a fogueira. Estando o povo reunido em volta dela, o sacerdote abençoa o fogo novo. Em seguida, o Círio Pascal é apresentado ao sacerdote. Com um estilete, o padre faz nele uma cruz, dizendo palavras sobre a eternidade de Cristo.
Assim, ele expressa, com gestos e palavras, toda a doutrina do império de Cristo sobre o cosmos, exposta em São Paulo. Nada escapa da Redenção do Senhor, e tudo – homens, coisas e tempo – estão sob Sua potestade.
Procissão do Círio Pascal
As luzes da igreja devem permanecer apagadas. O diácono toma o Círio e o ergue, por algum tempo, proclamando: "Eis a luz de Cristo!". Todos respondem: "Demos graças a Deus!".
Os fiéis acendem suas velas no fogo do Círio Pascal e entram na igreja. O Círio, que representa o Cristo Ressuscitado, a coluna de fogo e de luz que nos guia pelas trevas e nos indica o caminho à terra prometida, avança em procissão.
Proclamação da Páscoa
O povo permanece em pé com as velas acesas. O presidente da celebração incensa o Círio Pascal. Em seguida, a Páscoa é proclamada.
Esse hino de louvor, em primeiro lugar, anuncia a todos a alegria da Páscoa, a alegria do Céu, da Terra, da Igreja, da assembleia dos cristãos. Essa alegria procede da vitória de Cristo sobre as trevas. Terminada a proclamação, apagam-se as velas.
Liturgia da Palavra
Nesta noite, a comunidade cristã se detém mais que o usual na proclamação da Palavra.
As leituras da vigília têm uma coerência e um ritmo entre elas. A melhor chave é a que nos deu o próprio Cristo: "E começando por Moisés, percorrendo todos os profetas, explicava-lhes (aos discípulos de Emaús) o que dele se achava dito em todas as Escrituras" (Lc 24, 27).
Liturgia Batismal
A noite de Páscoa é o momento que tem mais sentido celebrar os sacramentos da iniciação cristã. O sacerdote que preside a celebração, nesta noite, tem a faculdade de conferir também a confirmação do batismo, para fazer visível a unidade dos sacramentos da iniciação.
Se houver batismo, deverão chamar os catecúmenos, que serão apresentados pelos padrinhos à Igreja reunida.
Ladainha de todos os santos
Nós, Igreja peregrina, em profunda comunhão com a Igreja do Céu, reafirmamos nossa fé e pedimos a intercessão daqueles que nos precederam na glória do Cristo ressuscitado.
Bênção da água batismal
Durante a oração, o sacerdote mergulha o Círio Pascal na água uma ou três vezes. Se houver batismo, cada catecúmeno renuncia ao demônio, faz a profissão de fé e é batizado.
A bênção da água trata-se, sobretudo, de bendizer a Deus por tudo o que Ele fez, por meio da água, ao longo da História da Salvação. Neste momento, o padre implora ao Senhor que, hoje, também este sinal atualize o Espírito de vida sobre os batizados.
Renovação das promessas batismais
Após o rito do batismo (se houver) ou da bênção da água, todos, em pé e com as velas acesas, renovam as promessas do batismo.
Terminada a renovação das promessas, o sacerdote asperge o povo com a água benta, enquanto todos cantam. Neste dia, é omitido o creio; em seguida, é presidida a oração dos fiéis.
Liturgia Eucarística
A Celebração Eucarística é o ápice da Noite Pascoal. É a Eucaristia central de todo o ano, mais importante que a do Natal ou da Quinta-feira Santa. Cristo, o Senhor Ressuscitado, nos faz participar de Seu Corpo e de Seu Sangue, como memorial da Sua Páscoa. É o ponto mais importante da celebração.
Domingo da Ressurreição
É o dia santo mais importante da religião cristã. Depois de morrer crucificado, o corpo de Jesus foi sepultado, ali permaneceu até a ressurreição, quando seu espírito e seu corpo foram reunificados. Do hebreu "Peseach", Páscoa significa a passagem da escravidão para a liberdade.
A presença de Jesus ressuscitado não é uma alucinação dos Apóstolos. Quando dizemos "Cristo vive" não estamos usando um modo de falar, como pensam alguns, para dizer que vive somente em nossa lembrança.
O Domingo de Ramos abre, por excelência, a Semana Santa, pois celebra a entrada triunfal de Jesus Cristo, em Jerusalém, poucos dias antes de sofrer a Paixão, a Morte e a Ressurreição.
Este domingo é chamado assim, porque o povo cortou ramos de árvores, ramagens e folhas de palmeiras para cobrir o chão por onde o Senhor passaria montado num jumento. Com isso, Ele despertou, nos sacerdotes da época e mestres da Lei, inveja, desconfiança e medo de perder o poder. Começa, então, uma trama para condená-Lo à morte.
A liturgia dos ramos não é uma repetição apenas da cena evangélica, mas um sacramento da nossa fé, na vitória do Cristo na história, marcada por tantos conflitos e desigualdades.
Quarta -feira - Procissão do encontro
Em muitas paróquias, especialmente no interior do país, realiza-se a famosa "Procissão do Encontro" na Quarta-feira Santa.
Os homens saem, de uma igreja ou local determinado, com a imagem de Nosso Senhor dos Passos; as mulheres saem de outro ponto com Nossa Senhora das Dores. Acontece, então, o doloroso encontro entre a Mãe e o Filho. O padre proclama o célebre "Sermão das Sete Palavras", fazendo uma reflexão, que chama os fiéis à conversão e à penitência.
Quinta -feira - Santos óleos
Uma das cerimônias litúrgicas da Quinta-feira Santa é a bênção dos santos óleos usados durante todo o ano pelas paróquias. São três os óleos abençoados nesta celebração: o do Crisma, dos Catecúmenos e dos Enfermos.
Ela conta com a presença de bispos e sacerdotes de toda a diocese. É um momento de reafirmar o compromisso de servir a Jesus Cristo.
Lava-pés
O Lava-pés é um ritual litúrgico realizado, durante a celebração da Quinta-feira Santa, quando recorda a última ceia do Senhor.
Jesus, ao lavar os pés dos discípulos, quer demonstrar Seu amor por cada um e mostrar a todos que a humildade e o serviço são o centro de Sua mensagem; portanto, esta celebração é a maior explicação para o grande gesto de Jesus, que é a Eucaristia.
O rito do lava-pés não é uma encenação dentro da Missa, mas um gesto litúrgico que repete o mesmo gesto de Jesus. O bispo ou o padre, que lava os pés de algumas pessoas da comunidade, está imitando Jesus no gesto; não como uma peça de teatro, mas como compromisso de estar a serviço da comunidade, para que todos tenham a salvação, como fez Jesus.
Instituição da Eucaristia
Com a Santa Missa da Ceia do Senhor, celebrada na tarde ou na noite da Quinta-feira Santa, a Igreja dá início ao chamado Tríduo Pascal e faz memória da Última Ceia, quando Jesus, na noite em que foi traído, ofereceu ao Pai o Seu Corpo e Sangue sob as espécies do Pão e do Vinho, e os entregou aos apóstolos para que os tomassem, mandando-os também oferecer aos seus sucessores.
A palavra "Eucaristia" provém de duas palavras gregas "eu-cháris", que significa "ação de graças", e designa a presença real e substancial de Jesus Cristo sob as aparências de Pão e Vinho.
Instituição do sacerdócio
A Santa Missa é, então, a celebração da Ceia do Senhor, quando Jesus, num dia como hoje, véspera de Sua Paixão, "durante a refeição, tomou o pão, benzeu-o, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: 'Tomai e comei, isto é meu corpo'." (cf. Mt 26,26).
Ele quis, assim como fez na última ceia, que Seus discípulos se reunissem e se recordassem d'Ele abençoando o pão e o vinho: "Fazei isto em memória de mim". Com essas palavras, o Senhor instituiu o sacerdócio católico e deu-lhes poder para celebrar a Eucaristia.
Sexta-feira da Paixão
A tarde da Sexta-feira Santa apresenta o drama incomensurável da morte de Cristo no Calvário. A cruz, erguida sobre o mundo, segue de pé como sinal de salvação e esperança. Com a Paixão de Jesus, segundo o Evangelho de João, contemplamos o mistério do Crucificado, com o coração do discípulo Amado, da Mãe, do soldado que o transpassou o lado. Há um ato simbólico muito expressivo e próprio deste dia: a veneração da santa cruz, momento em que esta é apresentada solenemente à comunidade.
Via-sacra
Ao longo da Quaresma, muitos fiéis realizam a Via-Sacra como uma forma de meditar o caminho doloroso que Jesus percorreu até a crucifixão e morte na cruz.
A Igreja nos propõe esta meditação para nos ajudar a rezar e a mergulhar na doação e na misericórdia de Jesus que se doou por nós. Em muitas paróquias e comunidades, são realizadas a encenação da Paixão, da Morte e da Ressurreição de Jesus Cristo por meio da meditação das 14 estações da Via-Crúcis.
Sábado Santo
O Sábado Santo não é um dia vazio, em que "nada acontece". Nem uma duplicação da Sexta-feira Santa. A grande lição é esta: Cristo está no sepulcro, desceu à mansão dos mortos, ao mais profundo que pode ir uma pessoa. O próprio Jesus está calado. Ele, que é Verbo, a Palavra, está calado. Depois de Seu último grito na cruz – "Por que me abandonaste?" –, Ele cala no sepulcro agora. Descanse: "tudo está consumado!".
Vigília Pascal:
Durante o Sábado Santo, a Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor, meditando Sua Paixão e Morte, Sua descida à mansão dos mortos, esperando, na oração e no jejum, Sua Ressurreição. Todos os elementos especiais da vigília querem ressaltar o conteúdo fundamental da noite: a Páscoa do Senhor, Sua passagem da morte para a vida.
A celebração acontece no sábado à noite. É uma vigília em honra ao Senhor, de maneira que os fiéis, seguindo a exortação do Evangelho (cf. Lc 12,35-36), tenham acesas as lâmpadas, como os que aguardam seu senhor chegar, para que, os encontre em vigília e os convide a sentar à sua mesa.
Bênção do fogo
Fora da Igreja, prepara-se a fogueira. Estando o povo reunido em volta dela, o sacerdote abençoa o fogo novo. Em seguida, o Círio Pascal é apresentado ao sacerdote. Com um estilete, o padre faz nele uma cruz, dizendo palavras sobre a eternidade de Cristo.
Assim, ele expressa, com gestos e palavras, toda a doutrina do império de Cristo sobre o cosmos, exposta em São Paulo. Nada escapa da Redenção do Senhor, e tudo – homens, coisas e tempo – estão sob Sua potestade.
Procissão do Círio Pascal
As luzes da igreja devem permanecer apagadas. O diácono toma o Círio e o ergue, por algum tempo, proclamando: "Eis a luz de Cristo!". Todos respondem: "Demos graças a Deus!".
Os fiéis acendem suas velas no fogo do Círio Pascal e entram na igreja. O Círio, que representa o Cristo Ressuscitado, a coluna de fogo e de luz que nos guia pelas trevas e nos indica o caminho à terra prometida, avança em procissão.
Proclamação da Páscoa
O povo permanece em pé com as velas acesas. O presidente da celebração incensa o Círio Pascal. Em seguida, a Páscoa é proclamada.
Esse hino de louvor, em primeiro lugar, anuncia a todos a alegria da Páscoa, a alegria do Céu, da Terra, da Igreja, da assembleia dos cristãos. Essa alegria procede da vitória de Cristo sobre as trevas. Terminada a proclamação, apagam-se as velas.
Liturgia da Palavra
Nesta noite, a comunidade cristã se detém mais que o usual na proclamação da Palavra.
As leituras da vigília têm uma coerência e um ritmo entre elas. A melhor chave é a que nos deu o próprio Cristo: "E começando por Moisés, percorrendo todos os profetas, explicava-lhes (aos discípulos de Emaús) o que dele se achava dito em todas as Escrituras" (Lc 24, 27).
Liturgia Batismal
A noite de Páscoa é o momento que tem mais sentido celebrar os sacramentos da iniciação cristã. O sacerdote que preside a celebração, nesta noite, tem a faculdade de conferir também a confirmação do batismo, para fazer visível a unidade dos sacramentos da iniciação.
Se houver batismo, deverão chamar os catecúmenos, que serão apresentados pelos padrinhos à Igreja reunida.
Ladainha de todos os santos
Nós, Igreja peregrina, em profunda comunhão com a Igreja do Céu, reafirmamos nossa fé e pedimos a intercessão daqueles que nos precederam na glória do Cristo ressuscitado.
Bênção da água batismal
Durante a oração, o sacerdote mergulha o Círio Pascal na água uma ou três vezes. Se houver batismo, cada catecúmeno renuncia ao demônio, faz a profissão de fé e é batizado.
A bênção da água trata-se, sobretudo, de bendizer a Deus por tudo o que Ele fez, por meio da água, ao longo da História da Salvação. Neste momento, o padre implora ao Senhor que, hoje, também este sinal atualize o Espírito de vida sobre os batizados.
Renovação das promessas batismais
Após o rito do batismo (se houver) ou da bênção da água, todos, em pé e com as velas acesas, renovam as promessas do batismo.
Terminada a renovação das promessas, o sacerdote asperge o povo com a água benta, enquanto todos cantam. Neste dia, é omitido o creio; em seguida, é presidida a oração dos fiéis.
Liturgia Eucarística
A Celebração Eucarística é o ápice da Noite Pascoal. É a Eucaristia central de todo o ano, mais importante que a do Natal ou da Quinta-feira Santa. Cristo, o Senhor Ressuscitado, nos faz participar de Seu Corpo e de Seu Sangue, como memorial da Sua Páscoa. É o ponto mais importante da celebração.
Domingo da Ressurreição
É o dia santo mais importante da religião cristã. Depois de morrer crucificado, o corpo de Jesus foi sepultado, ali permaneceu até a ressurreição, quando seu espírito e seu corpo foram reunificados. Do hebreu "Peseach", Páscoa significa a passagem da escravidão para a liberdade.
A presença de Jesus ressuscitado não é uma alucinação dos Apóstolos. Quando dizemos "Cristo vive" não estamos usando um modo de falar, como pensam alguns, para dizer que vive somente em nossa lembrança.
Sejamos semelhantes a Cristo
A palavra meditada hoje está em Romanos 12,17-21:
17. A ninguém pagueis o mal com o mal. Empenhai-vos em fazer o bem diante de todos.
18. Na medida do possível e enquanto depender de vós, vivei em paz com todos.
19. Caríssimos, não vos vingueis de ninguém, mais cedei o passo à ira de Deus, porquanto está escrito: “A mim pertence a vingança, eu retribuirei, diz o Senhor”.
20. Pelo contrário, se teu inimigo estiver com fome, dá-lhe de comer; se estiver com sede, dá-lhe de beber. Sendo assim, estarás amontoando brasas sobre sua cabeça.
21. Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal pelo bem.
“É o Espírito Santo quem nos dá forças para vencermos as provações e silenciar o nosso coração”, afirma Márcio.
Em diversas ocasiões, silenciar é um ato de coragem. Pagar o mal com o mal, por vezes, é mais fácil, mas precisamos pagar o mal com o bem, buscar a serenidade. Ser sereno é sinal de fortaleza, é a graça de resistir às injúrias com um sorriso.
Jesus nos ensina que em todos os momentos devemos agir com serenidade. Diante de Seus acusadores, Ele nada fez, apenas silenciou-se. E nós? Diante das zombarias, violências, calúnias, temos agido com serenidade? Nossos gestos são como os de Cristo?
É o Espírito Santo quem nos dá forças para vencermos as provações e silenciar o nosso coração. Algumas pessoas, para fazer o mal às outras, não se importam em perder sua própria vida. Muitas vezes, por inveja, desejam o mal ao outro.
Inveja é a retenção do perdão. A vingança e a inveja caminham de mãos dadas. Como dizer que somos de Cristo se invejamos nossos irmãos e lhes desejamos o mal? Não nos deixemos guiar pelas inspirações malignas. Nosso pecado não pode nos conduzir, mas o Espírito Santo nos guiará.
Para vencermos, não devemos agir com desonestidade. Vencer do modo errado é fracassar e acrescentar mais sofrimento onde já existe. Temos de vencer o mal com o bem. Nossa fragilidade humana faz com que pequenas coisas nos despedacem. No Espírito Santo somos fortes.
Devemos sempre ser fiéis a Deus e ter Sua aprovação em todas as situações em que vivermos. Quando entendermos que tê-Lo em nossa vida é muito maior do que ser ofendido ou caluniado, não nos preocuparemos em nos vingarmos das pessoas ou desejar-lhes o mal.
A nossa luta é do bem contra o mal. Deus é o nosso único Juiz; Ele é bom, ama-nos e, no momento certo, nos atenderá. Recorramos a Ele e permitamos que o bem esteja em nosso coração.
Márcio Mendes
Missionário da Comunidade Canção Nova
17. A ninguém pagueis o mal com o mal. Empenhai-vos em fazer o bem diante de todos.
18. Na medida do possível e enquanto depender de vós, vivei em paz com todos.
19. Caríssimos, não vos vingueis de ninguém, mais cedei o passo à ira de Deus, porquanto está escrito: “A mim pertence a vingança, eu retribuirei, diz o Senhor”.
20. Pelo contrário, se teu inimigo estiver com fome, dá-lhe de comer; se estiver com sede, dá-lhe de beber. Sendo assim, estarás amontoando brasas sobre sua cabeça.
21. Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal pelo bem.
“É o Espírito Santo quem nos dá forças para vencermos as provações e silenciar o nosso coração”, afirma Márcio.
Em diversas ocasiões, silenciar é um ato de coragem. Pagar o mal com o mal, por vezes, é mais fácil, mas precisamos pagar o mal com o bem, buscar a serenidade. Ser sereno é sinal de fortaleza, é a graça de resistir às injúrias com um sorriso.
Jesus nos ensina que em todos os momentos devemos agir com serenidade. Diante de Seus acusadores, Ele nada fez, apenas silenciou-se. E nós? Diante das zombarias, violências, calúnias, temos agido com serenidade? Nossos gestos são como os de Cristo?
É o Espírito Santo quem nos dá forças para vencermos as provações e silenciar o nosso coração. Algumas pessoas, para fazer o mal às outras, não se importam em perder sua própria vida. Muitas vezes, por inveja, desejam o mal ao outro.
Inveja é a retenção do perdão. A vingança e a inveja caminham de mãos dadas. Como dizer que somos de Cristo se invejamos nossos irmãos e lhes desejamos o mal? Não nos deixemos guiar pelas inspirações malignas. Nosso pecado não pode nos conduzir, mas o Espírito Santo nos guiará.
Para vencermos, não devemos agir com desonestidade. Vencer do modo errado é fracassar e acrescentar mais sofrimento onde já existe. Temos de vencer o mal com o bem. Nossa fragilidade humana faz com que pequenas coisas nos despedacem. No Espírito Santo somos fortes.
Devemos sempre ser fiéis a Deus e ter Sua aprovação em todas as situações em que vivermos. Quando entendermos que tê-Lo em nossa vida é muito maior do que ser ofendido ou caluniado, não nos preocuparemos em nos vingarmos das pessoas ou desejar-lhes o mal.
A nossa luta é do bem contra o mal. Deus é o nosso único Juiz; Ele é bom, ama-nos e, no momento certo, nos atenderá. Recorramos a Ele e permitamos que o bem esteja em nosso coração.
Márcio Mendes
Missionário da Comunidade Canção Nova
Vinde a mim e viva a minha Paixão
Aqueles que se aproximam da Paixão de Jesus recebem a salvação
“Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba; não desviei o rosto de bofetões e cusparadas. Mas o Senhor Deus é meu Auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado”. (Is 50,6-7)
Seja qual for a sua situação, diga: “Eu não serei humilhado!”. Por maior que seja a sua paixão, ela está cravada na Paixão de Cristo.
Meus irmãos, por maior que seja o seu desgaste físico, emocional e espiritual, o Senhor está ao seu lado, segurando em suas mãos! Hoje, Ele lhe diz esta profecia: “Achegai-vos a Mim! Eu vos espero. Vinde a mim e viva a minha Paixão. Não podeis imaginar todos os frutos que viram por aí. Vinde, aproximai e provai os frutos”.
Deus abençoe, a sua Semana Santa!
Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova
“Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba; não desviei o rosto de bofetões e cusparadas. Mas o Senhor Deus é meu Auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado”. (Is 50,6-7)
Seja qual for a sua situação, diga: “Eu não serei humilhado!”. Por maior que seja a sua paixão, ela está cravada na Paixão de Cristo.
Meus irmãos, por maior que seja o seu desgaste físico, emocional e espiritual, o Senhor está ao seu lado, segurando em suas mãos! Hoje, Ele lhe diz esta profecia: “Achegai-vos a Mim! Eu vos espero. Vinde a mim e viva a minha Paixão. Não podeis imaginar todos os frutos que viram por aí. Vinde, aproximai e provai os frutos”.
Deus abençoe, a sua Semana Santa!
Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova
Por que sou sempre provado?
Você já deve ter percebido que as provações são um modo de a Providência Divina nos educar na vida cristã. Quem olha para as provas assim demonstra uma espécie de maturidade que só o tempo e as dores muito intensas são vividas à luz do Crucificado. Quem não quer viver assim segue infantil na vida espiritual.
A provação, portanto, revela quem somos e como estamos nos quesitos do amor, do perdão, da misericórdia e da paciência.
Com orações,
Ricardo Sá
A provação, portanto, revela quem somos e como estamos nos quesitos do amor, do perdão, da misericórdia e da paciência.
Com orações,
Ricardo Sá
Jesus é motivo da nossa vida
“O Senhor chamou-me antes de eu nascer, desde o ventre de minha mãe ele tinha na mente o meu nome” (Is 49,1).
O motivo da nossa vida é Jesus, Ele nos escolheu para sermos as suas testemunhas e levar a Sua palavra a todas as nações.
Precisamos ser testemunhas de Jesus, mostrando com a nossa vida a quem nós servimos. Para isso, é preciso que o nosso comportamento seja digno de filhos de Deus, a quem pertencemos.
Permaneçamos em comunhão com Jesus que é a nossa paz, alegria e o verdadeiro sentido da nossa vida. Ele nasceu, morreu e ressuscitou por amor a nós.
Rezemos: “Sobre a cruz Ele levou à morte quem nos tinha dado a morte, e tendo-os purificado em Sua compaixão e infinita bondade, os fez dignos de viver nos céus. Alegremo-nos, pois, exaltemos seu nome e magnifiquemos a sua extrema condescendência”.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago
O motivo da nossa vida é Jesus, Ele nos escolheu para sermos as suas testemunhas e levar a Sua palavra a todas as nações.
Precisamos ser testemunhas de Jesus, mostrando com a nossa vida a quem nós servimos. Para isso, é preciso que o nosso comportamento seja digno de filhos de Deus, a quem pertencemos.
Permaneçamos em comunhão com Jesus que é a nossa paz, alegria e o verdadeiro sentido da nossa vida. Ele nasceu, morreu e ressuscitou por amor a nós.
Rezemos: “Sobre a cruz Ele levou à morte quem nos tinha dado a morte, e tendo-os purificado em Sua compaixão e infinita bondade, os fez dignos de viver nos céus. Alegremo-nos, pois, exaltemos seu nome e magnifiquemos a sua extrema condescendência”.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago
Mensagem
Não há enganos.
Os acontecimentos que recaem sobre ti,
por muito desagradáveis que sejam,
são necessários para que aprendas
aquilo que precisas aprender.
Cada passo que dás
é necessário para chegar ao local
que escolheste".
((Richard Bach))
Os acontecimentos que recaem sobre ti,
por muito desagradáveis que sejam,
são necessários para que aprendas
aquilo que precisas aprender.
Cada passo que dás
é necessário para chegar ao local
que escolheste".
((Richard Bach))
Momento Certo = Kairós = Tempo de Deus!!!
PAZ E BEM!!!
Não se queixe de abandono. Ninguém está abandonado pelo Pai. Se notar que está só, que ninguém o procura, faça o inverso: procure você alguém que precise de sua ajuda. Visite os lares pobres, as crianças necessitadas, os corações famintos de seu carinho. Derrame seu coração afetuoso no seio daqueles que sofrem e jamais se sentirá abandonado.
Padre Marcelo Rossi
Momento Certo = Kairós = Tempo de Deus!!!
Não se queixe de abandono. Ninguém está abandonado pelo Pai. Se notar que está só, que ninguém o procura, faça o inverso: procure você alguém que precise de sua ajuda. Visite os lares pobres, as crianças necessitadas, os corações famintos de seu carinho. Derrame seu coração afetuoso no seio daqueles que sofrem e jamais se sentirá abandonado.
Padre Marcelo Rossi
Momento Certo = Kairós = Tempo de Deus!!!
sábado, 28 de março de 2015
Saiba como lidar com a tentação
Quanto mais repletos do Espírito Santo estivermos e quanto mais trabalharmos para o Senhor, tanto mais atacados seremos pela tentação
Permita-me dizer que o inimigo teve a “cara de pau” de tentar o próprio Jesus. Veja esse fato no Evangelho de São Lucas:
“Jesus, repleto do Espírito Santo, voltou do Jordão e estava no deserto, conduzido pelo Espírito, durante quarenta dias, e era tentado pelo diabo” (Lc 4, 1-2a).
Repare em que momento o diabo tentou Jesus: quando Ele estava repleto do Espírito Santo. Essa tentação aconteceu durante os quarenta dias que Cristo viveu no deserto. O Espírito Santo conduziu Jesus até lá para ser tentado pelo demônio, a fim de que todos soubéssemos: quanto mais escolhidos, tanto mais somos tentados pelo demônio. Quanto mais repletos do Espírito Santo estivermos e quanto mais trabalharmos para o Senhor, tanto mais atacados seremos pela tentação.
Depois de convertidos a Deus, podemos pensar que a tentação e o pecado não nos atingirão mais, pois o diabo já ficou para trás. Grande ilusão! Quanto mais crescermos espiritualmente, tanto mais a tentação nos atormentará, e mais sutil, enganadora, suja e covarde ela será.
A tentação pela qual Jesus passou é a mesma pela qual passam todos os guerreiros de Deus. Vamos analisar cada uma das tentações de Jesus:
“Não comeu nada durante aqueles quarenta dias e, decorrido esse tempo, sentiu fome. Ora, o diabo lhe disse: ‘Se tu és Filho de Deus, ordena a esta pedra que se transforme em pão’. Jesus lhe respondeu: ‘Está escrito: Não só de pão viverá o homem'” (Lc 4,2b-4).
A primeira tentação que Jesus sofreu foi na parte biológica; Ele estava com fome. O inimigo tem prazer em nos atacar pelos sentidos. Ele nos pega pela gula do comer e do beber, pega-nos pelos aromas, por todas as formas do sentir, principalmente pela sexualidade. Vivemos num ambiente repleto de sensualidade. É como se tivéssemos esquecido o gás aberto em casa. Para dissipá-lo, é preciso tomar muito cuidado. Não se pode produzir nenhuma faísca, muito menos riscar um fósforo no ambiente, senão explode tudo; e a primeira pessoa a ser atingida é você. Infelizmente, hoje, o ar em que vivemos está carregado desse “gás”.
Estamos cercados por um clima de sensualidade que nos atinge pelos olhos, ouvidos e por todos os nossos sentidos. O ambiente está formado, nossa natureza reage e o inimigo investe pesado nela. Na hora em que você “der bobeira” e “riscar o fósforo”, vai explodir tudo e pegar fogo. Nenhum de nós pode facilitar, homem ou mulher, jovem ou idoso. Todos somos vulneráveis.
Sobre nossos sentidos, devemos dar atenção especial aos olhos. Precisamos mortificar nossos olhos, porque pecamos muito por meio deles. O pecado entra pela visão, mas atinge em cadeia a fantasia, os sentimentos, a vontade e nossos atos. Ou os combatemos ou eles tomam conta de nosso ser!
Padre Raniero Cantalamessa diz que Deus nos deu os olhos para ver, mas nos deu também as pálpebras para fechá-los. Se não for possível os fechar, pelo menos desvie os olhos.
Quanta sensualidade entra também por nossos ouvidos por intermédio das músicas, piadas e conversas! Precisamos igualmente “fechar” nossos ouvidos. Ou mortificamos nosso homem velho na carne, ou nos arruinamos.
Em questão de sexualidade, o segredo é fugir da ocasião. É o que acontece com as bactérias: se há alimento e clima, elas se alastram, multiplicam-se rapidamente e acontece a infecção, a doença. Basta ter alimento e clima. Mas para que isso não aconteça, você precisa tirar uma coisa e outra. Da mesma forma, a única maneira de vencer nossa sexualidade é não a alimentar com vídeos, filmes, novelas, músicas, revistas, piadas etc.
A mortificação não é tão difícil quanto se pensa. Pode-se mortificar a gula, renunciando ao cafezinho, ao refrigerante, à bebida, aos doces e ao cigarro, por exemplo.
“Não te deixes arrastar por teus desejos, e refreia a tuas concupiscências. Se concederes a satisfação de teus desejos, isto fará de ti o escárnio de teus inimigos. Não ponhas tua alegria numa vida de prazer, e não te obrigarás a pegar-lhe os custos” (Eclo 18,30-31).
A importância do Domingo de Ramos
A importância do Domingo de Ramos
A entrada “solene” de Jesus em Jerusalém foi um prelúdio de Suas dores e humilhaçõesA Semana Santa começa no Domingo de Ramos, porque celebra a entrada de Jesus em Jerusalém montado em um jumentinho – o símbolo da humildade – e aclamado pelo povo simples, que O aplaudia como “Aquele que vem em nome do Senhor”. Esse povo tinha visto Jesus ressuscitar Lázaro de Betânia havia poucos dias e estava maravilhado. Ele tinha a certeza de que este era o Messias anunciado pelos profetas; mas esse mesmo povo tinha se enganado no tipo de Messias que Cristo era. Pensavam que fosse um Messias político, libertador social que fosse arrancar Israel das garras de Roma e devolver-lhe o apogeu dos tempos de Salomão.
Para deixar claro a este povo que Ele não era um Messias temporal e político, um libertador efêmero, mas o grande Libertador do pecado, a raiz de todos os males, então, o Senhor entra na grande cidade, a Jerusalém dos patriarcas e dos reis sagrados, montado em um jumentinho; expressão da pequenez terrena. Ele não é um Rei deste mundo! Dessa forma, o Domingo de Ramos dá o início à Semana Santa, que mistura os gritos de hosanas com os clamores da Paixão de Cristo. O povo acolheu Jesus abanando seus ramos de oliveiras e palmeiras.
Esses ramos significam a vitória: “Hosana ao Filho de Davi: bendito seja o que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel; hosana nas alturas”. Os ramos santos nos fazem lembrar que somos batizados, filhos de Deus, membros de Cristo, participantes da Igreja, defensores da fé católica, especialmente nestes tempos difíceis em que esta é desvalorizada e espezinhada. Os ramos sagrados que levamos para nossas casas, após a Missa, lembram-nos de que estamos unidos a Cristo na mesma luta pela salvação do mundo, a luta árdua contra o pecado, um caminho em direção ao Calvário, mas que chegará à Ressurreição.
O sentido da Procissão de Ramos é mostrar essa peregrinação sobre a terra que cada cristão realiza a caminho da vida eterna com Deus. Ela nos recorda que somos apenas peregrinos neste mundo tão passageiro, tão transitório, que se gasta tão rapidamente. E nos mostra que a nossa pátria não é neste mundo, mas sim na eternidade, que aqui nós vivemos apenas em um rápido exílio em demanda da casa do Pai. A Missa do Domingo de Ramos traz a narrativa de São Lucas sobre a Paixão de Nosso Senhor Jesus: Sua angústia mortal no Horto das Oliveiras, o Sangue vertido com o suor, o beijo traiçoeiro de Judas, a prisão, os maus-tratos causados pelas mãos do soldados na casa de Anãs, Caifás; Seu julgamento iníquo diante de Pilatos, depois, diante de Herodes, Sua condenação, o povo a vociferar “crucifica-o, crucifica-o”; as bofetadas, as humilhações, o caminho percorrido até o Calvário, a ajuda do Cirineu, o consolo das santas mulheres, o terrível madeiro da cruz, Seu diálogo com o bom ladrão, Sua morte e sepultura.
A entrada “solene” de Jesus em Jerusalém foi um prelúdio de Suas dores e humilhações. Aquela mesma multidão que O homenageou, motivada por Seus milagres, agora vira as costas a Ele e muitos pedem a Sua morte. Jesus, que conhecia o coração dos homens, não estava iludido. Quanta falsidade há nas atitudes de certas pessoas! Quantas lições nos deixam esse Domingo de Ramos! O Mestre nos ensina, com fatos e exemplos, que o Reino d’Ele, de fato, não é deste mundo. Que Ele não veio para derrubar César e Pilatos, mas veio para derrubar um inimigo muito pior e invisível: o pecado. E para isso é preciso se imolar; aceitar a Paixão, passar pela morte para destruir a morte; perder a vida para ganhá-la. A muitos o Senhor Jesus decepcionou; pensavam que Ele fosse escorraçar Pilatos e reimplantar o reinado de Davi e Salomão em Israel; mas Ele vem montado em um jumentinho frágil e pobre.
Muitos pensam: “Que Messias é este? Que libertador é este? É um farsante! É um enganador merece a cruz por nos ter iludido”. Talvez Judas tenha sido o grande decepcionado. O Domingo de Ramos ensina-nos que a luta de Cristo e da Igreja e, consequentemente, a nossa também, é a luta contra o pecado, a desobediência à Lei sagrada de Deus, que hoje é calcada aos pés até mesmo por muitos cristãos que preferem viver um Cristianismo “light”, adaptado aos seus gostos e interesses e segundo as suas conveniências. Impera, como disse Bento XVI, “a ditadura do relativismo”. O Domingo de Ramos nos ensina que seguir o Cristo é renunciar a nós mesmos, morrer na terra como o grão de trigo para poder dar fruto, enfrentar os dissabores e ofensas por causa do Evangelho do Senhor. Ele nos arranca das comodidades e das facilidades, para nos colocar diante d’Aquele que veio ao mundo para salvar este mundo.
Felipe Aquino
Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”.Na verdade, o que é ser santo?
A liturgia destes dias nos ajuda a focar no amor
Não é possível falar de santidade sem falar do modo que vivemos em
relação a quem tem fome e podemos dar-lhe de comer, quem está preso e
podemos visitá-lo, tem sede e podemos dar-lhe de beber.
Que bom que é assim, pois podemos pensar santidade como, na verdade, ela é! Coisa próxima, factível, bem aqui do nosso lado, em nossa casa, onde trabalhamos, no hospital de nossa cidade, no vizinho que está doente, em quem precisa de nossa presença e apoio.
Não precisamos ir muito longe para encontrar alguém que precise de nossa ajuda! Já percebeu?
Com orações,
Ricardo Sá
Que bom que é assim, pois podemos pensar santidade como, na verdade, ela é! Coisa próxima, factível, bem aqui do nosso lado, em nossa casa, onde trabalhamos, no hospital de nossa cidade, no vizinho que está doente, em quem precisa de nossa presença e apoio.
Não precisamos ir muito longe para encontrar alguém que precise de nossa ajuda! Já percebeu?
Com orações,
Ricardo Sá
Deus espera a sua fidelidade!
Peço ao Senhor que lhes conceda a graça da coragem e da fidelidade
As famílias precisam de esposos que sejam fiéis. Nossas novelas mostram infidelidade o tempo todo e os casais se sentam diante dos televisores para aprender lições sobre isso, o que nunca é da vontade de Deus. O povo começa a torcer pelas tramas da novela sem se preocupar com a família. E hoje é preciso reverter isso. Eu sei que as palavras ajudam, mas o exemplo é que arrasta.
Pelo
sacerdócio que me foi confiado por Deus e que se iniciou quando fui
batizado, eu peço ao Senhor a graça da fidelidade dos casais. Peço a Ele
que lhes conceda a graça e a coragem da fidelidade. Peço não somente
para os homens, mas também às mulheres, o dom, a graça e a coragem da
fidelidade, porque, muitas vezes, elas é quem têm sido infiéis.
O Senhor quer pessoas fiéis, a nossa sociedade está precisando de esposas e esposos, de mães e pais fiéis. Que você queira e não tenha medo de ser melhor para os outros. Só assim conseguirá transformar o ambiente em que está inserido.
Repitam isso e peçam a vinda do Espírito Santo de Deus: Eu me comprometo diante de Deus a ser uma pessoa honesta e fiel. Muito honesta e fiel. Amém.
Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova
O Senhor quer pessoas fiéis, a nossa sociedade está precisando de esposas e esposos, de mães e pais fiéis. Que você queira e não tenha medo de ser melhor para os outros. Só assim conseguirá transformar o ambiente em que está inserido.
Repitam isso e peçam a vinda do Espírito Santo de Deus: Eu me comprometo diante de Deus a ser uma pessoa honesta e fiel. Muito honesta e fiel. Amém.
Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova
No caminho do Senhor
“Meu Deus, sois o rochedo que me abriga,
minha força e poderosa salvação, sois meu escudo e proteção: em vós
espero! Invocarei o meu Senhor: a ele a glória! E dos meus perseguidores
serei salvo!” (Sl 17, 3-4).
A verdadeira liberdade está em seguirmos os caminhos do Senhor, porque n’Ele encontramos força, apoio, refúgio e a verdadeira felicidade.
A verdadeira liberdade está em seguirmos os caminhos do Senhor, porque n’Ele encontramos força, apoio, refúgio e a verdadeira felicidade.
Quando estamos em Deus, mesmo que venhamos a cair, o Senhor nos
levantará e nos dará forças para recomeçarmos. Deixemo-nos ser
conduzidos pelo Senhor, para isso é necessário nos abandonarmos,
deixando as nossas vontades para avançar, sem vacilar, o caminho de
Deus.
“Escolhi o caminho da verdade, ponho ante meus olhos tuas normas” (Sl 119,30).
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago
“Escolhi o caminho da verdade, ponho ante meus olhos tuas normas” (Sl 119,30).
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago
Santo do Dia - 28.03.2015
São Guntrano, governou na justiça
Guntrano teve muitos descaminhos, muitas opções erradas. Teve muitas mulheres e muitos filhos. Como todo ser humano buscou a felicidade, porém, em lugares errados.
Um
homem social, político e de grande influência, mas com o coração
inquieto e desejoso de algo maior. Deu toda sua herança para um sobrinho
e se decidiu a viver uma radicalidade cristã, ou seja, viver o chamado à
santidade. Então, Guntrano passou a ouvir a Palavra de Deus e a acolher
os conselhos dos bispos. Governou na justiça, a partir dos bons
conselhos recebidos.
Viveu a renúncia de si mesmo para abraçar a cruz e fazer a vontade de Deus. Faleceu com 68 anos, depois de consumir-se no amor a Deus e aos irmãos, sendo cristão na sociedade.
São Guntrano, rogai por nós!
Viveu a renúncia de si mesmo para abraçar a cruz e fazer a vontade de Deus. Faleceu com 68 anos, depois de consumir-se no amor a Deus e aos irmãos, sendo cristão na sociedade.
São Guntrano, rogai por nós!
Homilia Diária - 28.03.2015
Oremos pelo bom senso de justiça e verdade
Oremos por nossos governantes, autoridades e por aqueles que têm a responsabilidade de julgar, legislar e executar as leis do nosso país para que não percam o senso da verdade e da justiça.
“Não percebeis que é melhor um só morrer pelo povo do que perecer a nação inteira?” (João 11, 50).
Amados irmãos e irmãs, a meditação da Palavra de Deus, no dia de hoje, nos chama a atenção para essa sentença de Caifás, o sumo sacerdote daquele ano. Ele não está preocupado com a verdade, com a justiça e com o bem; ele está preocupado consigo e em, de fato, deixar que as coisas fiquem encobertas. Por isso a sua sentença de morte é uma só: “Não percebeis que é melhor um só morrer pelo povo do que perecer a nação inteira?” (João 11,50).
Mas quem é esse que vai morrer por todos? Quem é esse que vai perecer pelas mãos dos homens e será injustamente julgado, condenado e levado à morte? Que mal fez Ele? Por que Ele é digno de tanta infâmia e tanto desprezo? Por que cabe a Ele a sentença mais dura e a pena mais rigorosa existente naquele tempo? A Ele coube a pena de morte, contudo, pecado nenhum Ele cometeu, erro nenhum Ele levou sobre Suas costas.
O que pode parecer um bem para nós, para quem não comunga do mesmo bem ou para quem não comunga os ideais de Deus, pode parecer um mal. Sobretudo se o que você fala, o que você faz e se a sua vida incomodam a quem vive de regalias e à custa do povo. Por isso Jesus é levado à morte, porque a Sua vida incomodou!
A vida de Jesus incomoda a todos; incomoda os pecadores para que saiam do pecado; incomoda os que buscam a santidade para que intensifiquem sua luta pela santidade. A vida de Jesus incomoda os pequenos para que se sintam consolados e confortados pela presença amorosa de Deus. Da mesma forma, a vida de Jesus incomoda os grandes para que tenham senso de justiça e senso de verdade. Apenas que nem todos se abrem para essa graça, somente quando mexem no “nosso queijo”, isto é, quando mexem naquilo que para nós não pode ser mexido, com certeza assim nós esperneamos!
Por essa razão, os poderosos daquele tempo espernearam com força e levaram Nosso Senhor Jesus Cristo à morte.
Olhando para Jesus Cristo sentenciado e condenado, nós hoje queremos pedir ao Pai que aplaque todas as injustiças existentes na face da Terra. Queremos orar, sobretudo, por nossos governantes, autoridades e por aqueles que têm a responsabilidade de julgar, legislar e executar as leis do nosso país para que não percam o senso da verdade, da justiça e, sobretudo, não governem em favor dos próprios interesses.
Foram esses tipos de interesses mesquinhos que levaram Jesus à morte. Assim como é o interesse mesquinho de alguns homens que tem levado milhões de filhos de Deus à morte, e tem levado à morte os valores, a moral e o bom-senso.
Que Jesus, bom e misericordioso, tenha compaixão de nós!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Liturgia Diária - 5ª Semana da Quaresma - Sábado 28/03/2015
Primeira Leitura (Ez 37,21-28)
Leitura da Profecia de Ezequiel.
21Assim diz o Senhor Deus: “Eu mesmo vou tomar os israelitas do meio das nações para onde foram, vou recolhê-los de toda parte e reconduzi-los para a sua terra.
22Farei deles uma nação única no país, nos montes de Israel, e apenas um rei reinará sobre todos eles. Nunca mais formarão duas nações, nem tornarão a dividir-se em dois reinos. 23Não se mancharão mais com os seus ídolos e nunca mais cometerão infames abominações. Eu os libertarei de todo o pecado que cometeram em sua infidelidade, e os purificarei. Eles serão o meu povo e eu serei o seu Deus.
24Meu servo Davi reinará sobre eles, e haverá para todos eles um único pastor. Viverão segundo meus preceitos e guardarão minhas leis, pondo-as em prática. 25Habitarão no país que dei a meu servo Jacó, onde moraram vossos pais; ali habitarão para sempre, também eles, com seus filhos e netos, e o meu servo Davi será o seu príncipe para sempre.
26Farei com eles uma aliança de paz, será uma aliança eterna. Eu os estabelecerei e multiplicarei, e no meio deles porei meu santuário para sempre. 27Minha morada estará junto deles. Eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. 28Assim as nações saberão que eu, o Senhor, santifico Israel, por estar o meu santuário no meio deles para sempre”.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Responsório (Jr 31,10-13)
— O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.
— O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.
— Ouvi, nações, a palavra do Senhor e anunciai-a nas ilhas mais distantes: “Quem dispersou Israel, vai congregá-lo, e o guardará qual pastor a seu rebanho!”
— Pois, na verdade, o Senhor remiu Jacó e o libertou do poder do prepotente. Voltarão para o monte de Sião, entre brados e cantos de alegria afluirão para as bênçãos do Senhor:
— Então a virgem dançará alegremente, também o jovem e o velho exultarão; mudarei em alegria o seu luto, serei consolo e conforto após a guerra.
Evangelho (Jo 11,45-56)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 45muitos dos judeus que tinham ido à casa de Maria e viram o que Jesus fizera, creram nele. 46Alguns, porém, foram ter com os fariseus e contaram o que Jesus tinha feito. 47Então os sumos sacerdotes e os fariseus reuniram o Conselho e disseram: “Que faremos? Este homem realiza muitos sinais. 48Se deixamos que ele continue assim, todos vão acreditar nele, e virão os romanos e destruirão o nosso Lugar Santo e a nossa nação”.
49Um deles, chamado Caifás, sumo sacerdote em função naquele ano, disse: “Vós não entendeis nada. 50Não percebeis que é melhor um só morrer pelo povo do que perecer a nação inteira?” 51Caifás não falou isso por si mesmo. Sendo sumo sacerdote em função naquele ano, profetizou que Jesus iria morrer pela nação. 52E não só pela nação, mas também para reunir os filhos de Deus dispersos. 53A partir desse dia, as autoridades judaicas tomaram a decisão de matar Jesus.
54Por isso, Jesus não andava mais em público no meio dos judeus. Retirou-se para uma região perto do deserto, para a cidade chamada Efraim. Ali permaneceu com os seus discípulos. 55A Páscoa dos judeus estava próxima. Muita gente do campo tinha subido a Jerusalém para se purificar antes da Páscoa. 56Procuravam Jesus e, ao reunirem-se no Templo, comentavam entre si: “Que vos parece? Será que ele não vem para a festa?”
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
Momento Certo = Kairós = Tempo de Deus!!!
PAZ E BEM!!!
Jamais engane os outros, para não ser enganado. Seja sempre verdadeiro. Não minta, para que sua consciência permaneça tranqüila e seu sono seja calmo.
Padre Marcelo Rossi
Momento Certo = Kairós = Tempo de Deus!!!
Jamais engane os outros, para não ser enganado. Seja sempre verdadeiro. Não minta, para que sua consciência permaneça tranqüila e seu sono seja calmo.
Padre Marcelo Rossi
Momento Certo = Kairós = Tempo de Deus!!!
quarta-feira, 18 de março de 2015
Momento Certo = Kairós = Tempo de Deus
PAZ E BEM!!!
Quando está certo ninguém lembra; quando está errado ninguém esquece.
Padre Marcelo Rossi
Momento Certo = Kairós = Tempo de Deus!!!
Momento Certo = Kairós = Tempo de Deus!!!
Por que somos tentados?
De onde vem a tentação? Qual seu objetivo?
Jesus foi tentado peço demônio; e Ele não tinha o pecado original; então, mesmo Ele e a Virgem Maria podiam ser tentados como Adão e Eva também foram, antes do pecado original. Quem foi criado livre, à imagem e semelhança de Deus, pode ser tentado, não só pelo demônio – o principal tentador – mas também pelo mau uso da liberdade e demais faculdades da alma, como aconteceu com os anjos no céu. Eles não foram tentados por alguém, mas caíram pelo uso mal da liberdade, não querendo servir a Deus, querendo ser “como Deus”. Foi o pecado de soberba, nascido dentro deles mesmos.
Sabemos que o pecado original desorganizou a nossa natureza e ela ficou sujeita à concupiscência; isto é, a atração para o mal, sobretudo para a soberba e orgulho, ganância e ambição, luxúria e adultério. Nossas faculdades inferiores já não obedecem docilmente às inferiores; e por isso há um combate entre o bem e o mal em nossos membros. Por isso, ao invés do homem usar as criaturas para chegar a Deus, ele muitas vezes se torna escravo delas. Elas exercem um fascínio sobre nós, e é ai que a tentação nos desvia de Deus. Nenhum de nós, enquanto estamos nesta vida, somos livres da tentação, por termos nascidos com inclinação ao pecado.
Por que o demônio nos tenta? Porque ele quer afastar-nos da amizade de Deus. Como ele perdeu esta amizade e experimenta definitivamente a frustração, então, tenta aliviar sua dor fazendo-nos também rejeitar a Deus e participar da sua danação. Quem é revoltado como ele, não pode ver os outros em paz e feliz, porque se sente mal com isso.combate_espiritual
O livro da Sabedoria explica algo muito importante: “Ora, Deus criou o homem para a imortalidade, e o fez à imagem de sua própria natureza. Foi por inveja do demônio que a morte entrou no mundo, e os que pertencem ao demônio prová-la-ão” (Sab 2,23-24). “Deus não é o autor da morte, a perdição dos vivos não lhe dá alegria alguma” (Sab 1,13).
O livro do Apocalipse revela uma triste realidade; “houve uma batalha no céu, Miguel e seus anjos tiveram de combater o Dragão, Satanás, o sedutor do mundo inteiro. Foi precipitado na terra, e com ele os seus anjos” (Ap 12,9). São Pedro chama o demônio de adversário a contra quem devemos estar atentos: “Sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como leão que ruge, buscando a quem possa devorar. Resisti-lhe fortes na fé” (1Pe 5,8).
O demônio é um revoltado contra Deus e contra o Seu Reino, por isso Jesus veio vencê-lo e destruir o seu reino, com Sua morte na Cruz. A morte que o demônio faz entrar no mundo, pelo pecado, é a morte espiritual, da qual a morte física é um sinal. São Paulo explica tudo quando diz que “o salário do pecado é a morte” (Rom 6,23). Há duas mortes, diz São Tomás, uma é quando o corpo se separa da alma, mas a pior é a segunda, quando a alma se separa de Deus pelo pecado mortal.
São Leão Magno (†460), explica bem a ação do Mal: “O antigo inimigo, “disfarçando-se em anjo de luz” (2 Cor 11,14) não cessa de armar por toda parte as ciladas da mentira e de procurar de todo modo corromper a fé dos crentes. Sabe a quem incutir o ardor da cobiça, a quem oferecer os atrativos da gula, a quem inflamar com a luxúria, em quem infiltrar o veneno da inveja. Sabe a quem perturbar com a tristeza, a quem iludir com a alegria, a quem oprimir com o temor, a quem seduzir pela vaidade. Observa os costumes de todos, investiga as preocupações, perscruta os sentimentos; e procura meios de fazer mal onde vê alguém ocupar-se em algo com interesse. Entre os que acorrentou a si, dispõe de muitos peritos em suas artes, e serve-se de sua habilidade e sua língua para enganar os outros”.
São João disse que “o demônio peca desde o princípio. Eis porque o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do demônio” (1 João 3,8). Foi a luta sangrenta do bom Pastor contra o lobo, para defender as ovelhas. O Pastor foi ferido mortalmente, mas ressuscitou, e o lobo foi vencido. São Agostinho falava do demônio como um cão acorrentado e na coleira, e que só morte quem lhe chega perto.
O Tentador atua, sobretudo, pela mentira. Jesus nos revelou sua farsa. “Ele era homicida desde o princípio e não permaneceu na verdade, porque a verdade não está nele. Quando diz a mentira fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira” (João 8,44-45). Toda tentação é uma sedução pela mentira; como foi com Eva no Paraíso, e também conosco.
Na tentação há algo de bom, senão Deus não a permitiria. Sabemos que o ferro é provado pelo fogo e os justos pela tentação. Nossa maturidade espiritual se forja nas tentações, como o atleta se fortalece nos treinos. Santo Agostinho disse que “toda tentação é uma forma de inquisição. Por meio dela o homem se conhece a si mesmo. Ninguém conhece a si mesmo se não é tentado; nem pode ser coroado, se não vence; nem vencer, se não luta; nem lutar, se lhe faltam inimigos”. “Não fujas das mãos do Artífice e não temas: Deus permite as tentações, não para te arruinar, mas para fazer-te mais forte”.
Orígenes de Alexandria (†284), Padre da Igreja, dizia: “Deus não quer impor o bem, ele quer seres livres… Para alguma coisa a tentação serve. Todos, com exceção de Deus, ignoram o que nossa alma recebeu de Deus, até nós divinizacao_menormesmos. Mas a tentação o manifesta, para nos ensinar a conhecer-nos e, com isso, descobrir-nos nossa miséria e nos obrigar a dar graças pelos bens que a tentação nos manifestou”.
Nas tentações verificamos o quanto progredimos na vida espiritual; se revelam as nossas virtudes, e por elas temos méritos diante de Deus.
Não cair em tentação envolve uma decisão do coração. “Onde está o teu tesouro, aí estará também teu coração… Ninguém pode servir a dois senhores” (Mt 6,21.24). “Se vivemos pelo Espírito, pelo Espírito pautemos também nossa conduta” (Gl 5,25).
Prof. Felipe Aquino
Não dá para viver no mais ou menos
As pessoas que querem viver uma vida “mais ou menos”, um Cristianismo livre, vive no pecado
Prego esperança, vida, mas não posso deixar de dizer que, na Sagrada Escritura e no Catecismo da Igreja Católica, também consta que, qualquer pessoa, ao realizar uma reforma em sua casa, deve pegar os entulhos, a sujeira, as coisas velhas e estragadas e colocá-las para fora. O que é velho é velho, o que é estragado é estragado, o que é sujo é sujo, e devem ser descartados para que possa ser feito algo novo. Não é possível ter o bem misturado com o mal, porque este acaba contaminando aquele. Além de expulsar satanás e seus anjos rebeldes, Deus destruirá o pecado e toda a sujeira deste mundo.
As pessoas que querem viver uma vida “mais ou menos”, um Cristianismo livre, sem compromisso, vivendo a vida por viver se abalam quando ouvem falar que Deus realizará tudo isso, porque, ao se firmarem no “mais ou menos” nunca querem avançar e nunca querem a santidade. Não estão dispostas a sacrifício e a romper com o pecado. Querem ser de Deus, mas vivendo no pecado. Gostariam de uma vida nova, mas com tudo da vida velha. Não! Isso não dá!
Quando lhes são reveladas as verdades da Bíblia, a verdade que é Verdade, elas se assustam e buscam justificativas e desculpas para sua pouca fé. Mas o nosso Deus não é um Deus de desculpas, e sim, um Deus que cumprirá as promessas d’Ele. É isso que aguardamos do Senhor! É por isso que lutamos. Gastamos a vida, investimos, evangelizamos para valer, porque acreditamos numa humanidade nova e temos a certeza de que isso é verdade da Bíblia, doutrina da Igreja.
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova.
SANTO DO DIA - 18.03.2015
São Cirilo de Jerusalém
Desde o início dos tempos cristãos a heresia se infiltrara na Igreja, mas, foi no século IV, que ocorreram as do arianismo e do nestorianismo causando profundas divisões. Cirilo viveu nesse período em Jerusalém, perto de onde nascera em 315, de pais cristãos e bem situados financeiramente. Muito preparado, desde a infância, nas Sagradas Escrituras e nas matérias humanísticas, em 345, foi ordenado sacerdote. Em 348, foi consagrado, bispo de Jerusalém. Ocupou o cargo durante aproximadamente trinta e cinco anos, dezesseis dos quais passou no exílio, em três ocasiões diferentes. A primeira porque o bispo Acácio, de grande influencia na Igreja, cuja obra foi citada por São Jerônimo, acusou Cirilo de heresia. A segunda por ordem do imperador Constâncio que entendeu ser Cirílo realmente um simpatizante dos hereges, mas em sua defesa atuaram os bispos, Atanásio e Hilário, ambos Padres da Igreja assim como o próprio bispo Cirilo o é. A terceira, foi a mais longa , porque o imperador Valente, este sim herege, decidiu mandar de volta ao exílio todos os bispos anistiados, fato que fez Cirilo peregrinar durante onze anos, por várias cidades da Ásia, até a morte do soberano, em 378. O seu trabalho, entretanto resistiu a tudo e chegou até nossos dias e especialmente porque ele sabia ensinar o Evangelho, como poucos. Em sua cidade, logo que se tornou sacerdote e no início do episcopado era o responsável por preparar os catecúmenos, isto é, os adultos que se convertiam e iriam ser batizados. Foi nesse período que escreveu dezoito discursos catequéticos, um sermão, a carta ao imperador Constantino e outros pequenos fragmentos. Treze escritos eram dedicados à exposição geral da doutrina e cinco dedicados ao comentário dos ritos Sacramentais da iniciação cristã . Assim, seus escritos explicam detalhadamente os "como" e os "porquês" de cada oração, do batismo, da crisma, da penitência, dos sacramentos e dos mistérios do Cristianismo, ditos dogmas da Igreja.. Cirilo também soube viver a religião na prática. Numa época de grande carestia, por exemplo, não hesitou em vender valiosos vasos litúrgicos e outras preciosidades eclesiásticas, para matar a fome dos pobres da cidade. Ele morreu no ano 386. Desde o início de sua vida religiosa, Cirilo cujo caráter era afável e suave, sempre preferiu a catequese aos assuntos polêmicos, chegando quase a se comprometer com os arianos e semi-arianos. Porém, de maneira contundente aderiu à doutrina ortodoxa da Igreja no III Concílio ecumênico de Constantinopla, em 382, no qual ficou clara sua sempre fiel postura à Santa Sé e à Verdade de Cristo. Nessa oportunidade teve em seu favor a eloqüência das vozes dos sinceros bispos e amigos, Atanásio e Hilário, que o chamaram "valente lutador para defender a Igreja dos hereges que negam as verdades de nossa religião". Sua canonização demorou porque, durante muito tempo, seu pensamento teológico foi considerado vascilante, como dizem os registros. Em 1882, o Papa Leão XIII, na solenidade em que instituiu sua veneração, honrou São Cirilo de Jerusalém, com os títulos de doutor da Igreja e príncipe dos catequistas católicos.
São Cirilo de Jerusalém, rogai por nós!
Homilia - 18.03.2015
Precisamos trabalhar pela salvação da humanidade
Não importa a hora, o dia, não importa o momento, onde quer que eu e você estejamos precisamos trabalhar pela salvação da humanidade.
“Meu Pai trabalha sempre, portanto também eu trabalho” (João 5, 17).
A resposta dada por Jesus ao grupo de judeus que querem contestá-Lo por Ele ter realizado a cura daquele homem num dia de sábado e por ter feito tantos outros sinais neste dia é a seguinte: “Meu Pai trabalha sempre, portanto também eu trabalho” (João 5, 17). É como se Ele dissesse: “Meu Pai continua trabalhando, a obra d'Ele não parou com a criação do mundo. Muito pelo contrário, Ele criou todas as coisas, mas precisou continuar restaurando aquilo que foi criado, porque veio alguém e pisoteou, veio alguém e quebrou, porque o mal, o pecado e o inimigo da nossa salvação têm feito muito mal à obra e à salvação de Deus. Por isso, meu Pai continua trabalhando, continua cuidando, continua restaurando. E assim como meu Pai não para de trabalhar para cuidar da Sua obra, eu também trabalho”.
O trabalho de Jesus não é diferente do trabalho de Seu Pai, apenas que o Pai mandou o próprio Filho para estar entre nós e no meio de nós para restaurar e cuidar de todas as coisas, a começar pela obra-prima da criação: eu, você e todos nós, seres humanos.
Jesus se faz um de nós, assume nossa face e nossa humanidade para restaurar essa obra primitiva da criação: toda criatura humana. E por isso Jesus não escolhe o dia, seja sábado, seja domingo ou segunda-feira, Ele está ali nos curando, cuidando de nós, restaurando, abençoando e salvando-nos. A obra da criação não para, a restauração da humanidade vai até os confins do mundo e até o fim dos tempos!
Assim como Jesus não parou, nós também não podemos parar! Não podemos parar de cuidar da nossa alma, do nosso coração, de restaurar cada pedacinho de nós, que foi quebrado por obra do pecado, por obra deste mundo. Com a graça de Deus, o Pai quer nos restaurar a cada dia. E nós precisamos, com Jesus, precisamos, com o Pai, no poder do Espírito, salvar a obra de Deus.
Onde existir uma alma humana triste, sofrida, machucada, onde existir um filho de Deus distante e perdido à procura de salvação, nós precisaremos ser canais da graça! E não importa a hora, o dia, não importa o momento, onde quer que eu e você estejamos precisamos trabalhar pela salvação da humanidade.
É obrigação nossa, é responsabilidade de cada batizado assumir o seu papel na história da salvação da humanidade! Eu preciso olhar para trás e dizer: “Eu trabalhei pela restauração do mundo!” Precisamos, hoje, olhar para o nosso coração e dizer: "Eu estou trabalhando, dando o melhor de mim, do que eu posso, do que eu sei para poder restaurar, salvar e continuar operando a obra de Deus no meio de nós!".
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Liturgia Diária - 18.03.2015
Primeira Leitura (Is 49,8-15)
Leitura do Livro do Profeta Isaías.
8Isto diz o Senhor: “Eu atendo teus pedidos com favores e te ajudo na obra de salvação; preservei-te para seres elo de aliança entre os povos, para restaurar a terra, para distribuir a herança dispersa; 9para dizer aos que estão presos: ‘Saí!’ e aos que estão nas trevas: ‘Mostrai-vos’. E todos se alimentam pelas estradas e até nas colinas estéreis se abastecem; 10não sentem fome nem sede, não os castiga nem o calor nem o sol, porque o seu protetor toma conta deles e os conduz às fontes d’água.
11Farei de todos os montes uma estrada e os meus caminhos serão nivelados. 12Eis que estão vindo de longe, uns chegam do Norte e do lado do mar, e outros, da terra de Sinim”.
13Louvai, ó céus, alegra-te, terra; montanhas, fazei ressoar o louvor, porque o Senhor consola o seu povo e se compadece dos pobres. 14Disse Sião: “O Senhor abandonou-me, o Senhor esqueceu-se de mim!” 15Acaso pode a mulher esquecer-se do filho pequeno, a ponto de não ter pena do fruto de seu ventre? Se ela se esquecer, eu, porém, não me esquecerei de ti.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
- Graças a Deus.
Responsório (Sl 144)
— Misericórdia e piedade é o Senhor.
— Misericórdia e piedade é o Senhor.
— Misericórdia e piedade é o Senhor, ele é amor, é paciência, é compaixão. O Senhor é muito bom para com todos, sua ternura abraça toda criatura.
— O Senhor é amor fiel em sua palavra, é santidade em toda obra que ele faz. Ele sustenta todo aquele que vacila e levanta todo aquele que tombou.
— É justo o Senhor em seus caminhos, é santo em toda obra que ele faz. Ele está perto da pessoa que o invoca, de todo aquele que o invoca lealmente.
Evangelho (Jo 5,17-30)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 17Jesus respondeu aos judeus: “Meu Pai trabalha sempre, portanto também eu trabalho”. 18Então, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque, além de violar o sábado, chamava Deus o seu Pai, fazendo-se, assim, igual a Deus.
19Tomando a palavra, Jesus disse aos judeus: “Em verdade, em verdade vos digo, o Filho não pode fazer nada por si mesmo; ele faz apenas o que vê o Pai fazer. O que o Pai faz, o Filho o faz também. 20O Pai ama o Filho e lhe mostra tudo o que ele mesmo faz. E lhe mostrará obras maiores ainda, de modo que ficareis admirados.
21Assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá a vida, o Filho também dá a vida a quem ele quer. 22De fato, o Pai não julga ninguém, mas ele deu ao Filho o poder de julgar, 23para que todos honrem o Filho, assim como honram o Pai. Quem não honra o Filho, também não honra o Pai que o enviou.
24Em verdade, em verdade, eu vos digo, quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, possui a vida eterna. Não será condenado, pois já passou da morte para a vida. 25Em verdade, em verdade, eu vos digo: está chegando a hora, e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus e os que a ouvirem viverão.
26Porque, assim como o Pai possui a vida em si mesmo, do mesmo modo concedeu ao Filho possuir a vida em si mesmo. 27Além disso, deu-lhe o poder de julgar, pois ele é o Filho do Homem. 28Não fiqueis admirados com isso, porque vai chegar a hora em que todos os que estão nos túmulos ouvirão a voz do Filho e sairão: 29aqueles que fizeram o bem, ressuscitarão para a vida; e aqueles que praticaram o mal, para a condenação.
30Eu não posso fazer nada por mim mesmo. Eu julgo conforme o que escuto, e meu julgamento é justo, porque não procuro fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.
- Palavra da Salvação.
- Gloria, Vós Senhor!
terça-feira, 17 de março de 2015
Quem ama, arrisca
Certa vez, um homem estava viajando a pé numa região deserta, e se perdeu.
Depois que tinha bebido toda a água do seu corote, devido ao sol e ao calor, veio a sede. E agora? Onde encontrar água para beber? Ficou preocupado.
Quando já estava quase desfalecendo, viu uma casa velha abandonada. Contornando-a, deparou-se, no fundo, com uma cisterna bem funda. Dava para ele ver a água lá embaixo.
Havia uma bomba à manivela, e um cano que descia até a água. Mais que depressa, o homem girou a manivela. Mas não veio água!
Olhando de lado, ele viu uma garrafa cheia de água. Mas, grudado nela havia um bilhete que dizia: "Destarrache a porca do cano e despeje toda esta água nele. Depois gire a manivela, que a água subirá". Vendo aquela bomba enferrujada, o homem duvidou. Será que vai sair água mesmo? Não seria melhor eu tomar esta água da garrafa, para matar a minha sede?
Mas logo pensou: E se passar outro por aqui, na mesma situação minha, não vai ter esta água para despejar no cano. E decidiu: Despejou toda a água no cano. Em seguida, foi só girar a manivela, pronto, a água subiu em abundância.
Ele bebeu à vontade, encheu novamente a garrafa, encheu o seu corote e continuou a viagem.
Quem tem a Água Viva da graça, pensa nos outros. Nós não podemos pensar só em nós mesmos, esquecendo-nos do nosso próximo. Mesmo arriscando, é bom pensar no outro.
Oração para os que estão à espera de um grande amor
Senhor Deus, tu és o amor e me criaste para amar.
Procuro a pessoa que pensaste para mim de maneira especial.
Faze-me paciente na espera.
Sei que fizeste seu coração para mim e o meu coração para ela.
Ensina-me a guardar-me para esta pessoa, como ela se guardará para mim.
Que minha impaciência não me desvie do caminho nem me leve a buscar atalhos fáceis.
Treina-me no amor generoso aos outros, para que, quando a pessoa chegar, eu possa amá-la profundamente.
Ensina-me a orar por ela, pelos nossos processos pessoais, que vão amadurecendo nosso ser.
Cuida-a de todo mal, guarda-a em seu corpo, alma e espírito.
Ainda que não nos conheçamos, ajuda-nos a ser melhores a cada dia, mais solidários, mais generosos, mais puros de coração.
Bendito sejas, Senhor, nesta pessoa que pensaste para mim.
Bendito sejas, Senhor, que nos fizeste para amar e ser amados.
Bendito sejas, Senhor, no dia em que nos conhecermos, e que possamos empreender o caminho de “ser um” no amor.
Amém.
Procuro a pessoa que pensaste para mim de maneira especial.
Faze-me paciente na espera.
Sei que fizeste seu coração para mim e o meu coração para ela.
Ensina-me a guardar-me para esta pessoa, como ela se guardará para mim.
Que minha impaciência não me desvie do caminho nem me leve a buscar atalhos fáceis.
Treina-me no amor generoso aos outros, para que, quando a pessoa chegar, eu possa amá-la profundamente.
Ensina-me a orar por ela, pelos nossos processos pessoais, que vão amadurecendo nosso ser.
Cuida-a de todo mal, guarda-a em seu corpo, alma e espírito.
Ainda que não nos conheçamos, ajuda-nos a ser melhores a cada dia, mais solidários, mais generosos, mais puros de coração.
Bendito sejas, Senhor, nesta pessoa que pensaste para mim.
Bendito sejas, Senhor, que nos fizeste para amar e ser amados.
Bendito sejas, Senhor, no dia em que nos conhecermos, e que possamos empreender o caminho de “ser um” no amor.
Amém.
Bem comum e paz social
Como disse Francisco, não há paz social que não seja fruto do desenvolvimento integral de todos.
A perda do referencial do bem comum leva ao individualismo.
Por Dom Odilo Pedro Scherer*
Vivemos dias de apreensão e de humores alterados. Fatos graves de corrupção na administração dos bens do Estado, junto com certa crise econômica e política, levam a vários tipos de manifestações na opinião pública e nas organizações sociais. O Brasil está novamente com os nervos à flor da pele...
Certa vez, ouvi de um bispo bem experiente e já idoso esta observação: quando, ao meu redor, todos se agitam e pedem pressa, fico ainda mais calmo e me ponho a discernir bem sobre o que está acontecendo; só depois tomo decisões”. Parece um conselho interessante para motivar uma reflexão sobre um dos principais fundamentos da sociedade organizada e do Estado: o princípio do bem comum. A Doutrina Social da Igreja, desde Leão XIII, na segunda metade do século XIX, tem repetido constantemente que a busca do bem comum é a razão de ser da sociedade organizada e do Estado.
O que se entende por “bem comum”? Partindo dos ensinamentos do papa João XXIII, na encíclica Mater et Magistra (1961), o Concílio Vaticano II (1965) definiu o bem comum como o conjunto das condições da vida social que permitem aos grupos e a cada um de seus membros alcançarem de maneira mais fácil o desenvolvimento integral da pessoa humana e a realização dos legítimos objetivos dos grupos sociais (cf Constituição pastoral Gaudium et Spes, 26).
O bem comum está sempre relacionado com a pessoa humana e sua dignidade inviolável; nesse sentido, faz parte do bem comum tudo o que é necessário para assegurar a vida digna da pessoa humana: alimento, moradia, trabalho, educação, saúde, segurança, a justa liberdade para fazer escolhas, o direito à boa reputação, a conveniente informação... Para ser integral, o bom comum sempre se refere às necessidades do corpo e do espírito humano.
A busca e a promoção do bem comum “constituem a própria razão de ser dos Poderes Públicos”, afirmava Leão XIII em 1891, na primeira grande encíclica social (cf Rerum Novarum, nº 26). Esta convicção aparece continuamente nas palavras do magistério social da Igreja, até na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium (2013), do Papa Francisco: “É obrigação do Estado cuidar da promoção do bem comum da sociedade” (nº 240). Aos Poderes Públicos cabe, portanto, ordenar de tal forma o funcionamento do Estado e das relações sociais, que o bem comum seja assegurado para a sociedade inteira. A ordem social, a vida política e o progresso econômico devem estar sempre subordinados ao bem das pessoas, e não o contrário.
A noção de bem comum, adotada como princípio orientador da vida política, social e econômica, é oposta ao modelo de Estado liberal e de sociedade individualista. O que é bom para todos tem precedência sobre o que poderia ser um bem apenas individual; mas o Estado e a sociedade não podem buscar o seu bem, passando por cima da dignidade da pessoa humana, que deve ser sempre respeitada.
É bem antiga a convicção de que a autoridade civil não deve servir apenas ao interesse de um grupo ou de poucos cidadãos, pois ela deve estar a serviço de todos” (Leão XIII, Encíclica Immortale Dei,1885,V). Contudo, na sua missão de promover o bem comum, os Poderes Públicos devem dar atenção especial aos membros mais frágeis do corpo social, por razões de justiça e equidade; se o Estado existe para promover o bem de todos, precisa servir, especialmente, aos membros mais frágeis do corpo social, sobretudo quando estes se encontram marginalizados e discriminados em relação aos demais membros da sociedade na afirmação de seus legítimos direitos e interesses (cf Leão XIII, Rerum Novarum,1891, nº 29).
Por aí, entende-se que o bem comum inclui direitos e deveres. A satisfação dos interesses particulares precisa ser harmonizada com o bem mais amplo. Mais uma vez, é dever das Autoridades Públicas dispor os bens e serviços do Estado segundo critérios de justiça e equidade, para que todos tenham acesso a eles; o Estado não pode estar apenas a serviço de categorias privilegiadas, nem deixar-se instrumentalizar por elas para assegurar privilégios de modo unilateral e individualista, quando não desonesto. O bem comum está relacionado estreitamente com a prática da solidariedade.
Até aos trabalhadores recomendou o papa João XXIII que todos os setores do mundo do trabalho devem ser sensíveis aos apelos do bem comum, conciliando seus legítimos direitos e interesses com os direitos e necessidades de outras categorias econômico-profissionais (cf encíclica Mater et Magistra, 1961, nº 155). E o papa Francisco lembrou recentemente a todos: “a dignidade da pessoa humana e o bem comum estão acima da tranqüilidade de alguns, que não querem renunciar a seus privilégios” (Evangelii Gaudium, 2013, nº 218).
Olhando o cenário brasileiro atual, tem-se a impressão que seria preciso recuperar o princípio ético do bem comum na busca de soluções para os problemas crônicos que afligem o País. A corrupção e o desvio de recursos públicos denotam falta de senso ético e são contrários ao bem comum; da mesma forma, também o são a afirmação obsessiva de direitos individuais, por vezes mais supostos que reais, e a insensibilidade diante da condição ainda sofrível de grande parte da população brasileira. A perda do referencial do bem comum leva à afirmação de comportamentos sociais, políticos e econômicos sempre mais individualistas e tende ao triunfo da lei do mais forte: isso seria um retrocesso civilizatório.
Bem alertou o papa Francisco, na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, que o bem comum e a paz social estão entrelaçados: uma paz social, que não seja fruto do desenvolvimento integral de todos, “não terá futuro e será sempre semente de novos conflitos e variadas formas de violência” (nº 219).
*Dom Odilo Pedro Scherer é cardeal e arcebispo de São Paulo (SP).
A perda do referencial do bem comum leva ao individualismo.
Por Dom Odilo Pedro Scherer*
Vivemos dias de apreensão e de humores alterados. Fatos graves de corrupção na administração dos bens do Estado, junto com certa crise econômica e política, levam a vários tipos de manifestações na opinião pública e nas organizações sociais. O Brasil está novamente com os nervos à flor da pele...
Certa vez, ouvi de um bispo bem experiente e já idoso esta observação: quando, ao meu redor, todos se agitam e pedem pressa, fico ainda mais calmo e me ponho a discernir bem sobre o que está acontecendo; só depois tomo decisões”. Parece um conselho interessante para motivar uma reflexão sobre um dos principais fundamentos da sociedade organizada e do Estado: o princípio do bem comum. A Doutrina Social da Igreja, desde Leão XIII, na segunda metade do século XIX, tem repetido constantemente que a busca do bem comum é a razão de ser da sociedade organizada e do Estado.
O que se entende por “bem comum”? Partindo dos ensinamentos do papa João XXIII, na encíclica Mater et Magistra (1961), o Concílio Vaticano II (1965) definiu o bem comum como o conjunto das condições da vida social que permitem aos grupos e a cada um de seus membros alcançarem de maneira mais fácil o desenvolvimento integral da pessoa humana e a realização dos legítimos objetivos dos grupos sociais (cf Constituição pastoral Gaudium et Spes, 26).
O bem comum está sempre relacionado com a pessoa humana e sua dignidade inviolável; nesse sentido, faz parte do bem comum tudo o que é necessário para assegurar a vida digna da pessoa humana: alimento, moradia, trabalho, educação, saúde, segurança, a justa liberdade para fazer escolhas, o direito à boa reputação, a conveniente informação... Para ser integral, o bom comum sempre se refere às necessidades do corpo e do espírito humano.
A busca e a promoção do bem comum “constituem a própria razão de ser dos Poderes Públicos”, afirmava Leão XIII em 1891, na primeira grande encíclica social (cf Rerum Novarum, nº 26). Esta convicção aparece continuamente nas palavras do magistério social da Igreja, até na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium (2013), do Papa Francisco: “É obrigação do Estado cuidar da promoção do bem comum da sociedade” (nº 240). Aos Poderes Públicos cabe, portanto, ordenar de tal forma o funcionamento do Estado e das relações sociais, que o bem comum seja assegurado para a sociedade inteira. A ordem social, a vida política e o progresso econômico devem estar sempre subordinados ao bem das pessoas, e não o contrário.
A noção de bem comum, adotada como princípio orientador da vida política, social e econômica, é oposta ao modelo de Estado liberal e de sociedade individualista. O que é bom para todos tem precedência sobre o que poderia ser um bem apenas individual; mas o Estado e a sociedade não podem buscar o seu bem, passando por cima da dignidade da pessoa humana, que deve ser sempre respeitada.
É bem antiga a convicção de que a autoridade civil não deve servir apenas ao interesse de um grupo ou de poucos cidadãos, pois ela deve estar a serviço de todos” (Leão XIII, Encíclica Immortale Dei,1885,V). Contudo, na sua missão de promover o bem comum, os Poderes Públicos devem dar atenção especial aos membros mais frágeis do corpo social, por razões de justiça e equidade; se o Estado existe para promover o bem de todos, precisa servir, especialmente, aos membros mais frágeis do corpo social, sobretudo quando estes se encontram marginalizados e discriminados em relação aos demais membros da sociedade na afirmação de seus legítimos direitos e interesses (cf Leão XIII, Rerum Novarum,1891, nº 29).
Por aí, entende-se que o bem comum inclui direitos e deveres. A satisfação dos interesses particulares precisa ser harmonizada com o bem mais amplo. Mais uma vez, é dever das Autoridades Públicas dispor os bens e serviços do Estado segundo critérios de justiça e equidade, para que todos tenham acesso a eles; o Estado não pode estar apenas a serviço de categorias privilegiadas, nem deixar-se instrumentalizar por elas para assegurar privilégios de modo unilateral e individualista, quando não desonesto. O bem comum está relacionado estreitamente com a prática da solidariedade.
Até aos trabalhadores recomendou o papa João XXIII que todos os setores do mundo do trabalho devem ser sensíveis aos apelos do bem comum, conciliando seus legítimos direitos e interesses com os direitos e necessidades de outras categorias econômico-profissionais (cf encíclica Mater et Magistra, 1961, nº 155). E o papa Francisco lembrou recentemente a todos: “a dignidade da pessoa humana e o bem comum estão acima da tranqüilidade de alguns, que não querem renunciar a seus privilégios” (Evangelii Gaudium, 2013, nº 218).
Olhando o cenário brasileiro atual, tem-se a impressão que seria preciso recuperar o princípio ético do bem comum na busca de soluções para os problemas crônicos que afligem o País. A corrupção e o desvio de recursos públicos denotam falta de senso ético e são contrários ao bem comum; da mesma forma, também o são a afirmação obsessiva de direitos individuais, por vezes mais supostos que reais, e a insensibilidade diante da condição ainda sofrível de grande parte da população brasileira. A perda do referencial do bem comum leva à afirmação de comportamentos sociais, políticos e econômicos sempre mais individualistas e tende ao triunfo da lei do mais forte: isso seria um retrocesso civilizatório.
Bem alertou o papa Francisco, na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, que o bem comum e a paz social estão entrelaçados: uma paz social, que não seja fruto do desenvolvimento integral de todos, “não terá futuro e será sempre semente de novos conflitos e variadas formas de violência” (nº 219).
*Dom Odilo Pedro Scherer é cardeal e arcebispo de São Paulo (SP).
'Deus sonha com a alegria do seu povo'
Em missa, papa fala da segunda criação de Deus no mundo, à imagem de Jesus.
CIDADE DO VATICANO – O papa Francisco iniciou a semana celebrando a missa na capela da Casa Santa Marta. Partindo da primeira leitura do Profeta Isaías, onde o Senhor diz que criará "novos céus e nova terra", o papa reiterou que a segunda criação de Deus é ainda mais “maravilhosa” do que a primeira, porque “quando o Senhor refaz o mundo corrompido pelo pecado”, o ‘refaz’ em Jesus Cristo.
“Encontramos que o Senhor tem tanto entusiasmo: fala de alegria e de uma palavra: ‘Sentirei alegria em meu povo’. O Senhor pensa naquilo que fará, pensa que Ele, Ele próprio, estará na alegria com o seu povo. É como se fosse um sonho do Senhor: o Senhor sonha. Tem o seus sonhos. Os seus sonhos em relação a nós. ‘Ah, que belo quando nos encontraremos todos juntos, quando nos encontraremos lá ou quando aquela pessoa caminhará comigo... Naquele momento, sentirei alegria!’. Para dar um exemplo que possa nos ajudar, é como se uma moça com o seu namorado ou o jovem com a namorada (pensasse): ‘Mas quando estivermos juntos, quando nos casarmos …’. É o ‘sonho’ de Deus”.
Francisco prosseguiu dizendo que “Deus pensa em cada um de nós” e pensa de maneira positiva, “nos quer bem, ‘sonha’ pensando em nós. Sonha com a alegria que sentirá conosco. Por isso, o Senhor quer nos ‘re-criar’, fazer com que nosso coração se renove, ‘re-criar’ o nosso coração para que a alegria triunfe”.
"Vocês pensaram? O Senhor sonha comigo, pensa em mim! Eu estou na mente, no coração do Senhor! O Senhor é capaz de mudar a minha vida e faz muitos planos: Construiremos casas, plantaremos vinhas e comeremos juntos... todos esses sonhos que faz somente uma pessoa apaixonada. O Senhor se mostra apaixonado pelo seu povo e lhe diz: Eu não escolhi você porque você é o mais forte, grande e poderoso. Eu escolhi você porque você é o menor de todos. Pode-se dizer: o mais miserável de todos, mas eu escolhi você assim e isso é amor".
Deus "é apaixonado por nós", repetiu o papa, comentando também a passagem do Evangelho sobre a cura do filho do funcionário do rei: "Acredito que não exista teólogo que possa explicar isso: não se explica. Somente sobre isso se pode pensar, sentir e chorar de alegria. O Senhor pode nos mudar. E o que devo fazer? Crer. Crer que o Senhor pode me mudar, que Ele é poderoso: como fez aquele homem, no Evangelho, que tinha um filho doente. Senhor, vem antes que o meu filho morra. Vai, o teu filho vive! Aquele homem acreditou na palavra que Jesus lhe tinha dito e se colocou a caminho. Ele acreditou. Acreditou que Jesus tinha o poder de mudar o seu filho, a saúde de seu filho. E venceu. A fé significa abrir espaço para este amor de Deus, é abrir espaço para a força, para o poder de Deus, mas não ao poder de um que é muito poderoso, mas ao poder de uma pessoa que me ama, que é apaixonada por mim e que quer a minha alegria comigo. Isto é fé. Isto é crer: é abrir espaço ao Senhor para que Ele venha e me mude".
SIR
CIDADE DO VATICANO – O papa Francisco iniciou a semana celebrando a missa na capela da Casa Santa Marta. Partindo da primeira leitura do Profeta Isaías, onde o Senhor diz que criará "novos céus e nova terra", o papa reiterou que a segunda criação de Deus é ainda mais “maravilhosa” do que a primeira, porque “quando o Senhor refaz o mundo corrompido pelo pecado”, o ‘refaz’ em Jesus Cristo.
“Encontramos que o Senhor tem tanto entusiasmo: fala de alegria e de uma palavra: ‘Sentirei alegria em meu povo’. O Senhor pensa naquilo que fará, pensa que Ele, Ele próprio, estará na alegria com o seu povo. É como se fosse um sonho do Senhor: o Senhor sonha. Tem o seus sonhos. Os seus sonhos em relação a nós. ‘Ah, que belo quando nos encontraremos todos juntos, quando nos encontraremos lá ou quando aquela pessoa caminhará comigo... Naquele momento, sentirei alegria!’. Para dar um exemplo que possa nos ajudar, é como se uma moça com o seu namorado ou o jovem com a namorada (pensasse): ‘Mas quando estivermos juntos, quando nos casarmos …’. É o ‘sonho’ de Deus”.
Francisco prosseguiu dizendo que “Deus pensa em cada um de nós” e pensa de maneira positiva, “nos quer bem, ‘sonha’ pensando em nós. Sonha com a alegria que sentirá conosco. Por isso, o Senhor quer nos ‘re-criar’, fazer com que nosso coração se renove, ‘re-criar’ o nosso coração para que a alegria triunfe”.
"Vocês pensaram? O Senhor sonha comigo, pensa em mim! Eu estou na mente, no coração do Senhor! O Senhor é capaz de mudar a minha vida e faz muitos planos: Construiremos casas, plantaremos vinhas e comeremos juntos... todos esses sonhos que faz somente uma pessoa apaixonada. O Senhor se mostra apaixonado pelo seu povo e lhe diz: Eu não escolhi você porque você é o mais forte, grande e poderoso. Eu escolhi você porque você é o menor de todos. Pode-se dizer: o mais miserável de todos, mas eu escolhi você assim e isso é amor".
Deus "é apaixonado por nós", repetiu o papa, comentando também a passagem do Evangelho sobre a cura do filho do funcionário do rei: "Acredito que não exista teólogo que possa explicar isso: não se explica. Somente sobre isso se pode pensar, sentir e chorar de alegria. O Senhor pode nos mudar. E o que devo fazer? Crer. Crer que o Senhor pode me mudar, que Ele é poderoso: como fez aquele homem, no Evangelho, que tinha um filho doente. Senhor, vem antes que o meu filho morra. Vai, o teu filho vive! Aquele homem acreditou na palavra que Jesus lhe tinha dito e se colocou a caminho. Ele acreditou. Acreditou que Jesus tinha o poder de mudar o seu filho, a saúde de seu filho. E venceu. A fé significa abrir espaço para este amor de Deus, é abrir espaço para a força, para o poder de Deus, mas não ao poder de um que é muito poderoso, mas ao poder de uma pessoa que me ama, que é apaixonada por mim e que quer a minha alegria comigo. Isto é fé. Isto é crer: é abrir espaço ao Senhor para que Ele venha e me mude".
SIR
Sintomas de uma aridez espiritual
Há momentos na vida que tudo está perfeitamente bom; outros apresentam-se nebulosos
Quando menos esperamos, as tempestades chegam. O vento forte parece arrancar-nos da segurança que antes havíamos experimentado, mas basta uma linda manhã com céu azul para percebermos que a tempestade se foi e deixou atrás de si um grande trabalho de reconstrução.
Nossa vida espiritual passa por esse mesmo processo. Há momentos em que conseguimos fazer uma linda experiência com o amor de Deus. Oramos e sentimos a presença d’Ele ao nosso lado em muitos momentos de nossa caminhada espiritual. Contudo, há tempos em nossa vida de oração que o Senhor parece estar longe de nossa presença.
No campo da espiritualidade, chamamos esses momentos de “aridez espiritual”. Caminhamos sob o sol escaldante da incerteza e buscamos um Oásis que nos sacie com a Água da Vida, e assim nos devolva a certeza de antes, a qual havíamos perdido.
Nossa vida espiritual e de oração não são estáveis; ao contrário, são instáveis. Poderíamos compará-las a um gráfico com altos e baixos. Há momentos em que tudo está perfeito e sentimos Deus com todo o nosso ser. Em outras ocasiões, não conseguimos percebê-Lo ao nosso lado.
Quando muitas pessoas entram no processo de enfrentar, na vida de fé, um deserto espiritual, desesperam-se. Não conseguem compreender que a vida de oração é um caminhar constante. Somos eternos peregrinos em busca de Deus.
Olhando sob outra perspectiva, os desertos espirituais são importantes para nossa vida de oração. Se os nossos momentos de oração fossem estáveis, correríamos o risco de nos acostumarmos e entrarmos no comodismo espiritual; e então a monotonia tomaria conta do nosso ser. Mas quando surge, na vida, um momento de aridez, tomamos consciência de que as dificuldades são necessárias para o nosso crescimento humano e espiritual. E assim somos obrigados a nos desinstalar e sair em peregrinação em busca d’Aquele que pode saciar todas as nossas mais profundas sedes.
Quem enfrenta uma aridez espiritual terá de caminhar em busca do oásis, no qual se encontra o próprio Deus. Encontrando-O, redescobriremos a alegria do encontro. No entanto, há muitas pessoas que desanimam na travessia dos desertos espirituais da vida e estacionam no meio da caminhada. Uma vez estacionadas, perdem o ânimo e não conseguem chegar à Fonte da Vida. Perdem-se em si mesmas e em seus próprios medos.
Na vida de oração, não fazemos a experiência de Deus somente nos momentos bons. O Senhor também se mostra presente quando não sentimos Sua presença conosco. Na travessia do deserto, é o próprio Deus quem caminha ao nosso lado, segurando nossa mão e dizendo ao nosso coração: “Não tenha medo, pois eu estou com você. Não precisa olhar com desconfiança, pois eu sou o seu Deus. Eu fortaleço você, eu o ajudo e o sustento com minha direita vitoriosa” (Is 41,10).
Padre Flávio Sobreiro
Padre Flávio Sobreiro Bacharel em Filosofia pela PUCCAMP.
Quando menos esperamos, as tempestades chegam. O vento forte parece arrancar-nos da segurança que antes havíamos experimentado, mas basta uma linda manhã com céu azul para percebermos que a tempestade se foi e deixou atrás de si um grande trabalho de reconstrução.
Nossa vida espiritual passa por esse mesmo processo. Há momentos em que conseguimos fazer uma linda experiência com o amor de Deus. Oramos e sentimos a presença d’Ele ao nosso lado em muitos momentos de nossa caminhada espiritual. Contudo, há tempos em nossa vida de oração que o Senhor parece estar longe de nossa presença.
No campo da espiritualidade, chamamos esses momentos de “aridez espiritual”. Caminhamos sob o sol escaldante da incerteza e buscamos um Oásis que nos sacie com a Água da Vida, e assim nos devolva a certeza de antes, a qual havíamos perdido.
Nossa vida espiritual e de oração não são estáveis; ao contrário, são instáveis. Poderíamos compará-las a um gráfico com altos e baixos. Há momentos em que tudo está perfeito e sentimos Deus com todo o nosso ser. Em outras ocasiões, não conseguimos percebê-Lo ao nosso lado.
Quando muitas pessoas entram no processo de enfrentar, na vida de fé, um deserto espiritual, desesperam-se. Não conseguem compreender que a vida de oração é um caminhar constante. Somos eternos peregrinos em busca de Deus.
Olhando sob outra perspectiva, os desertos espirituais são importantes para nossa vida de oração. Se os nossos momentos de oração fossem estáveis, correríamos o risco de nos acostumarmos e entrarmos no comodismo espiritual; e então a monotonia tomaria conta do nosso ser. Mas quando surge, na vida, um momento de aridez, tomamos consciência de que as dificuldades são necessárias para o nosso crescimento humano e espiritual. E assim somos obrigados a nos desinstalar e sair em peregrinação em busca d’Aquele que pode saciar todas as nossas mais profundas sedes.
Quem enfrenta uma aridez espiritual terá de caminhar em busca do oásis, no qual se encontra o próprio Deus. Encontrando-O, redescobriremos a alegria do encontro. No entanto, há muitas pessoas que desanimam na travessia dos desertos espirituais da vida e estacionam no meio da caminhada. Uma vez estacionadas, perdem o ânimo e não conseguem chegar à Fonte da Vida. Perdem-se em si mesmas e em seus próprios medos.
Na vida de oração, não fazemos a experiência de Deus somente nos momentos bons. O Senhor também se mostra presente quando não sentimos Sua presença conosco. Na travessia do deserto, é o próprio Deus quem caminha ao nosso lado, segurando nossa mão e dizendo ao nosso coração: “Não tenha medo, pois eu estou com você. Não precisa olhar com desconfiança, pois eu sou o seu Deus. Eu fortaleço você, eu o ajudo e o sustento com minha direita vitoriosa” (Is 41,10).
Padre Flávio Sobreiro
Padre Flávio Sobreiro Bacharel em Filosofia pela PUCCAMP.
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