sábado, 31 de janeiro de 2015

É lícito fazer correntes de oração?


As conhecidas “correntes de oração” – em que as pessoas pedem que se propague a devoção a um santo, sob a pena de maldição e desgraças – saíram dos bancos das igrejas e estão nos meios eletrônicos. Ainda que se admita, benevolamente, que essa iniciativa possa ter nascido com boa intenção – a de fazer crescer o amor a determinado santo –, o que se encontra em boa parte dessas correntes é uma realidade chamada superstição.
Superstição vem do latim superstitio, que quer dizer: remanescente, algo que sobrou. O mundo antigo foi evangelizado pelo Cristianismo, mas, infelizmente, em muitos lugares, ficaram resquícios da antiga religião, do paganismo. A superstição é isto: restos de mentalidade pagã na vida de pessoas já convertidas.
O Catecismo da Igreja Católica diz que esse pecado contra a virtude da religião acontece quando se atribui “eficácia exclusivamente à materialidade das orações ou dos sinais sacramentais, sem levar em conta as disposições interiores que elas exigem” [1]. Quando, por exemplo, um fiel, ao invés de converter-se e abandonar o pecado, acredita que vai se salvar porque usa o escapulário do Carmo, está pondo sua esperança na “materialidade” desta devoção, ao invés de assumir as “disposições interiores” que ela exige.
Do mesmo modo, quando se encontra, no banco de uma igreja, papéis lançando maldições caso cópias daquela oração não forem feitas e distribuídas em várias igrejas, não se deve temer. Esses tipos de ameaça certamente não têm lugar na verdadeira religião cristã. Os santos não precisam desse tipo de propaganda negativa para terem sua fama espalhada entre as pessoas.
É claro que é importante propagar a devoção e o amor aos santos: desse modo, eles podem ser conhecidos e invocados pelas pessoas, além de atuar como suas benfeitoras, do Céu, onde se encontram. Entretanto, essa propaganda não deve ser feita de modo supersticioso. As orações que fazemos devem comportar uma disposição em fazer a vontade de Deus. Quando Jesus nos ensinou a rezar, Ele disse: “seja feita a Vossa vontade”, isto é, a divina, não a nossa.
No frontispício de uma dessas correntes de oração dedicadas a São Judas Tadeu, encontrava-se a seguinte absurdidade: “Eu quero, eu posso, eu faço, eu consigo”. O verdadeiro Cristianismo não é assim: para que nossas orações sejam atendidas, é preciso que as conformemos à vontade de Deus; que o nosso coração deseje tão somente aquilo que Ele, desde toda a eternidade, quer nos conceder.

Padre Paulo Ricardo

Igreja celebra memória litúrgica de São João Bosco


Igreja celebra memória litúrgica de São João Bosco

Dom Bosco foi beatificado em 2 de junho de 1929 e canonizado em 1 de abril de 1934

A Igreja celebra neste sábado, 31, a festa litúrgica de São João Bosco, santo italiano, fundador da Congregação Salesiana, que dedicou sua vida ao cuidado dos jovens.

Nasceu em 1815, no século XIX,  uma época de avanços da industrialização e da exploração humana nas fábricas. Naquela época, muitas crianças pobres desejavam ser sacerdotes para tornarem-se ricas e ajudarem a família. Mas, para João Bosco, a vontade de ser padre era para poder cuidar das pessoas, especialmente dos mais jovens. “Quando crescer quero ser sacerdote para tomar conta dos meninos. Os meninos são bons; se há meninos maus é porque não há quem cuide deles”, dizia o pequeno João Bosco, que, desde cedo, já tinha um chamado à vocação.

Ordenado sacerdote em 1841, escolheu como programa de vida: “Da mihi animas cetera tolle” (Gn 14, 21) e começou o seu apostolado no meio dos jovens mais pobres, fundando o Oratório e colocando-o sob a proteção de São Francisco de Sales.

Escolheu entre seus jovens, os melhores colaboradores de sua obra, dando origem à Sociedade de São Francisco de Sales (Salesianos de Dom Bosco). Junto com Santa Maria Domingas Mazzarello fundou o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora. Criou ainda os Salesianos Cooperadores, com leigos e leigas,  para ajudar e apoiar a obra da educação da juventude, antecipando assim novas formas de apostolado na Igreja.

Dom Bosco foi beatificado em 2 de junho de 1929 e canonizado em 1 de abril  de 1934. No Centenário de sua morte, em 31 de janeiro de 1988, o Papa João Paulo II o declarou e proclamou Pai e Mestre da juventude.  Seu corpo repousa na Basílica de Maria Auxiliadora, em Turim.

Em 2015, a Igreja, junto da família salesiana, nos 132 países onde a Congregação está presente, celebram o bicentenário do nascimento do santo, pai da juventude. Dom Bosco foi beatificado em 2 de junho de 1929 e canonizado em 1 de abril de 1934
A Igreja celebra neste sábado, 31, a festa litúrgica de São João Bosco, santo italiano, fundador da Congregação Salesiana, que dedicou sua vida ao cuidado dos jovens.
Nasceu em 1815, no século XIX, uma época de avanços da industrialização e da exploração humana nas fábricas. Naquela época, muitas crianças pobres desejavam ser sacerdotes para tornarem-se ricas e ajudarem a família. Mas, para João Bosco, a vontade de ser padre era para poder cuidar das pessoas, especialmente dos mais jovens. “Quando crescer quero ser sacerdote para tomar conta dos meninos. Os meninos são bons; se há meninos maus é porque não há quem cuide deles”, dizia o pequeno João Bosco, que, desde cedo, já tinha um chamado à vocação.
Ordenado sacerdote em 1841, escolheu como programa de vida: “Da mihi animas cetera tolle” (Gn 14, 21) e começou o seu apostolado no meio dos jovens mais pobres, fundando o Oratório e colocando-o sob a proteção de São Francisco de Sales.
Escolheu entre seus jovens, os melhores colaboradores de sua obra, dando origem à Sociedade de São Francisco de Sales (Salesianos de Dom Bosco). Junto com Santa Maria Domingas Mazzarello fundou o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora. Criou ainda os Salesianos Cooperadores, com leigos e leigas, para ajudar e apoiar a obra da educação da juventude, antecipando assim novas formas de apostolado na Igreja.
Dom Bosco foi beatificado em 2 de junho de 1929 e canonizado em 1 de abril de 1934. No Centenário de sua morte, em 31 de janeiro de 1988, o Papa João Paulo II o declarou e proclamou Pai e Mestre da juventude. Seu corpo repousa na Basílica de Maria Auxiliadora, em Turim.
Em 2015, a Igreja, junto da família salesiana, nos 132 países onde a Congregação está presente, celebram o bicentenário do nascimento do santo, pai da juventude.

Como lidar com a saudade


“Só se tem saudades do que é bom, se chorei de saudades não foi por fraqueza, foi porque amei…”

Canções como essa, do diácono Nelsinho Corrêa, e tantas outras que conhecemos, além de poemas e versos que foram inspirados em corações saudosos ao longo dos anos, tentam exprimir esse sentimento tão nobre que mereceu até mesmo uma data em nosso calendário. 30 de janeiro é o Dia Nacional da Saudade!
De origem latina, “saudade” é fruto da transformação da palavra solidão, que, no latim, seria solitatem. Com o passar dos anos, a mudança dos tempos e a variação da pronúncia sofrida pela influência das diversas raças, o resultado é a nossa saudade, sentimento tão familiar que até dispensa tradução.
Quem já abriu o coração ao amor sabe bem o seu significado. Talvez, uma mistura de alegria e dor. Alegria por ter vivido algo bom e dor por estar privado dessa alegria no momento presente. Mas será que é só isso?
Na verdade, é muito mais. Pesquisadores afirmam que saudade é uma das palavras mais difíceis de traduzir em praticamente todas as línguas. E quando se fala da nossa saudade, em termos brasileiros, é ainda mais complicado, porque ela está ligada a muitos fatores, inclusive à cultura, que tem por si só uma explosão de sentidos. O fato é que a saudade não está ligada somente às pessoas, mas também a lugares, tempos, situações, cheiros, sabores e tantas outras coisas que marcam nossa história.
Quem não se recorda, por exemplo, dos amigos da infância, das brincadeiras, dos passeios da escola, dos primeiros acenos do amor? São recordações que nos transportam de um tempo a outro em segundos, e isso é fruto da saudade. Esse sentimento, que tem sentido próprio para cada um, é traduzido no dicionário como “uma sensação de incompletude, ligada à privação de pessoas, lugares, experiências, prazeres já vividos e vistos, que ainda são um bem desejável”. Digamos que é algo ligado ao amor, ao afeto ou coisa assim, que é bom, mas, às vezes, “amarga que nem jiló”, como afirma o grande compositor nordestino Luiz Gonzaga em uma de suas famosas canções.
O interessante é que, na mesma música, ele relata também que aprendeu a lidar com a saudade de um jeito diferente: “…mas ninguém pode dizer, que me viu triste a chorar, saudade o meu remédio é cantar”. Aí está uma via que muitos artistas seguiram, deixando, ao longo dos anos, um arsenal de poesias e versos como herança: transformar o sentimento em arte, conduzi-lo à gratidão. E gratidão é a palavra que vem a minha mente quando penso em saudade!
Como “só sentimos saudades do que é bom”, em vez de pararmos na dor, por que não agradecer?
Sim, agradecer por aquilo que nos fez bem. Por exemplo: eu tenho saudades do meu pai que já partiu para a eternidade, mas sempre que me recordo dele, a gratidão por ter tido um pai tão bom é maior que o sentimento de vazio que sua morte deixou. Então, sinto saudades sim, e muita! Mas sou grata, e isso me faz seguir em frente de coração aberto ao amor e à vida.
Penso que reconhecer as coisas boas que já recebemos, e mais ainda, relembrar com gratidão as pessoas que Deus nos permitiu conhecer, cativar e amar, seja uma boa dica para celebrar o dia da saudade. E como “relembrar é, de certa forma, reviver”, relembremos momentos bons da nossa história, pessoas queridas que fazem parte dela e expressemos nosso amor deixando o coração falar através dos meios que estão ao nosso alcance. E porque só se tem saudades do que é bom – e de coisas boas só faz sentido lembrar com gratidão –, sejamos gratos também pela saudade!

Como lidar com a saudade

“Só se tem saudades do que é bom, se chorei de saudades não foi por fraqueza, foi porque amei…”

Canções como essa, do diácono Nelsinho Corrêa, e tantas outras que conhecemos, além de poemas e versos que foram inspirados em corações saudosos ao longo dos anos, tentam exprimir esse sentimento tão nobre que mereceu até mesmo uma data em nosso calendário. 30 de janeiro é o Dia Nacional da Saudade!

De origem latina, “saudade” é fruto da transformação da palavra solidão, que, no latim, seria solitatem. Com o passar dos anos, a mudança dos tempos e a variação da pronúncia sofrida pela influência das diversas raças, o resultado é a nossa saudade, sentimento tão familiar que até dispensa tradução.

Quem já abriu o coração ao amor sabe bem o seu significado. Talvez, uma mistura de alegria e dor. Alegria por ter vivido algo bom e dor por estar privado dessa alegria no momento presente. Mas será que é só isso?

Na verdade, é muito mais. Pesquisadores afirmam que saudade é uma das palavras mais difíceis de traduzir em praticamente todas as línguas. E quando se fala da nossa saudade, em termos brasileiros, é ainda mais complicado, porque ela está ligada a muitos fatores, inclusive à cultura, que tem por si só uma explosão de sentidos. O fato é que a saudade não está ligada somente às pessoas, mas também a lugares, tempos, situações, cheiros, sabores e tantas outras coisas que marcam nossa história.

Quem não se recorda, por exemplo, dos amigos da infância, das brincadeiras, dos passeios da escola, dos primeiros acenos do amor? São recordações que nos transportam de um tempo a outro em segundos, e isso é fruto da saudade. Esse sentimento, que tem sentido próprio para cada um, é traduzido no dicionário como “uma sensação de incompletude, ligada à privação de pessoas, lugares, experiências, prazeres já vividos e vistos, que ainda são um bem desejável”. Digamos que é algo ligado ao amor, ao afeto ou coisa assim, que é bom, mas, às vezes, “amarga que nem jiló”, como afirma o grande compositor nordestino Luiz Gonzaga em uma de suas famosas canções.

O interessante é que, na mesma música, ele relata também que aprendeu a lidar com a saudade de um jeito diferente: “…mas ninguém pode dizer, que me viu triste a chorar, saudade o meu remédio é cantar”. Aí está uma via que muitos artistas seguiram, deixando, ao longo dos anos, um arsenal de poesias e versos como herança: transformar o sentimento em arte, conduzi-lo à gratidão. E gratidão é a palavra que vem a minha mente quando penso em saudade!

Como “só sentimos saudades do que é bom”, em vez de pararmos na dor, por que não agradecer?

Sim, agradecer por aquilo que nos fez bem. Por exemplo: eu tenho saudades do meu pai que já partiu para a eternidade, mas sempre que me recordo dele, a gratidão por ter tido um pai tão bom é maior que o sentimento de vazio que sua morte deixou. Então, sinto saudades sim, e muita! Mas sou grata, e isso me faz seguir em frente de coração aberto ao amor e à vida.

Penso que reconhecer as coisas boas que já recebemos, e mais ainda, relembrar com gratidão as pessoas que Deus nos permitiu conhecer, cativar e amar, seja uma boa dica para celebrar o dia da saudade. E como “relembrar é, de certa forma, reviver”, relembremos momentos bons da nossa história, pessoas queridas que fazem parte dela e expressemos nosso amor deixando o coração falar através dos meios que estão ao nosso alcance. E porque só se tem saudades do que é bom – e de coisas boas só faz sentido lembrar com gratidão –, sejamos gratos também pela saudade!

Dijanira Silva
Dijanira Silva, missionária da Comunidade Canção Nova



Dijanira Silva
Dijanira Silva, missionária da Comunidade Canção Nova

Momento Certo = Kairós = Tempo de Deus!!!

PAZ E BEM!!!

Talvez você esqueça amanhã as palavras gentis que disse hoje, mas quem as recebeu lembrará por toda a vida!

Padre Marcelo Rossi
Momento Certo = Kairós = Tempo de Deus!!!


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Santo do Dia - 31.01.2015

São João Bosco, um homem voltado para o céu

Santo do Dia - 31.01.2015

São João Bosco, um homem voltado para o céu

Nasceu perto de Turim, na Itália, em 1815. Muito cedo conheceu o que significava a palavra sofrimento, pois perdeu o pai tendo apenas 2 anos. Sofreu incompreensões por causa de um irmão muito violento que teve. Dom Bosco quis ser sacerdote, mas sua mãe o alertava: “Se você quer ser padre para ser rico, eu não vou visitá-lo, porque nasci na pobreza e quero morrer nela”.

Logo, Dom Bosco foi crescendo diante do testemunho de sua mãe Margarida, uma mulher de oração e discernimento. Ele teve que sair muito cedo de casa, mas aquele seu desejo de ser padre o acompanhou. Com 26 anos de idade, ele recebeu a graça da ordenação sacerdotal. Um homem carismático, Dom Bosco sofreu. Desde cedo, ele foi visitado por sonhos proféticos que só vieram a se realizar ao longo dos anos. Um homem sensível, de caridade com os jovens, se fez tudo para todos. Dom Bosco foi ao encontro da necessidade e da realidade daqueles jovens que não tinham onde viver, necessitavam de uma nova evangelização, de acolhimento. Um sacerdote corajoso, mas muito incompreendido. Foi chamado de louco por muitos devido à sua ousadia e à sua docilidade ao Divino Espírito Santo.

Dom Bosco, criador dos oratórios; catequeses e orientações profissionais foram surgindo para os jovens. Enfim, Dom Bosco era um homem voltado para o céu e, por isso, enraizado com o sofrimento humano, especialmente, dos jovens. Grande devoto da Santíssima Virgem Auxiliadora, foi um homem de trabalho e oração. Exemplo para os jovens, foi pai e mestre, como encontramos citado na liturgia de hoje. São João Bosco foi modelo, mas também soube observar tantos outros exemplos. Fundou a Congregação dos Salesianos dedicada à proteção de São Francisco de Sales, que foi o santo da mansidão. Isso que Dom Bosco foi também para aqueles jovens e para muitos, inclusive aqueles que não o compreendiam.

Para a Canção Nova, para a Igreja e para todos nós, é um grande intercessor, porque viveu a intimidade com Nosso Senhor. Homem orante, de um trabalho santificado, em tudo viveu a inspiração de Deus. Deixou uma grande família, um grande exemplo de como viver na graça, fiel a Nosso Senhor Jesus Cristo.

Em 31 de janeiro de 1888, tendo se desgastado por amor a Deus e pela salvação das almas, ele partiu. Mas está conosco no seu testemunho e na sua intercessão.

São João Bosco, rogai por nós! Nasceu perto de Turim, na Itália, em 1815. Muito cedo conheceu o que significava a palavra sofrimento, pois perdeu o pai tendo apenas 2 anos. Sofreu incompreensões por causa de um irmão muito violento que teve. Dom Bosco quis ser sacerdote, mas sua mãe o alertava: “Se você quer ser padre para ser rico, eu não vou visitá-lo, porque nasci na pobreza e quero morrer nela”.
Logo, Dom Bosco foi crescendo diante do testemunho de sua mãe Margarida, uma mulher de oração e discernimento. Ele teve que sair muito cedo de casa, mas aquele seu desejo de ser padre o acompanhou. Com 26 anos de idade, ele recebeu a graça da ordenação sacerdotal. Um homem carismático, Dom Bosco sofreu. Desde cedo, ele foi visitado por sonhos proféticos que só vieram a se realizar ao longo dos anos. Um homem sensível, de caridade com os jovens, se fez tudo para todos. Dom Bosco foi ao encontro da necessidade e da realidade daqueles jovens que não tinham onde viver, necessitavam de uma nova evangelização, de acolhimento. Um sacerdote corajoso, mas muito incompreendido. Foi chamado de louco por muitos devido à sua ousadia e à sua docilidade ao Divino Espírito Santo.
Dom Bosco, criador dos oratórios; catequeses e orientações profissionais foram surgindo para os jovens. Enfim, Dom Bosco era um homem voltado para o céu e, por isso, enraizado com o sofrimento humano, especialmente, dos jovens. Grande devoto da Santíssima Virgem Auxiliadora, foi um homem de trabalho e oração. Exemplo para os jovens, foi pai e mestre, como encontramos citado na liturgia de hoje. São João Bosco foi modelo, mas também soube observar tantos outros exemplos. Fundou a Congregação dos Salesianos dedicada à proteção de São Francisco de Sales, que foi o santo da mansidão. Isso que Dom Bosco foi também para aqueles jovens e para muitos, inclusive aqueles que não o compreendiam.
Para a Canção Nova, para a Igreja e para todos nós, é um grande intercessor, porque viveu a intimidade com Nosso Senhor. Homem orante, de um trabalho santificado, em tudo viveu a inspiração de Deus. Deixou uma grande família, um grande exemplo de como viver na graça, fiel a Nosso Senhor Jesus Cristo.
Em 31 de janeiro de 1888, tendo se desgastado por amor a Deus e pela salvação das almas, ele partiu. Mas está conosco no seu testemunho e na sua intercessão.

São João Bosco, rogai por nós!

Homilia - 31.01.2015


A confiança no Senhor nos ajuda a ter serenidade

A confiança no Senhor nos ajuda a ter serenidade! Busquemos a serenidade do Senhor porque ela nos salva e nos conduz pela mão!

“Jesus se levantou e ordenou ao vento e ao mar: ‘Silêncio! Cala-te!’” (Marcos 4, 39).

A Palavra de Deus hoje nos ensina que a fé é o modo de agradarmos a Deus e de já possuirmos aquilo que esperamos. A fé é o combustível, é a motivação, é o fio condutor daqueles que creem em Deus e O têm como luz, como razão e como sentido da vida! Essa fé, que recebemos como dom do alto e que precisa ser cultivada, alimentada e que, muitas vezes, é provada e colocada em contradição, não podemos perdê-la, porque, com ela é que permanecemos com o coração unido a Deus.
Por isso os discípulos de Jesus estão na barca e, ao vê-Lo dormir, quando vem um vento forte, quando vêm ondas que se lançam contra aquela barca, todos ficam atemorizados, desesperados, e uma vez que estão assim, incomodados, se agitam, veem que o Mestre está ali, no silêncio, descansando, e gritam: “’Mestre, estamos perecendo e tu não te importas?’Ele se levantou e ordenou ao vento e ao mar: ‘Silêncio! Cala-te!'” (Marcos 4, 38-39). São as palavras de Jesus que fazem silenciar, que fazem se calarem os ventos, os mares agitados e as ondas que borbulham dentro de nós, deixando-nos tensos, preocupados, destemperados e até desesperados.
Deixe-me dizer uma coisa a você: quando o desespero é muito grande dentro de nós, quando o destempero cresce dentro de nós, isso vai aos poucos afogando a nossa fé. Desse modo a nossa fé se sente sufocada, suprimida, porque damos mais ouvidos aos problemas, às provações da vida e às agitações que vêm de um lado e de outro e não sabemos confiar e acreditar no Senhor, que nos conduz pela mão.
O desespero nunca ajudou ninguém, o desespero nunca resolveu o problema; muito pelo contrário, ele ajuda as coisas a ficarem até piores, ajuda o mar que está agitado a ficar numa situação pior, porque a agitação não é mais externa, é também interna.
Vou partilhar uma experiência pessoal: eu sei nadar muito pouco e, por três ou quatros vezes, lembro-me de estar muito perto de morrer afogado. E o que eu aprendi com isso? O que apressava a minha morte, quando estava quase me afogando, não era só aquela falta do oxigênio necessário para a respiração, mas sim o desespero do agito. Quanto mais eu me agitava, tanto mais era difícil alguém me socorrer!
Da mesma forma, na vida é assim: quanto mais nos desesperamos, quanto mais gritamos, quanto mais esperneamos, tanto menos Deus pode fazer por nós! Eu já vi, em alguns acidentes de carro, e você também pode ter visto, que, quanto menor é a criança, sobretudo se for de colo, tanto maior será a possibilidade de ela ser a sobrevivente. E por quê? Ela não tem a visão do desespero e não se desespera porque não sabe o que está acontecendo. O que leva muitos a morrerem nos acidentes da vida é o desespero ao lidar com as situações.
Que a fé e a confiança no Senhor nos ajudem a manter a serenidade onde as ondas da vida estão se agitando, onde as coisas estão borbulhando dentro de nós! Busquemos a serenidade do Senhor porque ela nos salva e nos conduz pela mão!
Deus abençoe você!

Homilia - 31.01.2015

A confiança no Senhor nos ajuda a ter serenidade

A confiança no Senhor nos ajuda a ter serenidade! Busquemos a serenidade do Senhor porque ela nos salva e nos conduz pela mão!

“Jesus se levantou e ordenou ao vento e ao mar: ‘Silêncio! Cala-te!’” (Marcos 4, 39).

A Palavra de Deus hoje nos ensina que a fé é o modo de agradarmos a Deus e de já possuirmos aquilo que esperamos. A fé é o combustível, é a motivação, é o fio condutor daqueles que creem em Deus e O têm como luz, como razão e como sentido da vida! Essa fé, que recebemos como dom do alto e que precisa ser cultivada, alimentada e que, muitas vezes, é provada e colocada em contradição, não podemos perdê-la, porque, com ela é que permanecemos com o coração unido a Deus.

Por isso os discípulos de Jesus estão na barca e, ao vê-Lo dormir, quando vem um vento forte, quando vêm ondas que se lançam contra aquela barca, todos ficam atemorizados, desesperados, e uma vez que estão assim, incomodados, se agitam, veem que o Mestre está ali, no silêncio, descansando, e gritam: “’Mestre, estamos perecendo e tu não te importas?’Ele se levantou e ordenou ao vento e ao mar: ‘Silêncio! Cala-te!'” (Marcos 4, 38-39). São as palavras de Jesus que fazem silenciar, que fazem se calarem os ventos, os mares agitados e as ondas que borbulham dentro de nós, deixando-nos tensos, preocupados, destemperados e até desesperados.

Deixe-me dizer uma coisa a você: quando o desespero é muito grande dentro de nós, quando o destempero cresce dentro de nós, isso vai aos poucos afogando a nossa fé. Desse modo a nossa fé se sente sufocada, suprimida, porque damos mais ouvidos aos problemas, às provações da vida e às agitações que vêm de um lado e de outro e não sabemos confiar e acreditar no Senhor, que nos conduz pela mão.

O desespero nunca ajudou ninguém, o desespero nunca resolveu o problema; muito pelo contrário, ele ajuda as coisas a ficarem até piores, ajuda o mar que está agitado a ficar numa situação pior, porque a agitação não é mais externa, é também interna.

Vou partilhar uma experiência pessoal: eu sei nadar muito pouco e, por três ou quatros vezes, lembro-me de estar muito perto de morrer afogado. E o que eu aprendi com isso? O que apressava a minha morte, quando estava quase me afogando, não era só aquela falta do oxigênio necessário para a respiração, mas sim o desespero do agito. Quanto mais eu me agitava, tanto mais era difícil alguém me socorrer!

Da mesma forma, na vida é assim: quanto mais nos desesperamos, quanto mais gritamos, quanto mais esperneamos, tanto menos Deus pode fazer por nós! Eu já vi, em alguns acidentes de carro, e você também pode ter visto, que, quanto menor é a criança, sobretudo se for de colo, tanto maior será a possibilidade de ela ser a sobrevivente. E por quê? Ela não tem a visão do desespero e não se desespera porque não sabe o que está acontecendo. O que leva muitos a morrerem nos acidentes da vida é o desespero ao lidar com as situações.

Que a fé e a confiança no Senhor nos ajudem a manter a serenidade onde as ondas da vida estão se agitando, onde as coisas estão borbulhando dentro de nós! Busquemos a serenidade do Senhor porque ela nos salva e nos conduz pela mão!

Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova. 



Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

Liturgia Diária - 31.01.2015



Primeira Leitura (Hb 11,1-2.8-19)
Leitura da Carta aos Hebreus.

Irmãos, 1A fé é um modo de já possuir o que ainda se espera, a convicção acerca de realidades que não se veem. 2Foi a fé que valeu aos antepassados um bom testemunho. 8Foi pela fé que Abraão obedeceu à ordem de partir para uma terra que devia receber como herança, e partiu, sem saber para onde ia. 9Foi pela fé que ele residiu como estrangeiro na terra prometida, morando em tendas com Isaac e Jacó, os coerdeiros da mesma promessa. 10Pois esperava a cidade alicerçada que tem Deus mesmo por arquiteto e construtor. 11Foi pela fé também que Sara, embora estéril e já de idade avançada, se tornou capaz de ter filhos, porque considerou fidedigno o autor da promessa. 12É por isso também que de um só homem, já marcado pela morte, nasceu a multidão “comparável às estrelas do céu e inumerável como a areia das praias do mar”. 13Todos estes morreram na fé. Não receberam a realização da promessa, mas a puderam ver e saudar de longe e se declararam estrangeiros e migrantes nesta terra. 14Os que falam assim demonstram que estão buscando uma pátria, 15e se se lembrassem daquela que deixaram, até teriam tempo de voltar para lá. 16Mas agora, eles desejam uma pátria melhor, isto é, a pátria celeste. Por isto, Deus não se envergonha deles, ao ser chamado o seu Deus. Pois preparou mesmo uma cidade para eles. 17Foi pela fé que Abraão, posto à prova, ofereceu Isaac; ele, o depositário da promessa, sacrificava o seu filho único, 18do qual havia sido dito: “É em Isaac que uma descendência levará o teu nome”. 19Ele estava convencido de que Deus tem poder até de ressuscitar os mortos, e assim recuperou o filho — o que é também um símbolo.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Responsório (Lc 1,69-70.71-72.73-75)

— Bendito seja o Senhor Deus de Israel, porque a seu povo visitou e libertou!
— Bendito seja o Senhor Deus de Israel, porque a seu povo visitou e libertou!

— Fez surgir um poderoso Salvador na casa de Davi, seu servidor, como falara pela boca de seus santos, os profetas desde os tempos mais antigos,
— para salvar-nos do poder dos inimigos e da mão de todos quantos nos odeiam. Assim mostrou misericórdia a nossos pais, recordando a sua santa Aliança
— e o juramento a Abraão, o nosso pai, de conceder-nos que, libertos do inimigo, a ele nós sirvamos sem temor em santidade e em justiça diante dele, enquanto perdurarem nossos dias.

Evangelho (Mc 4,35-41)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.

35Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse a seus discípulos: “Vamos para a outra margem!” 36Eles despediram a multidão e levaram Jesus consigo, assim como estava na barca. Havia ainda outras barcas com ele. 37Começou a soprar uma ventania muito forte e as ondas se lançavam dentro da barca, de modo que a barca já começava a se encher. 38Jesus estava na parte de trás, dormindo sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram e disseram: “Mestre, estamos perecendo e tu não te importas?” 39Ele se levantou e ordenou ao vento e ao mar: “Silêncio! Cala-te!” O vento cessou e houve uma grande calmaria. 40Então Jesus perguntou aos discípulos: “Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?” 41Eles sentiram um grande medo e diziam uns aos outros: “Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?”
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Homilia - 09.01.2015


Que Deus nos purifique de toda maldade que existe em nós

Precisamos nos purificar desses sentimentos mesquinhos, que tomam conta da nossa mente, da nossa mentalidade, que fazem de nós pessoas egoístas e orgulhosas.

“Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar” (Lucas 5, 12).

O leproso acreditou por ter a profunda convicção de que Jesus poderia purificá-lo. Hoje a lepra, conhecida atualmente como hanseníase, tem tratamento, tem cura e cuidados muito especiais para que não se agrave e não cresça. Pense como era difícil na época de Jesus aquela carne leprosa, que ia ficando malcheirosa e à medida que ela ia crescendo tanto mais crescia a repugnância das pessoas para com quem tinha essa enfermidade.O leproso vivia afastado das pessoas, vivia marginalizado porque ele podia contaminar e contagiar os outros; muitas pessoas nem suportavam estar com a pessoa daquela forma. O leproso era tido como impuro, sujo e por isso era marginalizado. A condição desse homem não era só o problema da sua situação física, mas o quanto que, dentro do coração dele, ardia de sofrimento, porque ser marginalizado, ser colocado à margem, ser tratado com a indiferença das pessoas dói, machuca e provoca um sofrimento dentro do coração!Por isso este homem sabia que Jesus podia fazer algo por ele e clama: “Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar” (Lucas 5, 12). Olhando a fé daquele homem, Jesus estendeu a mão e disse: “Eu quero, fica purificado” (Lucas 5, 13). E a lepra imediatamente abandonou aquele homem.Deixe-me dizer a você: Jesus nos quer limpos, purificados, mas não basta Jesus querer, nós precisamos querer, precisamos acreditar! Talvez não nos demos conta de que existe uma lepra tão mais dura do que aquela lepra física que aquele homem sofria: é o estrago e o mau cheiro que o pecado causa em nós, o pior deles torna cegos a nós mesmos, somos, muitas vezes, incapazes de enxergar a vida errada que estamos vivendo. As impurezas dos maus pensamentos, dos maus sentimentos, das maldades que, muitas vezes, só crescem dentro de nós e vão tomando corpo em nós, fazendo-nos pessoas azedas, mesquinhas, raivosas e, frequentemente, cruéis.Como precisamos nos purificar desses monstros que crescem dentro do nosso interior! Como precisamos nos purificar desses sentimentos mesquinhos que tomam conta da nossa mente, da nossa mentalidade e fazem de nós pessoas egoístas e orgulhosas. Como cheira mal, o quanto é má e contagiosa a maldade! E veja que a maldade não fica só em nós.Temos que nos preocupar é com a nossa mesquinhez, com o nosso orgulho e com a maldade que existe dentro de nós! Essa é a pior das doenças e a pior das enfermidades.Que Deus nos purifique e nos lave daquilo que dentro de nós está podre, estragado e não está nos deixando viver em Sua graça.

Deus abençoe você!


Homilia - 09.01.2015

Que Deus nos purifique de toda maldade que existe em nós

Precisamos nos purificar desses sentimentos mesquinhos, que tomam conta da nossa mente, da nossa mentalidade, que fazem de nós pessoas egoístas e orgulhosas.

“Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar” (Lucas 5, 12).

O leproso acreditou por ter a profunda convicção de que Jesus poderia purificá-lo. Hoje a lepra, conhecida atualmente como hanseníase, tem tratamento, tem cura e cuidados muito especiais para que não se agrave e não cresça. Pense como era difícil na época de Jesus aquela carne leprosa, que ia ficando malcheirosa e à medida que ela ia crescendo tanto mais crescia a repugnância das pessoas para com quem tinha essa enfermidade.O leproso vivia afastado das pessoas, vivia marginalizado porque ele podia contaminar e contagiar os outros; muitas pessoas nem suportavam estar com a pessoa daquela forma. O leproso era tido como impuro, sujo e por isso era marginalizado. A condição desse homem não era só o problema da sua situação física, mas o quanto que, dentro do coração dele, ardia de sofrimento, porque ser marginalizado, ser colocado à margem, ser tratado com a indiferença das pessoas dói, machuca e provoca um sofrimento dentro do coração!Por isso este homem sabia que Jesus podia fazer algo por ele e clama: “Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar” (Lucas 5, 12). Olhando a fé daquele homem, Jesus estendeu a mão e disse: “Eu quero, fica purificado” (Lucas 5, 13). E a lepra imediatamente abandonou aquele homem.Deixe-me dizer a você: Jesus nos quer limpos, purificados, mas não basta Jesus querer, nós precisamos querer, precisamos acreditar! Talvez não nos demos conta de que existe uma lepra tão mais dura do que aquela lepra física que aquele homem sofria: é o estrago e o mau cheiro que o pecado causa em nós, o pior deles torna cegos a nós mesmos, somos, muitas vezes, incapazes de enxergar a vida errada que estamos vivendo. As impurezas dos maus pensamentos, dos maus sentimentos, das maldades que, muitas vezes, só crescem dentro de nós e vão tomando corpo em nós, fazendo-nos pessoas azedas, mesquinhas, raivosas e, frequentemente, cruéis.Como precisamos nos purificar desses monstros que crescem dentro do nosso interior! Como precisamos nos purificar desses sentimentos mesquinhos que tomam conta da nossa mente, da nossa mentalidade e fazem de nós pessoas egoístas e orgulhosas. Como cheira mal, o quanto é má e contagiosa a maldade! E veja que a maldade não fica só em nós.Temos que nos preocupar é com a nossa mesquinhez, com o nosso orgulho e com a maldade que existe dentro de nós! Essa é a pior das doenças e a pior das enfermidades.Que Deus nos purifique e nos lave daquilo que dentro de nós está podre, estragado e não está nos deixando viver em Sua graça.

Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.


Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

Liturgia Diária - 09.01.2015


Liturgia Diária - 09.01.2015

Primeira Leitura (1Jo 5,5-13) 
Leitura da Primeira Carta de São João.

Caríssimos, 5quem é o vencedor do mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus? 6Este é o que veio pela água e pelo sangue: Jesus Cristo. (Não veio somente com a água, mas com a água e o sangue.) E o Espírito é que dá testemunho, porque o Espírito é a Verdade. 7Assim, são três que dão testemunho: 8o Espírito, a água e o sangue; e os três são unânimes.9Se aceitamos o testemunho dos homens, o testemunho de Deus é maior. Este é o testemunho de Deus, pois ele deu testemunho a respeito de seu Filho. 10Aquele que crê no Filho de Deus tem este testemunho dentro de si. Aquele que não crê em Deus faz dele um mentiroso, porque não crê no testemunho que Deus deu a respeito de seu Filho. 11E o testemunho é este: Deus nos deu a vida eterna, e esta vida está em seu Filho. 12Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho não tem a vida.13Eu vos escrevo estas coisas a vós que acreditastes no nome do Filho de Deus, para que saibais que possuís a vida eterna.

Responsório (Sl 147) 

— Glorifica o Senhor, Jerusalém!
— Glorifica o Senhor, Jerusalém! 

— Glorifica o Senhor, Jerusalém! Ó Sião, canta louvores ao teu Deus! Pois reforçou com segurança as tuas portas, e os teus filhos em teu seio abençoou.
— A paz em teus limites garantiu e te dá como alimento a flor do trigo. Ele envia suas ordens para a terra e a palavra que ele diz corre veloz.
— Anuncia a Jacó sua palavra, seus preceitos, suas leis a Israel. Nenhum povo recebeu tanto carinho, a nenhum outro revelou os seus preceitos.

Evangelho (Lc 5,12-16) 

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo +b segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

12Aconteceu que Jesus estava numa cidade, e havia aí um homem leproso. Vendo Jesus, o homem caiu a seus pés, e pediu: “Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar”. 13Jesus estendeu a mão, tocou nele, e disse: “Eu quero, fica purificado”. E imediatamente, a lepra o deixou. 14E Jesus recomendou-lhe: “Não digas nada a ninguém. Vai mostrar-te ao sacerdote e oferece pela purificação o prescrito por Moisés como prova de tua cura”.15Não obstante, sua fama ia crescendo, e numerosas multidões acorriam para ouvi-lo e serem curadas de suas enfermidades. 16Ele, porém, se retirava para lugares solitários e se entregava à oração.

— Palavra da Salvação.
— Glória a Vós, Senhor.

Primeira Leitura (1Jo 5,5-13)
Leitura da Primeira Carta de São João.

Caríssimos, 5quem é o vencedor do mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus? 6Este é o que veio pela água e pelo sangue: Jesus Cristo. (Não veio somente com a água, mas com a água e o sangue.) E o Espírito é que dá testemunho, porque o Espírito é a Verdade. 7Assim, são três que dão testemunho: 8o Espírito, a água e o sangue; e os três são unânimes.9Se aceitamos o testemunho dos homens, o testemunho de Deus é maior. Este é o testemunho de Deus, pois ele deu testemunho a respeito de seu Filho. 10Aquele que crê no Filho de Deus tem este testemunho dentro de si. Aquele que não crê em Deus faz dele um mentiroso, porque não crê no testemunho que Deus deu a respeito de seu Filho. 11E o testemunho é este: Deus nos deu a vida eterna, e esta vida está em seu Filho. 12Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho não tem a vida.13Eu vos escrevo estas coisas a vós que acreditastes no nome do Filho de Deus, para que saibais que possuís a vida eterna.

Responsório (Sl 147) 

— Glorifica o Senhor, Jerusalém!
— Glorifica o Senhor, Jerusalém! 


— Glorifica o Senhor, Jerusalém! Ó Sião, canta louvores ao teu Deus! Pois reforçou com segurança as tuas portas, e os teus filhos em teu seio abençoou.
— A paz em teus limites garantiu e te dá como alimento a flor do trigo. Ele envia suas ordens para a terra e a palavra que ele diz corre veloz.
— Anuncia a Jacó sua palavra, seus preceitos, suas leis a Israel. Nenhum povo recebeu tanto carinho, a nenhum outro revelou os seus preceitos.

Evangelho (Lc 5,12-16) 

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo +b segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

12Aconteceu que Jesus estava numa cidade, e havia aí um homem leproso. Vendo Jesus, o homem caiu a seus pés, e pediu: “Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar”. 13Jesus estendeu a mão, tocou nele, e disse: “Eu quero, fica purificado”. E imediatamente, a lepra o deixou. 14E Jesus recomendou-lhe: “Não digas nada a ninguém. Vai mostrar-te ao sacerdote e oferece pela purificação o prescrito por Moisés como prova de tua cura”.15Não obstante, sua fama ia crescendo, e numerosas multidões acorriam para ouvi-lo e serem curadas de suas enfermidades. 16Ele, porém, se retirava para lugares solitários e se entregava à oração.

— Palavra da Salvação.
— Glória a Vós, Senhor.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Oração, oxigênio da alma

                                          Oração, oxigênio da alma

Precisamos ser homens e mulheres de oração

No Evangelho segundo Mateus, Jesus nos ensina a ter uma vida de oração. Mais que isso, nos ensina a orar. Não como os pagãos faziam, porque eles faziam discursos, clamores sem fim e derramavam lágrimas para implorar a seus deuses aquilo de que eles precisavam. Jesus nos diz para não sermos assim. Aliás, sabemos que este Evangelho está ligado ao Evangelho de São Lucas, no qual aparece a passagem em que os apóstolos pedem a Jesus para lhes ensinar a orar como João Batista ensinou os seus discípulos. Isso porque os discípulos de João Batista o viam rezar e admiravam o modo como ele elevava as suas preces.
A mesma coisa fizeram os apóstolos a Jesus: “Jesus, ensina-nos a rezar”. Então, Ele ensinou a oração do Pai-Nosso. Quero dizer a você que essa oração está acima de qualquer modelo e que, com simplicidade, nos dirigimos ao Pai, em primeiro lugar, falando das coisas d’Ele, das coisas do Reino: “Pai Nosso que estais no céu, santificado seja o vosso nome e venha o vosso Reino”. Depois, dirigimo-nos ao Pai pedindo as nossas necessidades: “O pão nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal”.
É uma oração simples, no qual dirigimos ao Pai as Suas coisas, as coisas do Reino e as coisas de que necessitamos, com confiança de filhos. Nós devemos ser homens e mulheres de oração!
A base da Comunidade Canção Nova é sermos uma comunidade de amor e de adoração. Adoração e oração estão no mesmo “pé”. Temos, na Canção Nova, diariamente, a graça da celebração da Eucaristia, onde o grande orante é Jesus, e nós nos unimos a Ele. O Senhor está oferecendo-se ao Pai como Ele se ofereceu no calvário. No altar, acontece o mesmo e único sacrifício do calvário. Não é outro! É o mesmo, é o único sacrifício.
Jesus, também no céu, está nesta atitude, mostrado ao Pai as Suas chagas e pedindo por nós! Portanto, na Missa acontece a grande oração. Daí, é preciso que façamos da celebração da Eucaristia a nossa grande oração. Que possamos realmente buscar ter toda a atenção e acompanhar tudo na Santa Missa. Principalmente quando o sacerdote impõe as mãos pedindo que venha sobre aquelas oferendas o Espírito Santo. Quando ele profere as palavras da consagração, a grande “oração” acontece – o pão e o vinho são transubstanciados no corpo e no sangue, na alma e divindade de Jesus. Ele ali se oferece ao Pai pela remissão dos pecados de todo o mundo, em todo tempo e em todo lugar.
Depois, o grande momento é quando recebemos este Jesus na Eucaristia. Nós recebemos o Senhor Jesus, a Sua redenção e o que fez por nós! Ele quer que sejamos salvos, que sejamos santos. Ele quer que, de Eucaristia em Eucaristia, de comunhão em comunhão, nós cresçamos em santidade, porque estamos em contato com o próprio Santo; um contato real que nós não vemos, não sentimos, mas tomamos contato com o próprio corpo, o próprio sangue e a alma e a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Não há coisa mais santificante do que esta, então aproveitemos justamente cada dia deste momento de santificação, que é a santa comunhão na Missa. É uma maneira maravilhosa de estarmos orando, diferente de tudo aquilo que nós fazemos nas nossas orações. É oração por excelência.
Depois, a adoração ao santíssimo sacramento. Porque também, nos nossos sacrários, Jesus está nesta atitude, de oferecer-se ao Pai por nós, para nossa redenção e da humanidade. É um momento de nos unirmos a Jesus, de nos fazermos um com Ele.
Temos ainda muitas outras formas de oração – o santo rosário, por exemplo, que vai nos unir a Nossa Senhora para repetirmos muitas vezes aquilo que o anjo disse a ela, aquilo que Isabel disse a ela e também aquilo que a Igreja diz a ela! Justamente o que fez o próprio Papa, no final do Concílio de Éfeso, quando disse que Maria era a “Theotókos”, a Mãe de Deus, porque Jesus é Deus. Devemos ser assíduos na recitação do rosário para que realmente nos unamos a ela, e ela nos una a Jesus.
Temos também o terço da misericórdia, no qual nos unimos a Jesus Misericordioso e, por Ele, ao Pai das Misericórdias, pedindo que, pelo sofrimento e pela morte de Jesus, nós sejamos perdoados dos nossos pecados e dos de todo o mundo. É também uma belíssima forma de rezar! “As almas que rezarem este Terço serão envolvidos pela minha misericórdia durante a sua vida e, de modo particular, na hora da morte” (Diário de Santa Faustinha, nº 754).
Precisamos ser homens e mulheres de oração. Por excelência, para nós, a oração ao ritmo da vida e o trabalho santificado são dois tipos de oração. O trabalho santificado, porque estamos orando enquanto trabalhamos, e a oração ao ritmo da vida, nos dirigindo ao Senhor em tudo aquilo que estamos fazendo – orar para agradecer, orar para pedir auxílio, orar para pedir perdão. Assim nós estamos, praticamente o dia todo, unidos ao Senhor!
A penúltima invocação do Pai-Nosso é “perdoai-nos as nossas ofensas, como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”. Jesus, então, diz que, de fato, se vós perdoardes aos homens as faltas que eles cometeram, nosso Pai que está no céu também vos perdoará, mas se vós não perdoardes aos homens, vosso Pai também não vos perdoará as faltas que vós cometestes. Então, precisamos ser também pessoas de perdão e darmos o perdão aos nossos irmãos. Perdão não dado é justamente uma coisa cáustica dentro de nós, que quando nós carregamos, causa o ressentimento, vem a mágoa, nós nos azedamos e acabamos azedando o ambiente em que estamos. Que o Senhor nos dê a graça de sermos homens e mulheres de oração, homens e mulheres de perdão.
Vamos rezar ao Senhor a oração que Ele nos ensinou?
Pai Nosso que estais no céu, Santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso Reino. Seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu! O Pão Nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém!
Artigo extraído do livro ‘O Abraço do Pai’, de monsenhor Jonas Abib.


Como melhorar meu relacionamento com Deus?

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Deus habita em nossa alma. Quer estar conosco. Quem ama quer estar com o amado!

Deus é muito mais interessado por nós do que nós somos por Ele, porque nos criou para Ele. O salmista diz: “Sabei que o Senhor é Deus: Ele nos fez e a Ele pertencemos. Somos o seu povo e as ovelhas do seu rebanho”. (Sl 99,3). “Ele nos escolheu em Cristo, antes da criação do mundo” (Ef 1,1). Deu-nos a Sua imagem e semelhança; e nos colocou em um mundo maravilhoso, repleto de flores, frutos, perfumes, belezas naturais que enchem nossos olhos, ouvidos e paladar de encantos. É o Seu amor por nós.

E quando perdemos o Paraíso, “não nos abandonou ao poder da morte”, foi atrás de nós numa longa história da salvação que foi selada com a oblação do Seu Filho Único na cruz, “para que todo que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16). Depois de nos ter criado de maneira maravilhosa, nos redimiu e recriou de maneira mais maravilhosa ainda.

São Tiago diz que Deus nos ama até o ciúme: “Sois amados até o ciúme pelo Espírito que habita em vós” (Tg 4,5). Deus é louco de amor por nós. São João Maria Vianney, disse que se experimentássemos o amor de Deus por nós, morreríamos de emoção. Por quem você morreria numa cruz, como Cristo morreu? Só por quem você amasse sem limites.

É por isso que Deus habita em nossa alma. Quer estar conosco. Quem ama quer estar com o amado. A grande “dor do amor” é ter que ficar longe do amado, ou ser rejeitado por ele. “Não sabeis que sois o Templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1 Cor 3,16).

Esta é, infelizmente, uma bela realidade que a maioria dos cristãos ainda não tomou consciência: Deus habita em nós. São João Batista, falando ao povo de Jesus, disse-lhes: “Está no meio de vós Alguém que não conheceis” (João 1,26). Deus é um desconhecido para a maioria, no próprio coração. E Ele sofre por isso.

“Quantas almas soltarão, um dia, um grito de surpresa, ao descobrir o que tinham no seu interior, sem o saberem!”, diz o Monsenhor d´Hulst.

A finalidade da piedade é a intimidade com Deus. Ele está presente em nós pelo estado da graça. É dogma de fé, e dos mais importantes. A maioria tem uma vida espiritual anêmica porque busca Deus onde Ele não está e não o encontra na própria alma.

Deus só nos abandona se estivermos em pecado mortal. Então, é preciso procurar Deus dentro de nós, onde habita, onde nos chama, onde nos espera, e onde sofre as nossas ausências e esquecimentos. É assim que os santos chegaram a santidade: S. Teresinha, S. Teresa, S. João da Cruz, etc.

O maior dom que o homem recebeu ao ser criado é da participação amorosa da vida mesma da Santíssima Trindade. Jesus disse que “Meu Pai e Eu o amaremos, viremos a ele, e faremos nele a nossa morada” ( Jo 14, 23). Deus tem sede de viver em nós; por isso Jesus aceitou se fazer pão para estar em nós substancialmente.

“Somos um céu”, disse Santo Agostinho ( Sl 88). A beata Elizabeth da Trindade falava do “céu de minha alma o onde Deus habita”.
Jesus disse: “Permanecei em mim e eu em vós, porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15,5). Essa é uma das razões porque Ele quer habitar e permanecer em nós: sem Ele somos nada.

Compreendo como Santa Teresa caía em êxtase à vista de uma alma em estado de graça. Via-se no céu. “O céu escrevia ela, não é a única morada de Nosso Senhor; Ele tem outra também em nossa alma, que se pode chamar outro céu”.
“Cristo, diz Santo Agostinho, está no centro do nosso interior, e de lá vê o que faz nossa mão, o que diz nossa língua, o que pensa nosso espírito e quais são nossos sentimentos íntimos. Com que vigilância, piedade e castidade devemos viver, uma vez que estamos sempre sob os olhares deste Senhor santíssimo”. (De Ascensione, Sermão XI).

Santo Anselmo acrescenta: “Com que vigilância, com que respeito devemos usar de todos os nossos sentidos e de todos os membros de nosso corpo, se é o Senhor em pessoa que neles vive, que os possui e observa todas as suas ações!”.
São Paulo disse que “Deus nos predestinou para sermos conformes a imagem de Seu Filho (Rom 8,29). É Deus mesmo que em nossa alma molda-nos à imagem de Cristo, conforme fomos criados.

Então, para se relacionar bem com Deus é preciso fazer silêncio; e no silêncio do coração encontrá-lo. Ele irá nos falar pela Sua Palavra, pelos acontecimentos da vida, pelos sofrimentos e alegrias, pela beleza das flores e tudo que vemos. E, nesta intimidade, podemos abrir-lhe o coração e falar das nossas lutas, angústias, lutas… E Ele nos responderá na Sua linguagem que não é a nossa. Reze com calma, com paz, sem pressa. Importa a qualidade, mais que a quantidade.

Como disse o Pe. Raul Plus: “Assim como uma gota insignificante é capaz de refletir a luz e a beleza do astro rei, cada um de nós, tão pequeno dentro do universo, é chamado a resplandecer a luz infinita e superior de Deus.”

 


   Prof. Felipe Aquino

Quem é Deus?

 

As religiões e a filosofia se perguntavam “o que é Deus?”, mas, pela revelação, o homem é levado a se perguntar “quem é Deus?”

Ao longo da história, todas as culturas se fizeram esta pergunta; tanto é assim, que os primeiros sinais de civilização se encontram, geralmente, no âmbito religioso e cultural. Crer em Deus está, em primeiro lugar, para o homem de qualquer época.

A diferença essencial está em qual Deus se crê. De fato, em algumas religiões pagãs, o homem adorava as forças da natureza, enquanto manifestações concretas do sagrado, e contavam com uma pluralidade de deuses, ordenada hierarquicamente. Na Grécia Antiga, por exemplo, também a divindade suprema, em um panteão de deuses, era regida, por sua vez, por uma necessidade absoluta que abarcava o mundo e os próprios deuses.

Para muitos estudiosos da história das religiões, em muitos povos ocorreu uma progressiva perda a partir de uma “revelação originária” do único Deus. Mas, em todo caso, inclusive nos cultos mais degradados, podem ser encontradas chispas ou indícios em seus costumes da verdadeira religiosidade: a adoração, o sacrifício, o sacerdócio, o oferecimento, a oração, a ação de graças etc.

A razão, tanto na Grécia como em outros lugares, tratou de purificar a religião, mostrando que a divindade suprema deveria se identificar com o bem, a beleza e o próprio ser, enquanto fonte de todo bem, de todo o belo e de tudo o que existe. Mas isso sugere outros problemas, concretamente o afastamento de Deus por parte do fiel, pois, desse modo, a divindade suprema ficava isolada em uma perfeita autarquia, já que a mesma possibilidade de estabelecer relações com a divindade era vista como um sinal de fraqueza. Além disso, tampouco fica solucionada a presença do mal, que aparece, de algum modo, como necessária, pois o princípio supremo está unido por uma cadeia de seres intermediários, sem solução de continuidade, ao mundo.

A revelação judaico-cristã mudou radicalmente este quadro: Deus é representado, na Escritura, como Criador de tudo o que existe e Origem de toda força natural. A existência divina precede absolutamente a existência do mundo, que é radicalmente dependente do Senhor. Aqui está contida a ideia de transcendência: entre Deus e o mundo a distância é infinita e não existe uma conexão necessária entre eles. O homem e todo o criado poderiam não ser, e naquilo que são dependem sempre de outro; ao passo que Deus é e o é por si mesmo.

Esta distância infinita, esta absoluta pequenez do homem diante de Deus, mostra que tudo o que existe é querido por Ele com toda Sua vontade e liberdade: tudo o que existe é bom e fruto do amor (cfr. Gn 1). O poder de Deus não é limitado nem no espaço nem no tempo, por isso Sua ação criadora é dom absoluto, é amor. Seu poder é tão grande que quer manter Sua relação com as criaturas; inclusive salvá-las se, por causa de sua liberdade, afastarem-se do Criador. Portanto, a origem do mal deve ser situada em relação com o eventual uso equivocado da liberdade por parte do homem – coisa que, de fato, ocorreu, como narra o Gênesis: vid. Gn 3 –, e não com algo intrínseco à matéria. Ao mesmo tempo, é preciso reconhecer que, em razão do que se acaba de mencionar, Deus é pessoa que atua com liberdade e amor. As religiões e a filosofia se perguntavam “o que é Deus?”, mas, pela revelação, o homem é levado a se perguntar “quem é Deus?” (cfr. Compêndio, 37); um Deus que sai ao seu encontro e busca o homem para falar-lhe como a um amigo (cfr. Ex 33,11). Tanto é assim que o Senhor revela a Moisés o Seu nome, “Eu sou aquele que sou” (Ex 3,14), como prova de Sua fidelidade à aliança e de que o acompanhará no deserto, símbolo das tentações da vida.

É um nome misterioso que, em todo caso, nos dá a conhecer as riquezas contidas em Seu mistério inefável: somente Ele é, desde sempre e para sempre, aquele que transcende o mundo e a história, mas que também se preocupa com o mundo e conduz a história. Ele foi quem fez o céu e a terra, e os conserva. Ele é o Deus fiel e providente, sempre junto a Seu povo para salvá-lo. Ele é o Santo por excelência, “rico em misericórdia” (Ef 2, 4), sempre disposto ao perdão. Deus é o ser espiritual, transcendente, onipotente, eterno, pessoal e perfeito. Ele é a verdade e o amor” (Compêndio, 40).

Assim, pois, a revelação se apresenta como uma novidade absoluta, um dom que o homem recebe do Alto e que deve aceitar com reconhecimento de ação de graças e um obséquio religioso. Portanto, a revelação não pode ser reduzida a meras expectativas humanas, vai muito mais além: ante a Palavra de Deus que se revela só cabe a adoração e o agradecimento, o homem cai de joelhos ante o assombro de um Deus, que, sendo transcendente, se faz interior íntimo (Santo Agostinho, Confissões, 3, 6, 11), mais próximo de mim que eu mesmo e que busca o homem em todas as situações de sua existência: “O criador do céu e da terra, o único Deus que é fonte de todo ser, este único Logos criador, esta Razão criadora ama pessoalmente ao homem, mais ainda, ama-o apaixonadamente e quer, por sua vez, ser amado. Por isso, esta Razão criadora, que ao mesmo tempo ama, dá vida a uma história de amor (…), amor que se manifesta cheio de inesgotável fidelidade e misericórdia; é um amor que perdoa além de todo e qualquer limite”

Por Papa Bento XVI, Discurso na IV Assembléia Eclesial Nacional Italiana.

Rompamos com tudo que nos afasta de Deus

A Palavra meditada hoje está em São João 8,31-36:

“O único caminho que o Senhor quer nos fazer percorrer são os caminhos da verdade”, afirma Márcio.

Independente do que nos aprisiona, se Cristo nos libertar seremos verdadeiramente livres. Acabamos nos tornando escravos de nossas preocupações, medos, ansiedades e pecados. O Senhor não nos quer escravos de nada nem de ninguém, por isso deseja nos libertar.

Temos a clareza e a certeza de que com Cristo sempre há uma saída. Jesus passou seus dias terrenos nos ensinando que não há nada o que temer, porque sempre podemos contar com Ele.

Jesus nos ensinou que Ele é a luz. Quando nos aproximamos da luz, somos iluminados. Iluminados pelo Senhor, conseguimos discernir os caminhos por onde andar e saímos de nossas trevas. Ele também é o Caminho! E hoje convida nosso coração: “venham até a mim, pois Eu sou o caminho”. Cristo é a porta estreita, ou seja, nossa única saída. É o Bom Pastor, pois deseja nos conduzir. Em todos os momentos Ele nos mostra que sem Ele não temos vida, que precisamos estar junto d’Ele.

Libertemo-nos de nossos apegos. Quais são os apegos que trazemos em nosso coração: trabalho, sentimentos, relacionamentos? Quando nos apegamos a algo ou a alguém, nossa vida se resume exclusivamente a estes apegos. Jesus, o Bom Pastor, quer nos conduzir para fora de nossas prisões, Ele quer nos libertar.

O único caminho que o Senhor quer nos fazer percorrer são os da verdade que gera vida em nós, pois a mentira nos leva à queda. Para que as portas se abram e sejamos libertos, precisamos nos aproximar de Cristo, pois Ele é a única saída.

Em Deus não há mentira e caminhando com Ele enxergaremos a verdade. Quando vivemos pela verdade, somos arrancados do domínio de coisas e pessoas. Muitos acreditam que a vida está complicada, porém não experimentam colocar verdade em seus relacionamentos. Deus precisa ser presença em nosso convívio social.

A primeira verdade para nós é que temos um Criador. O universo não foi criado ao acaso; fomos feitos por Deus e por isso somos dependentes d’Ele. Não queiramos uma vida sem Deus, sem acreditar em Sua existência. Sem Ele o homem se perde do caminho, sem o Criador não conseguimos alcançar a libertação. Só o Pai pode nos libertar.

A verdade é incontestável, mas o rumo da nossa vida pode ser mudado. Todos precisam da salvação e só a alcançaremos em Deus.

Rompamos com toda a mentira, eliminemos as desculpas mentirosas que começam pequenas, mas que, com o tempo, perdem a proporção e se tornam gigantescas. Se Deus é verdade, nós, como filhos d’Ele, temos de falar apenas a verdade.

Romper com a mentira é unir-se a Deus. Falar a verdade é invocar a presença d’Ele em nossa vida. Se formos íntimos do Senhor, viveremos a verdade e nossos conselhos virão do próprio Deus.

Peçamos ao Espírito Santo que nos ajude a discernir o momento certo para falarmos ao outro, pois algumas pessoas não estão preparadas para escutar as verdades.

Deus, habitando nosso ser, não haverá espaço para que as trevas habitem em nós. Cultivemos a presença do Senhor em nosso interior. Temos de ter a coragem de arrancar de nossa vida tudo o que tem nos afastado de Deus e das pessoas que podem nos ajudar a viver a verdade. Buscando a verdade, saberemos como proceder. 


  
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Márcio Mendes
Missionário da Comunidade Canção Nova

Viver o amor


“Se nos amamos uns aos outros, Deus permanece conosco e seu amor é plenamente realizado em nós” (1Jo 4,11b).
Deus é amor e Ele nos deu a vida. Somos convidados a amar o nosso próximo a exemplo de Jesus, para isso é necessário dar o primeiro passo, ser humildes e misericordioso com todos.
Muitas vezes, para viver o amor é preciso ceder, silenciar, desculpar, não recordar os momentos dolorosos do passado, seguir em frente e decidir, todos os dias, amar e perdoar.
Rezemos: “Vinde, Espírito Criador, a nossa alma visitai e enchei os corações com vossos dons celestiais”.

Jesus, eu confio em Vós!

Viver o amor

“Se nos amamos uns aos outros, Deus permanece conosco e seu amor é plenamente realizado em nós” (1Jo 4,11b).

Deus é amor e Ele nos deu a vida. Somos convidados a amar o nosso próximo a exemplo de Jesus, para isso é necessário dar o primeiro passo, ser humildes e misericordioso com todos.

Muitas vezes, para viver o amor é preciso ceder, silenciar, desculpar, não recordar os momentos dolorosos do passado, seguir em frente e decidir, todos os dias, amar e perdoar.

Rezemos: “Vinde, Espírito Criador, a nossa alma visitai e enchei os corações com vossos dons celestiais”.

Jesus, eu confio em Vós!

Luzia Santiago







Luzia Santiago

Momento Certo = Kairós = Tempo de Deus

PAZ E BEM!!!
"Quem não sabe perdoar destrói a ponte sobre a qual tem que passar."
Padre Marcelo Rossi
Momento Certo = Kairós = Tempo de Deus!!!
                          PAZ E BEM!!!

"Quem não sabe perdoar destrói a ponte sobre a qual tem que passar."
 
Padre Marcelo Rossi
Momento Certo = Kairós = Tempo de Deus!!!


Na catequese, Papa destaca o papel das mães na família

 Na catequese, Papa destaca o papel das mães na família 

No ciclo de catequeses sobre família, Francisco se concentrou na importância das mães, lembrando que também a Igreja é mãe

Após as festas de fim de ano, o Papa Francisco retomou, nesta quarta-feira, 7, a tradicional audiência geral. Reunido com os fiéis na Sala Paulo VI, o Santo Padre deu sequência ao ciclo de catequeses sobre a família, desta vez se concentrando no papel essencial das mães, voltando a reiterar que também a Igreja é uma mãe.

“Cada pessoa humana deve a vida a uma mãe e quase sempre deve a ela muito da própria existência sucessiva, da formação humana e espiritual”, disse o Papa. Ele ressaltou que, mesmo sendo exaltadas do ponto de vista simbólico – com homenagens e poesias, por exemplo –, muitas vezes, as mães são pouco ouvidas na vida cotidiana e têm o seu importante papel na sociedade pouco considerado.

As mães são um forte antídoto contra o individualismo, disse o Papa, uma vez que se dividem a partir do momento em que dão lugar a um filho. Ele disse que as mães têm sim problemas com os filhos – é uma espécie de martírio materno –, mas continuam felizes e sofrem quando algo de ruim acontece com eles. Ele pensou, por exemplo, na dor das mães que recebem a notícia de que seus filhos morreram em defesa da pátria.

“Ser mãe não significa somente dar à luz um filho, mas é uma escolha de vida. A escolha de vida de uma mãe é a escolha de dar a vida, e isso é grande, é belo. Uma sociedade sem mãe é uma sociedade desumana, porque elas sabem testemunhar sempre a ternura, a dedicação, a força moral”.

O Papa mencionou ainda a importância das mães na transmissão do sentido mais profundo da prática religiosa, ensinando aos filhos as primeiras orações, os primeiros gestos de oração. Para Francisco, a fé perderia boa parte de seu calor sem as mães.

“E a Igreja é mãe com tudo isso. Não somos órfãos, temos uma mãe. Nossa Senhora, a Igreja, e nossa mãe”, concluiu o Papa, deixando seu agradecimento a todas as mães presentes.


No ciclo de catequeses sobre família, Francisco se concentrou na importância das mães, lembrando que também a Igreja é mãe
Após as festas de fim de ano, o Papa Francisco retomou, nesta quarta-feira, 7, a tradicional audiência geral. Reunido com os fiéis na Sala Paulo VI, o Santo Padre deu sequência ao ciclo de catequeses sobre a família, desta vez se concentrando no papel essencial das mães, voltando a reiterar que também a Igreja é uma mãe.
“Cada pessoa humana deve a vida a uma mãe e quase sempre deve a ela muito da própria existência sucessiva, da formação humana e espiritual”, disse o Papa. Ele ressaltou que, mesmo sendo exaltadas do ponto de vista simbólico – com homenagens e poesias, por exemplo –, muitas vezes, as mães são pouco ouvidas na vida cotidiana e têm o seu importante papel na sociedade pouco considerado.
As mães são um forte antídoto contra o individualismo, disse o Papa, uma vez que se dividem a partir do momento em que dão lugar a um filho. Ele disse que as mães têm sim problemas com os filhos – é uma espécie de martírio materno –, mas continuam felizes e sofrem quando algo de ruim acontece com eles. Ele pensou, por exemplo, na dor das mães que recebem a notícia de que seus filhos morreram em defesa da pátria.
“Ser mãe não significa somente dar à luz um filho, mas é uma escolha de vida. A escolha de vida de uma mãe é a escolha de dar a vida, e isso é grande, é belo. Uma sociedade sem mãe é uma sociedade desumana, porque elas sabem testemunhar sempre a ternura, a dedicação, a força moral”.
O Papa mencionou ainda a importância das mães na transmissão do sentido mais profundo da prática religiosa, ensinando aos filhos as primeiras orações, os primeiros gestos de oração. Para Francisco, a fé perderia boa parte de seu calor sem as mães.
“E a Igreja é mãe com tudo isso. Não somos órfãos, temos uma mãe. Nossa Senhora, a Igreja, e nossa mãe”, concluiu o Papa, deixando seu agradecimento a todas as mães presentes.

O canteiro celeste preparado por Deus

Deus nos criou para Si, para a suprema alegria de viver em Sua companhia para sempre, na eternidade. O lugar que Jesus está lhe reservando no céu foi conquistado pelo preço do Seu Sangue. Ele morreu para que você tivesse a vida eterna: a máxima felicidade.
Quando plantamos alface ou outra hortaliça, primeiro o semeamos num canteiro, onde a terra é fofa e bem regada. Depois, quando as mudas estão maiores e mais fortes, são transplantadas para o canteiro definitivo. Assim também é o tempo designado por Deus, que semeou e está cuidando do lindo canteiro que é a sua família.
O Senhor não plantou hortaliças, mas filhos, para que no céu Ele possa nos colocar, um por um, cada um a seu tempo, no canteiro definitivo. A certeza de que o Senhor está preparando para cada um de nós um canteiro, no qual passaremos a eternidade ao Seu lado, nos gera uma esperança revigorada. Somos combatentes na esperança!

O canteiro celeste preparado por Deus 

Deus nos criou para Si, para a suprema alegria de viver em Sua companhia para sempre, na eternidade. O lugar que Jesus está lhe reservando no céu foi conquistado pelo preço do Seu Sangue. Ele morreu para que você tivesse a vida eterna: a máxima felicidade.

Quando plantamos alface ou outra hortaliça, primeiro o semeamos num canteiro, onde a terra é fofa e bem regada. Depois, quando as mudas estão maiores e mais fortes, são transplantadas para o canteiro definitivo. Assim também é o tempo designado por Deus, que semeou e está cuidando do lindo canteiro que é a sua família.

O Senhor não plantou hortaliças, mas filhos, para que no céu Ele possa nos colocar, um por um, cada um a seu tempo, no canteiro definitivo. A certeza de que o Senhor está preparando para cada um de nós um canteiro, no qual passaremos a eternidade ao Seu lado, nos gera uma esperança revigorada. Somos combatentes na esperança!

Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova


Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

Homilia - 07.01.2015


                             Liturgia – 07 de Janeiro de 2015 – Quarta Feira depois da Epifania do Senhor 

Vençamos os fantasmas que estão apavorando nossa vida

Como nós precisamos da luz de Deus, como precisamos a cada dia vislumbrar Jesus à nossa frente, para nos ajudar a vencer os fantasmas e as fantasias que crescem dentro de nós!“Mas Jesus logo falou:

“Coragem, sou eu! Não tenhais medo!” (Marcos 6, 50).

Depois daquela multiplicação maravilhosa dos pães, que saciou toda aquela multidão, Jesus põe-se mar adentro na barca com os Seus discípulos para ir do outro lado da margem. A noite avançava, Jesus ficara em terra rezando e via que Seus discípulos remavam, mas estavam cansados por enfrentar os ventos contrários.Vendo os Seus, Jesus foi andando sobre as águas para ir ao encontro deles, para vê-los mais adiante, mas os discípulos, movidos pelo cansaço, começaram a ter medo, confundiram Jesus com fantasmas e começaram a gritar de pavor. Jesus disse: "Coragem, meus filhos! Não temais, sou eu que estou indo ao vosso encontro".O cansaço, o desgaste físico, emocional, psicológico geram tantos fantasmas dentro de nós, dentro do nosso coração, que até passamos a confundir as coisas, até as pessoas de Deus que estão ao nosso lado, até o nosso próximo se torna fantasma para nós!Como nós precisamos da luz de Deus! Como precisamos, a cada dia, vislumbrar Jesus à nossa frente, para nos ajudar a vencer os fantasmas e as fantasias que crescem dentro de nós! Sabemos que as fantasias cultivadas, que crescem dentro de nós viram verdadeiros fantasmas, nos assustam, nos apavoram, nos fazem criar coisas que não existem; aí, começamos a implicar com isso e com aquilo, começamos a viver certas "neuroses" dentro de nós e com os outros, que nem damos conta de onde está vindo. Por isso, Jesus, hoje, está vindo ao encontro de nós para curar, melhor ainda, para mandar para longe de nós todos os fantasmas que estão nos apavorando.É óbvio que fantasma é aquilo que não existe, nós não somos mais crianças para termos essas ilusões, mas às vezes o nosso coração de adulto fantasia demais as coisas e, geralmente, fantasiam o que é mais negativo. Nós transformamos uma coisa pequena em algo grande, transformamos um mal-entendido num desentendimento e numa guerra; fazemos confusões por pouca coisa. Porque alguém não sorriu para nós, já começamos a fantasiar tantas e tantas coisas; pegamos uma palavra e fazemos dela um verdadeiro incêndio ao nosso lado.Que Deus nos ajude a nos purificarmos dessas fantasias terríveis, pequenas ou grandes, que deixamos crescer dentro de nós e nos ajude a vencer os fantasmas que, muitas vezes, estão apavorando nossa vida.Lembro-me de que alguém passou um bom tempo sem falar comigo. Fechava a cara, não queria me ver e eu não entendia nada. Até que um dia ela tomou coragem e veio me dizer: "Olha padre, eu estou chateado com você, porque você não gosta de mim!". Disse-me tantas coisas! E eu lhe disse: "Eu nem sabia que isso acontecia, eu nem sabia que um gesto que eu havia feito tinha causado tanto transtorno dentro de você! O problema não foi o meu gesto, o problema foi você transformá-lo em uma fantasia que cresceu tanto e virou um fantasma!".Está na hora de rompermos com todos os fantasmas que criamos ao redor de nós!

Deus abençoe você!

Homilia - 07.01.2015

Vençamos os fantasmas que estão apavorando nossa vida

Como nós precisamos da luz de Deus, como precisamos a cada dia vislumbrar Jesus à nossa frente, para nos ajudar a vencer os fantasmas e as fantasias que crescem dentro de nós!“Mas Jesus logo falou:

 “Coragem, sou eu! Não tenhais medo!” (Marcos 6, 50).

Depois daquela multiplicação maravilhosa dos pães, que saciou toda aquela multidão, Jesus põe-se mar adentro na barca com os Seus discípulos para ir do outro lado da margem. A noite avançava, Jesus ficara em terra rezando e via que Seus discípulos remavam, mas estavam cansados por enfrentar os ventos contrários.Vendo os Seus, Jesus foi andando sobre as águas para ir ao encontro deles, para vê-los mais adiante, mas os discípulos, movidos pelo cansaço, começaram a ter medo, confundiram Jesus com fantasmas e começaram a gritar de pavor. Jesus disse: "Coragem, meus filhos! Não temais, sou eu que estou indo ao vosso encontro".O cansaço, o desgaste físico, emocional, psicológico geram tantos fantasmas dentro de nós, dentro do nosso coração, que até passamos a confundir as coisas, até as pessoas de Deus que estão ao nosso lado, até o nosso próximo se torna fantasma para nós!Como nós precisamos da luz de Deus! Como precisamos, a cada dia, vislumbrar Jesus à nossa frente, para nos ajudar a vencer os fantasmas e as fantasias que crescem dentro de nós! Sabemos que as fantasias cultivadas, que crescem dentro de nós viram verdadeiros fantasmas, nos assustam, nos apavoram, nos fazem criar coisas que não existem; aí, começamos a implicar com isso e com aquilo, começamos a viver certas "neuroses" dentro de nós e com os outros, que nem damos conta de onde está vindo. Por isso, Jesus, hoje, está vindo ao encontro de nós para curar, melhor ainda, para mandar para longe de nós todos os fantasmas que estão nos apavorando.É óbvio que fantasma é aquilo que não existe, nós não somos mais crianças para termos essas ilusões, mas às vezes o nosso coração de adulto fantasia demais as coisas e, geralmente, fantasiam o que é mais negativo. Nós transformamos uma coisa pequena em algo grande, transformamos um mal-entendido num desentendimento e numa guerra; fazemos confusões por pouca coisa. Porque alguém não sorriu para nós, já começamos a fantasiar tantas e tantas coisas; pegamos uma palavra e fazemos dela um verdadeiro incêndio ao nosso lado.Que Deus nos ajude a nos purificarmos dessas fantasias terríveis, pequenas ou grandes, que deixamos crescer dentro de nós e nos ajude a vencer os fantasmas que, muitas vezes, estão apavorando nossa vida.Lembro-me de que alguém passou um bom tempo sem falar comigo. Fechava a cara, não queria me ver e eu não entendia nada. Até que um dia ela tomou coragem e veio me dizer: "Olha padre, eu estou chateado com você, porque você não gosta de mim!". Disse-me tantas coisas! E eu lhe disse: "Eu nem sabia que isso acontecia, eu nem sabia que um gesto que eu havia feito tinha causado tanto transtorno dentro de você! O problema não foi o meu gesto, o problema foi você transformá-lo em uma fantasia que cresceu tanto e virou um fantasma!".Está na hora de rompermos com todos os fantasmas que criamos ao redor de nós!

Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.


Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.